Ontem a televisão anunciou a morte do leão Ariel depois de padecer por muito tempo de paralisia das patas dianteiras e traseiras. Programas de televisão já haviam feito reportagens falando do seu sofrimento, médicos veterinários se ofereceram gratuitamente para tratá-lo, se revezando dia e noite. Montaram uma UTI de última geração na casa em São Paulo, enquanto milhares de reais foram doados pelas pessoas. A imprensa brasileira e a de outros países noticiaram com grandes manchetes a sua morte e os canais de televisão deram grande destaque pela morte do coitadinho do Ariel. Mas, afinal o que tem a ver o Ariel com a minha filha? Ela está com sete cistos no cérebro que crescem na proporção de meio milímetro por mês. É uma professora com pós graduação, mãe de família, diretora abnegada de uma escola pública, paga um plano de saúde chamado Planserv, já teve negado quatro pedidos pelo Estado da Bahia e corre sério perigo de vida conforme os laudos médicos, a imprensa nunca a entrevistou, não recebe nenhuma doação como aquelas que abarrotaram a casa do Ariel, nem estamos pedindo, o médico cobra cem mil reais para operá-la, nenhum médico se ofereceu gratuitamente para realizar a operação nem acompanhá-la dia e noite com aquela mesma abnegação dos médicos do Ariel. Moral da história. Neste país é melhor ser bicho do mato que ser professor do Estado. E ainda tem gente que sonha em ser professor...
Max Brandão Cirne Júnior, de Santo Antônio de Jesus-BA
Tel : (75) 8818-4262 (Celular)
(75) 8207-4341 (Celular)
(75) 3162-1407 (Trabalho Diurno)
(75) 3632-4731 (Trabalho Noturno)
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