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quarta-feira, 27 de abril de 2011

"PMDB-RJ: Curva descendente"

Por Cesar Maia

1. É um risco ter uma pesquisa na mão, tratando de ontem, e pensar que essa é uma situação permanente. As eleições de 2010 deram nítidos sinais que o PMDB-RJ começou sua trajetória declinante. A votação para governador foi uma nuvem de fumaça que ocultou os problemas. Afinal, concorreu sozinho. Mesmo com todo o esforço realizado - recursos, propaganda e campanha - não conseguiu colar em si seu candidato a senador.
2. A bancada regional declinou de 18 deputados estaduais, ou 25,7% da Assembleia Legislativa, para 12, ou 17,1%. Os deputados federais orgânicos eleitos pelo PMDB foram três (Leonardo, Washington e Cunha). Antes, os sinais já eram claros na Região Metropolitana. Dos municípios metropolitanos, apenas um (Queimados) tem prefeito do PMDB.
3. A capital é um caso transgênico, mas, assim mesmo, a Prefeitura tendo lançado apenas um candidato a deputado federal, com todos os recursos e dobradinhas, este obteve 104 mil votos, 25% dos lançados pela Prefeitura anterior em 2006 ou menos de 50% dos votos do principal. O carro chefe da Prefeitura - o Choque de Ordem - apesar de todo o destaque do noticiário, mesmo concentrado na Zona Sul, viu seu gestor, que teve todos os holofotes, até capa de revista, chegar em 12º lugar na região e o candidato da Prefeitura em 18º.
4. O PMDB, na capital, comete dois pecados mortais. Primeiro, a perseguição aos servidores, com medidas mesquinhas, tacanhas e capilares. São quase 200 mil, incluindo ativos, aposentados e pensionistas. Segundo, confundindo, sadicamente, lei e ordem com repressivismo, construindo uma percepção de humilhação dos mais pobres e abrindo espaço, no contato local, à extorsão.
5. E ainda terá que superar a disputa do candidato a vice, já que o PT com cinco deputados federais orgânicos e um senador com enorme votação, o PT, entenderá que cabe a ele a vice, o que o PMDB - máquina não aceitará.
6. O PMDB não terá candidato competitivo em 2014 pelas características não competitivas de quem seria o candidato natural. Mas abriu espaço para o PT contar com um forte candidato, em função da eleição ao Senado. E do PR voltar forte. Em 2012, o PMDB, nos municípios do interior, tende a ficar ainda menor. Por exemplo, a perda de Macaé é inevitável, assim como a expansão de seus opostos, (PR, DEM, PSDB).
7. E os sinais de desgaste de material são evidentes, apontando para a perda ampla de poder em 2014, a partir de 2012.
Fonte: "Ex-Blog do Cesar Maia"

Um comentário:

Mariana disse...

Dimas, nem entendo direito como foi que Sérgio Cabral se reelegeu e como o trairinha do PSDB, o maior acusador de Lula e petralhas na CPI dos Correios, Eduardo Paes, se elegeu!! Não fÔsse a "boiada" carioca ir atrás do "vaqueiro" Falastrão, de sua conversa fiada, o demagôgo puxa-saco S Cabral não teria vencido e muito menos o outro puxa-saco.
Eu, tou mal, porque tenho dois prefeitos muuuuiito ruins. Um onde eu moro, do PDT, outro onde temos negócios, o peemedebista Eduardo Paes.