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terça-feira, 16 de novembro de 2010

"O DEM dá mais um passo rumo à sua reestruturação; é vital para o processo democrático"

De Reinaldo Azevedo
E o DEM? Vai para o PMDB ou não vai? Como escrevi aqui há alguns dias, a questão não se coloca dessa maneira. O esforço em curso é para reerguer o partido, para tirá-lo de uma espécie de espiral negativa em que anda metido. Nos tempos das vacas gordíssimas, com mais de 100 deputados, o PFL era aquele partido sem o qual não se teriam feito reformas essenciais ao país - neste ano, foram eleitos apenas 43. Partido que disputava com o PMDB a maior bancada no Senado, o agora DEM terá apenas seis representantes na Casa - perdeu sete. Elegeu dois governadores - Santa Catarina e Rio Grande do Norte - e tem a prefeitura da maior cidade do país: São Paulo, além de centenas de outras Brasil afora. De partido gigante, tornou-se uma força média.
A Executiva Nacional do partido se reuniu hoje em Brasília para traçar uma estratégia. Da chamada “nova geração” do PFL, estava presente apenas o deputado Paulo Bornhausen (SC), filho daquele que é uma espécie de patriarca da legenda: Jorge Bornhausen, seu presidente de honra e quem, de fato, comandou o encontro. Os deputados Rodrigo Maia (RJ), presidente, ACM Neto (BA) e Ronaldo Caiado (GO) faltaram. Em contrapartida, fundadores da legenda como Marco Maciel e Hugo Napoleão estavam lá. O DEM, de algum modo, usa o passado, a memória do PFL, para tentar descobrir o seu futuro. Faz bem!
Por unanimidade, a Executiva decidiu marcar uma nova reunião para o dia 8 de dezembro, quando se espera da direção do partido um calendário para as convenções municipais e estaduais - e, supõe-se, também a nacional, prevista só para outubro do ano que vem em razão de uma prorrogação que não foi unanimidade no partido. O senador reeleito Demóstenes Torres (GO) sugeriu que tudo seja antecipado para o primeiro semestre de 2011, o que conta com a concordância de Bornhausen e de outros líderes, como a senadora Kátia Abreu (TO), ausente porque em viagem à África, mas afinada com as posições do presidente de honra.
Kassab fica ou vai?
A reunião serviu também para sepultar as conversas sobre uma eventual fusão com o PMDB. Em nota, Onyx Lorenzoni, presidente em exercício, descarta a possibilidade e afirma: “O Democratas está voltado, neste momento, à reconstrução de sua unidade interna para garantir um futuro de êxito eleitoral no exercício de uma oposição responsável, atenta e fiscalizadora”. Essa “unidade” e esse “êxito” devem estar previstos no “Plano Nacional de Ação Partidária”, que deve ser elaborado por Maia, Paulo Bornhausen e pelo senador reeleito José Agripino (RN), ausente da reunião desta terça em razão de viagem, mas afinado com o grupo que fala em “reerguer” o partido.
E agora vamos o subtítulo deste bloco: Kassab vai ou fica? No momento, o prefeito é candidato a se engajar nesse plano de reestruturação, que prevê, como antecipei há dias, um esforço para lançar candidatos em 2012 no maior número possível de municípios e na consolidação de uma alternativa para disputar a Presidência da República em 2014. O consenso entre os presentes - além da Executiva, quase a totalidade da bancada da Câmara e do Senado - é que o partido não pode ser tornar, nacionalmente, mero subordinado de uma outra legenda ou de seu líder.
Kassab tem suas dificuldades e ambições regionais, mas, antes de tudo, é fiel à liderança de Jorge Bornhausen, que o quer, evidentemente, no DEM. Na atual marcha, o prefeito parece não ver muito futuro, daí a sua aposta na reestruturação. Mas é experiente e sabe que não é possível fazer política com a faca no pescoço: “Ou reestruturam ou caio fora”. As coisas não são assim. Mas é legítimo concluir que o “reerguimento” concentra as melhores chances de ele permanecer na legenda.
Em vez da dissolução ou da fusão, o DEM deu mais um passo para se reestruturar. Vocês sabem o que penso a respeito: só a democracia pode contar com oposição; na verdade, é a sua existência, atuando livremente, que evidencia a legitimidade do governo. Em tamanho, o DEM é hoje diminuto se lembrarmos o que já foi o PFL. Assim pequeno, pode ter o benefício da clareza. Mas a clareza também precisa de força e base política para se fazer ouvir. E as condições estão dadas ali mesmo, dentro do partido: basta saber ouvir.
Fonte: "Blog Reinaldo Azevedo"

Um comentário:

Mariana disse...

Confio plenamente que o DEM sairá desta fortalecido, sem precisar se aliar a esta gente. Não seria o DEM(PFL) em quem sempre votei, de gente inteligente, raçuda, proba e fiscalizadora, de fato. DEMista que fez M, dançou. Não há espaço prá gente dêsse naipe e acho apenas, que nessas gestões lulistas, os DEMocratas deixaram a garra de grandes fiscais que são, de lado, dando muito mole aos governistas, que pintaram e bordaram com a coisa pública.