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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Fidel diz que "o comunismo nunca deu certo em Cuba"

Por Francisco Vianna (com base no noticiário internacional)

E eu pergunto: terá dado certo em qualquer outro lugar e em qualquer época?
Não que o que Fidel Castro tenha dito até hoje represente alguma verdade ou possa servir, em qualquer ocasião, de inspiração para qualquer país medianamente desenvolvido moral e espiritualmente, ou que o que acaba de declarar possa ser uma manifestação de decrepitude ou demência senil, mas é interessante que se considere afinal que a sua fala, nesse caso, possa ser a consequência direta de um exame de consciência e uma autocrítica de sua vida em função da pobreza absoluta a que sua revolução destinou ao povo de sua 'ilha-cárcere', beirando à miséria.
Numa visita feita por jornalistas americanos a Cuba, em virtude de uma possível abertura do regime comunista atualmente gerido pelo seu irmão, o não menos sanguinário Raúl Castro, o velho ditador declarou com todas as letras que “o comunismo como modelo econômico nunca funcionou no sentido de trazer prosperidade ao povo cubano", num raríssimo comentário sobre assuntos internos de seu país e partindo de um homem conspicuamente focado em assuntos locais e que sempre lutou para exportar o seu marxismo retrógrado para outros países, mormente os subdesenvolvidos. É claro que os jornalistas não perguntaram sobre o “modelo político”...
Não é novo o fato anunciado pelo idoso caudilho dessa ilha do caribe parada no tempo e plasmada no atraso marxista já reconhecido em todo o mundo, principalmente nas nações que se libertaram desse regime. Raúl, seu irmão, repetiu como papagaio a mesma coisa por mais de uma vez. Mas, tal reconhecimento por parte dos pais da revolução cubana de 1959 certamente espantou e surpreendeu a todos.
Jeffrey Goldberg, um correspondente americano da revista ‘The Atlantic’, perguntou a Fidel se Cuba insistia em exportar seu sistema econômico (e político) para outros países e a resposta foi: "O modelo cubano nunca funcionou a contento sequer para nós, mas exportá-lo nunca deixou de ser um objetivo ideológico", conforme Goldberg escreveu na ontem no seu blog da revista.
Ele disse que Fidel Castro fez tal comentário casual e inesperadamente durante um lanche que se seguiu a uma longa conversa sobro o Oriente Médio, e que não foi algo pré-elaborado por ele. O governo cubano nada comentou de imediato ao que Goldberg escreveu.
Julia Sweig, uma especialista em Cuba do Conselho de Relações Exteriores com base em Washington e que acompanhava Goldberg na visita à ilha, confirmou o comentário do líder cubano. Ele contou a Associated Press ter ela interpretado as declarações como em consonância com as ações de Raul Castro em prol de uma reforma gradual porém generalizada do regime. Desde que se afastou do poder, em 2006, por motivos de saúde, Fidel Castro tem se focado quase inteiramente nos acontecimentos internacionais e falou muito pouco sobre Cuba e sua política, talvez para limitar a percepção de que ele esteja agindo por trás de seu irmão.
Goldberg, que foi à Cuba como convidado de Fidel na semana passada para discutir com ele sobre um recente artigo publicado pela revista ‘The Atlantic’, no qual havia escrito sobre o programa nuclear do Irã, também relatou na terça feira, que Castro questionou suas próprias ações durante a crise dos mísseis soviéticos de 1962, inclusive a sua recomendação aos líderes soviéticos de que usassem suas ogivas nucleares contra os EUA. Mesmo após a extinção da União Soviética, Cuba se manteve aferrada ao sistema comunista e agora, num lampejo de bom senso, o velho comandante parece reconhecer que isso só trouxe atraso e pobreza para a ilha.
Há poucos dias, o seu sócio no Foro de São Paulo, Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, começou a aparecer na TV dizendo que Cuba é pobre, é atrasada, é descapitalizada, mas que o povo cubano “tem mais dignidade do que qualquer outro povo da América latina”, em si mais uma tremenda estupidez entre as muitas proferidas pelo líder populista brasileiro. O próprio Fidel Castro parece ter chegado à conclusão de que não pode existir dignidade alguma num povo que é cooptado por um sistema que só consegue fazer a distribuição igualitária da pobreza e da miséria, onde as prisões estão repletas de presos políticos, e onde só vive relativamente bem o pequeno grupo do politburo.
O Estado controla mais de 90 por cento da economia, pagando aos trabalhadores salários de cerca de 20 dólares mensais em troca de assistência médica e hospitalar de baixa qualidade, de educação com lavagem cerebral marxista, e moradia e transporte quase de graça em condições lastimáveis. Uma boa parte dos gêneros alimentícios de primeira necessidade é vendida aos cubanos através de cadernetas de racionamento a preços altamente subsidiados.
O presidente Raul Castro e outros têm instituído uma série de pequenas e limitadas reformas econômicas, e têm avisado aos cubanos que eles precisam começar a trabalhar mais duro e diminuir suas expectativas de serem sustentados pelo governo. Mas o presidente também tem deixado claro que não deseja fazer o país abandonar o sistema socialista comunista ou adotar uma economia aberta de mercado capitalista. Ou seja, por mais que tentem maquiar a o atual regime, seus resultados serão sempre pífios e incapazes de inspirar confiança necessária para a aplicação de capitais externos no país, vitais para o seu desenvolvimento.
Fidel Castro afastou-se temporariamente do poder em julho de 2006 em função de uma doença séria que quase o matou. Ele renunciou permanentemente ao cargo de presidente dois anos depois, mas permanece como chefe do Partido Comunista Cubano. Após ter estado totalmente fora dos holofotes por quarto anos, ele retornou em julho último e agora discursa frequentemente sobre fatos e acontecimentos internacionais. Ele tem advertido por semanas sobre a ameaça de uma guerra nuclear com o Irã.
A entrevista de Fidel Castro a Goldberg é a única até agora concedida a um jornalista americano desde que renunciou a presidência de Cuba.
Enviado por Sheila Faria
Postado por Thaís Oliveira

2 comentários:

Anônimo disse...

Comentário internacional ao meu artigo que acabei de postar para o grupo, feito por um amigo meu que vive na Califórnia.
Leiam abaixo com a tradução que fiz.
Francisco Vianna

This “moment of truth” from an aging tyrant is truly fascinating. Now Lula needs to read it, as well as Obama, and all those idiot young people wearing “Che” T shirts. I wonder if Fidel would now repeat all the crimes he committed against the Cuban people and others in the name of a philosophy he now admits failed.
Jim Blaisdell - California

Tradução do comentário:

Este "momento de verdade" de um tirano idoso é verdadeiramente fascinante. Agora Lula precisa ler isso, bem como Obama, e todos aqueles jovens idiotas que usam camisetas do "CHE" (Guevara). Gostaria de saber se Fidel agora repetiria todos os crimes que cometeu contra o povo cubano e outros em nome de uma filosofia que ele agora admite falida.

Mariana disse...

Não deu certo em Cuba nem em lugar algum. Pena êle tenha descoberto isto tão tarde!