Chiquito Franco achava que “não há entrevista grátis”. Milton Friedman, chefe da “escola “monetarista de Chicago”, Prêmio Nobel de Economia de 1976, também achava que “não há almoço grátis”. E qualquer político sabe que também “não há pesquisa grátis”.
Mas algumas são excessivamente estapafúrdias, escalafobéticas. Nas campanhas eleitorais passadas, o Datafolha fazia pesquisas mensais. Quando chegava o último mês, passavam a ser semanais. Na véspera da eleição, saia a última. E jactava-se, para diferenciar-se dos outros institutos:
“Não fazemos pesquisas para partidos políticos.”
E por isso sempre foi considerada a pesquisa mais confiável. Justiça se lhe faça: o Datafolha nunca disse que não fazia pesquisa para governo.
DATAFOLHA
Nesta eleição, não sei se por causa da morte do velho e sábio Frias, a rua Barão de Limeira endoideceu. As “pesquisas” do Datafolha eram mensais, sempre com mais de 10 mil entrevistados durante quatro dias da semana, “encomendadas pela Rede Globo de Televisão”.
A última tinha sido entre 9 e 12 de agosto, um mês e meio antes da eleição. Em 20 de agosto, surpreendem com “nova pesquisa, realizada em um dia só, sexta-feira, com 2.727 entrevistados, em 171 municípios”.
“Dilma dispara, com 19 pontos na frente de Serra, dobra vantagem e venceria Serra no primeiro turno”.
Não disse quem pagou o almoço, quer dizer, a pesquisa. Não foi a TV Globo. Mas estavam garantidas para o governo e a campanha de Dilma as manchetes de TV, rádios e jornais durante todo o fim de semana.
DILMA
Acharam pouco. Três dias depois, quinta-feira, 26, a primeira página da Folha era uma farra só:
“Dilma abre 20 pontos sobre Serra”.
Outra vez não disseram quem pagou o almoço, quer dizer, a pesquisa. Jornalisticamente, não tinha sentido. Manchete e primeira página para uma pesquisa três dias depois, “com 10.948 (?) entrevistados” (em quantos municípios?) só para dizer que “Dilma abriu mais um ponto de frente”?
O gringo Friedman não sabia que pesquisa é mais barato que almoço, comício, showmício, foguete, camiseta e cabo eleitoral.
Se esta semana a pesquisa Datafolha foi de três em três dias, na próxima será de dois em dois e em setembro deverá ser diária. Do contrário, os velhos e fiéis assinantes de anos e anos, como eu, vamos pensar que outro candidato segurou o galope pesquisitório do Datafolha.
Fonte: www.sebastiaonery.com.br
Mas algumas são excessivamente estapafúrdias, escalafobéticas. Nas campanhas eleitorais passadas, o Datafolha fazia pesquisas mensais. Quando chegava o último mês, passavam a ser semanais. Na véspera da eleição, saia a última. E jactava-se, para diferenciar-se dos outros institutos:
“Não fazemos pesquisas para partidos políticos.”
E por isso sempre foi considerada a pesquisa mais confiável. Justiça se lhe faça: o Datafolha nunca disse que não fazia pesquisa para governo.
DATAFOLHA
Nesta eleição, não sei se por causa da morte do velho e sábio Frias, a rua Barão de Limeira endoideceu. As “pesquisas” do Datafolha eram mensais, sempre com mais de 10 mil entrevistados durante quatro dias da semana, “encomendadas pela Rede Globo de Televisão”.
A última tinha sido entre 9 e 12 de agosto, um mês e meio antes da eleição. Em 20 de agosto, surpreendem com “nova pesquisa, realizada em um dia só, sexta-feira, com 2.727 entrevistados, em 171 municípios”.
“Dilma dispara, com 19 pontos na frente de Serra, dobra vantagem e venceria Serra no primeiro turno”.
Não disse quem pagou o almoço, quer dizer, a pesquisa. Não foi a TV Globo. Mas estavam garantidas para o governo e a campanha de Dilma as manchetes de TV, rádios e jornais durante todo o fim de semana.
DILMA
Acharam pouco. Três dias depois, quinta-feira, 26, a primeira página da Folha era uma farra só:
“Dilma abre 20 pontos sobre Serra”.
Outra vez não disseram quem pagou o almoço, quer dizer, a pesquisa. Jornalisticamente, não tinha sentido. Manchete e primeira página para uma pesquisa três dias depois, “com 10.948 (?) entrevistados” (em quantos municípios?) só para dizer que “Dilma abriu mais um ponto de frente”?
O gringo Friedman não sabia que pesquisa é mais barato que almoço, comício, showmício, foguete, camiseta e cabo eleitoral.
Se esta semana a pesquisa Datafolha foi de três em três dias, na próxima será de dois em dois e em setembro deverá ser diária. Do contrário, os velhos e fiéis assinantes de anos e anos, como eu, vamos pensar que outro candidato segurou o galope pesquisitório do Datafolha.
Fonte: www.sebastiaonery.com.br
2 comentários:
Dimas, Ambrozio famoso zebrinha agora é liderança de Mário cerqueira.. . Acompanhe no blog de Adilson e no Syillo Brasil!
Continuo não crendo nessas pesquisas e em nenhuma outra.
Tá claro que nem metade dos entrevistados conhece a criatura de Lula. Na hora do voto, atrás daquêle pequeno biombo, sòzinhos, vai que esses "Maria-vai com as outras" resolvem ter um lampêjo de honestidade e votam no melhor, não é? Aí, não haverá almôço que dê vitória à criatura do presidente. Podem mostrar as pesquisas que quiserem, agora.
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