O
drama de guerra "1917", em cartaz em
Feira de Santana, entrando em terceira semana a partir desta quinta-feira, 6, conquistou os
prêmios de Melhor Filme, Melhor Filme Britânico, Diretor, Fotografia,
Design de Produção, Edição de Som e Efeitos Visuais da British Academy
of Film and Television Arts (Bafta). Antes, o Globo de Ouro de Melhor Filme e Melhor
Diretor para Sam Mendes. Filme de visão obrigatória para quem gosta de cinema.
Conta
com dez indicações ao Oscar 2020 da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, cuja premiação ocorre neste domingo, 9: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor
Roteiro Original - Sam Mendes e Kryst Wilson-Cairns; Melhor Trilha
Sonora
Original - Thomas Newman; Melhor Fotografia - Roger Deakins; Melhor
Design de
Produção - Dennis Gassner e Lee Sandales; Melhor Efeitos Visuais -
Guillaume Rocheron,
Greg Butler e Dominic Tuohy; Melhor Mixagem de Som - Mark Taylor e
Stuart
Wilson; Melhor Edição de Som - Oliver Tarney e Rachel Tate; e Melhor
Maquiagem
e Penteados - Naomi Donne, Tristan Versluis e Rebecca Cole.
São 100 premiações conquistadas e 141 indicações - ainda falta o Oscar.
Já comentei que "1917"
é o primeiro grande filme do ano. Está em cartaz em cinemas de todas as
capitais e principais cidades do país, como Feira de Santana, no Orient
Cineplace Boulevard.
Trata-se
de um épico drama de guerra
realizado como uma única cena. Assim, feito para parecer uma tomada
contínua. Uma técnica de cortes ocultos, com a câmera movida para trás
de um
prédio ou de uma árvore, por exemplos, onde pode ser parada e depois
reiniciada.
Mostrada
no início do filme, 6 de abril de 1917 é a data em que os Estados Unidos declararam
guerra à Alemanha e seus aliados.
Dois
soldados britânicos (Georges MacKay e Dean-Charles Chapman) são enviados
para levar uma mensagem a um regimento isolado, na França. Se a
mensagem não for recebida a tempo, o regimento entrará em uma armadilha e será
massacrado. Para chegar ao destino, eles precisarão atravessar território dominado pelos alemãos. Uma jornada cheia de
percalços onde o tempo é essencial.
"1917" é um
filme emocionalmente intenso, com a trilha sonora (de Thomas Newman) contribuindo para a atmosfera
dramática no seu decorrer. Instantes inesperados do horror e da violência da guerra pegam o
espectador desprevenido.
A
poesia está presente no filme. "Embora o céu esteja escuro e a viagem
longa, mas nunca podemos pensar que éramos precipitados ou errados ..." -
verso do poema "The Jumblies", de Edward Lear, é recitado por um dos soldados
para a mãe e o bebê franceses - as única mulheres que aparecem no filme, além
de fotografias. Pode ser entendido como uma metáfora da missão de levar uma
mensagem. Até flor de cerejeiras são
destacadas.
Interessante
no filme é que o nome de Jesus é pronunciado nove vezes. Mais; uma oração é feita por
um oficial aos dois cabos: "Por meio dessa santa unção, o Senhor te perdoará
quaisquer pecados ou falhas que você cometeu".
Nos
créditos a informação de que é inspirado pelas experiências do avô de Sam Mendes, que foi integrante do King Royal
Rifle Corps na Primeira Guerra Mundial: "A Autobiografia de Alfred H. Mendes 1897-1991".
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