Escritor, historiador e jornalista,
Antônio Moreira Ferreira, Antônio do Lajedinho, conta que a 25 de
Março fez história, assim como a Sociedade Filarmônica Vitória e a Sociedade
Filarmônica Euterpe Feirense: "A primeira de Feira de Santana é a segunda da
Bahia, depois da Sociedade Filarmônica Erato Nazarena, fundada em 1863, cinco
anos antes".
Carlos Brito lembra, a partir do que
consta no Estatuto da secular entidade, que na sua primeira diretoria, "abnegados
pelo desenvolvimento da 'Divina Arte'", os nomes de João Manoel Laranjeira
Dantas, Eduardo Franco, Afonso Nolasco, Antônio Joaquim da Costa, Alípio
Cândido da Costa, José Pinto dos Santos (Cazuza do Deserto), Joaquim Sampaio -
primeiro intendente de Feira de Santana, entre fevereiro e julho de 1890 -,
Francisco Costa, Galdino Dantas, Juvêncio Erudilho, José Nicolau dos Passos,
Alexandre Ribeiro, Joviniano Cerqueira, Pedro Nolasco Néu e Tibério Constâncio
Pereira.
Antônio do Lajedinho complementa que
"cinco anos depois houve um desentendimento entre os membros da diretoria
e criou-se uma dissidência. Como o padre Ovídio Alves de São Boaventura
estava fundando a Sociedade Filarmônica Vitória, os dissidentes da 25 de Março
juntaram-se a ele e, em 1873, foi criada mais uma filarmônica".
Diz mais que "59 anos depois de
fundada, em 1927, a Sociedade Filarmônica 25 de Março, por questões internas,
dissolveu o corpo musical e fechou suas portas. E assim ficou durante quatro
anos, até 1931, quando o coronel Américo de Almeida Pedra, voltou a residir em
Feira de Santana. Foi então que o herói das lutas horacianos na Chapada
Diamantina e combatente contra a Coluna Prestes convocou os velhos companheiros
como Antonio Cipriano Pinto, Alfredo de Castro, Euclides de Souza Pinto,
Alfredo Pereira, Argemiro Souza e o maestro João do Espírito Santo, com os
quais constituiu uma diretoria, tendo ainda a colaboração de homens de destaque
de então, como Arnold Ferreira da Silva, João Marinho Falcão, Raul Ferreira da
Silva, Heráclito Dias de Carvalho, Carlos Rubinos Bahia, Adalberto Pereira,
Dálvaro Ferreira da Silva e outros que faziam parte da elite feirense. Juntos
soergueram a primogênita filarmônica de Feira".
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