"O Belo Antonio" (Il
Bell'Antonio), de Mauro Bolognini, 1960, com Marcello Mastroianni, é um clássico do cinema italiano, em preto & branco, que
tenho em minha coleção de DVD.
Adaptação de Pier Paolo Pasolini do romance
homônimo de Vitaliano Brancati, o filme conta a história de Antonio, que se
casa com a mulher que ama (Claudia Cardinale) e, à custa de muita idealização
da figura feminina, não consegue concretizar a união conjugal. Ele é impotente
e só consegue concretizar uma relação quando dissocia o amor e o sexo.
Tanto o romance como o filme são
considerados como um forte ataque ao autoritarismo pela combinação machista e
religiosa que regia a sociedade siciliana da época. Não deixa de ser também uma
crítica à burguesia italiana.
Desde o lançamento do filme - em Feira
de Santana foi exibido no então Cine Madrid - há mais de meio século, a expressão
"belo Antônio" definia homens de virilidade duvidosa. Outra
curiosidade é que o Simca Chambord, carro lançado em 1958 no Brasil, era tido
como "o Belo Antônio, pois bonito, mas que não funciona".
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