Nos dias atuais, praticamente não existe mais a recomendação, mas em
Feira de Santana, há 20 anos, campanhas eram feitas com a sugestão de não se
deixar de exercer o direito de votar. O direito de cristão evangélico ir às urnas.
O jornal evangélico "Feira de
Jesus", que durou quase cinco anos, 53 edições, entre junho de 1994 a
dezembro de 1998, manifestava claramente o viés de que evangélico devia votar
em evangélico.
Em 1996, tanto para prefeito (com Josué Mello) como para vereador
existiam candidatos com capacidade e maturidade espiritual para exercer o
mandato de quatro anos.
O jornal defendia então a elevação do número e da qualidade dos
vereadores cristãos na Câmara Municipal, com o argumento de que era preciso
reforçar a representação no Legislativo com irmãos capazes de serem luz do
mundo e sal da terra.
Política não é pecado. O cristão evangélico pode muito bem se envolver
com política, sendo candidato ou simplesmente votando. É necessária a atuação
de evangélicos na política. Na época, a posição do "Feira de Jesus"
incomodou alguns setores, que se sentiram atingidos pela campanha. O que se fez
foi lutar pelo crescimento da força política dos evangélicos, para que eles
pudessem fazer diferença no Legislativo, colocados como "cabeça e não
cauda", como diz a promessa contida na Bíblia.
A recomendação era a de que cristão deve fazer política com ética,
moderação, firmeza, mansidão. Era certo que tinha evangélicos comprometidos com
candidatos não cristãos, talvez subordinados a interesses pessoais, como ocorre
atualmente, vinte anos depois.
Na campanha encetada, a assertiva de que todos grupos sociais podem e
devem participar do poder. Por que não os evangélicos? Foi colocado que era
preciso entender que irmão deve votar em irmão. Ou é certo que o crente votar
em ateus e corruptos?
Coluna publicada na edição desta sexta-feira, 10, do jornal "NoiteDia"
Nenhum comentário:
Postar um comentário