Tomei conhecimento nesta segunda-feira,
4, do falecimento de José Maria Monteiro, aliás Zé Maria (Foto, nos anos 60: Reprodução).
Artista plástico, decorador, figurinista, realizador de filmes. Seu trabalho no
teatro e cinema marcou os anos 60 a 80 em Feira de Santana e Salvador. Ultimamente, depois que sofreu um AVC, ele
estava morando em Seabra, na Chapada Diamantina.
Lembrar que em 1976, ele expôs
"Leotrias", primeira individual, no Carro de Boi, com 30
"cenas". No ano seguinte, no mesmo local, a vez da exposição
"Intimidades",
em 10 de dezembro de 1977, com 21 trabalhos, desenhos a nanquim, quando se
mostrou "mais solto, mais evoluído no traço do seu desenho a bico de
pena", como Dimas Oliveira escreveu na coluna "Arte e
Movimento", no jornal "Folha do Norte", edição de 4 de dezembro
daquele ano. Ambas as mostras tiveram boa receptividade ante os apreciadores e
colecionadores das artes plásticas.
Na apresentação do artista, Dimas
Oliveira disse: "Zé Maria passa agora, um ano depois, as Intimidades, em
que suas cenas evoluem para situações que retratam individualidades e
coletividades num estilo bem pessoal (...) Das Leotrias às Intimidades, Zé
Maria se mostra um artista mais solto, com seu desenho fortemente erótico,
intimista, confirmando em seu gesto criador, um dos mais significativos nomes
de sua geração."
Em 1974 e 1975, junto com Ideval
Miranda, Zé Maria realizou dois filmes em Super 8, "Coisas do
Destino" e "As Divinas Maravilhosas e o Vampiro Celestial", os
quais tiveram edição de Dimas Oliveira. São dois filmes que precisam ser
resgatados e digitalizados para o conhecimento atual do que se fazia em Feira
de Santana há mais de 40 anos.
Zé Maria participou da ficha técnica de
várias montagens teatrais da Sociedade Cultural e Artística de Feira de Santana
(Scafs) e do Movimento de Estudos Teatrais e Artísticos (Meta), incluindo
"Cleóputo" e "Ezuma". O primeiro inaugurou o Teatro
Margarida Ribeiro da rua Carlos Gomes e o segundo provocou o fechamento do
improvisado - mas querido e lembrado - espaço municipal.
Zé Maria também desenhava cartazes,
como o do IX Baile dos Artistas, realizado em 1978. Nesse ano, ele foi para São
Paulo. Depois, foi trabalhar na TV Educativa.
No livro "O Teatro em Feira de Santana", lançado no ano passado, o autor Geraldo Lima dedica o Ato IV a ele, "O versátil Zé Maria", nas páginas 159 a 161.
No livro "O Teatro em Feira de Santana", lançado no ano passado, o autor Geraldo Lima dedica o Ato IV a ele, "O versátil Zé Maria", nas páginas 159 a 161.
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