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domingo, 12 de julho de 2015

"A Lei de Deus"

Por Tiago Knox
Muitas vezes, quando falamos sobre Teonomia (Theos=Deus + Nomos=Lei) e da obrigação que todos tem de obedecê-la, algumas pessoas de pouco conhecimento bíblico e baixa instrução teológica tiram conclusões equivocadas e fazem ataques infundados e desnecessários.
Afirmam que somos legalistas, moralistas, fariseus modernos, judaizantes e radicais, chegando até a dizer que, ao defendermos a Lei, estamos rejeitando a Graça e pregando a justificação pelas obras. Quanta falta de informação!
Eles não percebem que, ao atacarem a Lei, estão destruindo completamente o Evangelho. A lógica é muito simples:
Se não há lei, não há transgressão;
§         Se não há transgressão, não há condenação;
§         Se não há condenação, a graça perde o sentido;
§          E se a graça perde o sentido, o evangelho desaparece.
Portanto, quem é inimigo da Lei, também é inimigo da Graça.
Lei e Graça não são opostas, não são adversárias, nem se excluem. Elas trabalham em harmonia.
Quando Cristo nos justifica, Ele nos livra da condenação da lei, não da obrigação de obedecê-la. O princípio é 
"vai-te, e não peques mais". Feitos novas criaturas por meio da Graça, aí sim estamos capacitados internamente a obedecer a Lei. Muito embora, nesta presente era, a nossa obediência seja imperfeita por causa do pecado que ainda habita em nossa carne, o nosso homem interior tem prazer na Lei e deseja obedecê-la.
Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus. Mas vejo nos meus membros outra lei que batalha contra a lei do meu entendimento e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros. (Romanos 7: 22,23)
Há vários aspectos na 
Lei de Deus, e vários usos legítimos dela. Paulo fala que "...a lei de Deus é boa, se for usada como se deve." (1 Timóteo 1: 8).
Tradicionalmente há três usos legítimos da Lei:
1) O uso político, isto é, a aplicação da Lei de Deus pelo magistrado civil para a restrição do comportamento perverso dos homens ímpios.
2) O uso pedagógico, ao fornecer a convicção do pecado e criar um senso de necessidade espiritual no pecador, conduzindo-o a Cristo.
3) E o uso didático, quando a Lei serve como uma regra de vida para os crentes viverem diariamente de acordo com a vontade de Deus.
Para um estudo mais detalhado sobre o assunto, recomendo a leitura do excelente livreto:
Lei e Evangelho: A Posição Reformada Teonomista.

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