Pedro Matos (sentado), diretor da revista "Serpentina", idealizador e fundador da Rádio Sociedade de Feira de Santana, com Osvaldo Galeão e Eduardo Fróes da Motta, na oficina gráfica em que trabalhava
Fonte: "Reminiscências de Feira de Santana", de José Francisco Brandão de Freitas
"Serpentina". Este o nome da revista editada em Feira de Santana. Tenho exemplar do número 1, de abril de 1941. A publicação tinha como diretor Pedro Matos.
No "Pro Litteris" (expressão de origem latina, que
significa literalmente), como um editorial:
"(...) Não é o objetivo
desta revista por em relevo a fantasia da vida carnavalesca, mas, com o
sentimento de patriotismo, incentivar o espírito da mocidade feirense para a
cultura do amor à virtude, à estética, à arte, à ciência e às letras, sem as
quais a vida humana se torna insípida, improdutiva e inteiramente mecanizada.
É preciso se mostre aos
moços de hoje o valor da cultura intelectual com que se poderá enaltecer o nome
de uma geração inteira, trabalhando sempre pelo engrandecimento da pátria e
pelo bem da coletividade social.
(...) esperamos, sem os
sonhos de Ícaro e as rosas de Malherbe, seja bem aceita pela sociedade feirense
a nossa 'Serpentina', cuja finalidade educativa é levantar os créditos
intelectuais da terra encantadora da heroína Maria Quitéria e dos virtuosos
sacerdotes Ovídio Boaventura e Tertuliano Carneiro - símbolos sagrados do amor
à pátria e do verdadeiro culto à caridade cristã."
Um comentário:
Bastante interessante a referência que é feita sobre a revista "Serpentina" editada na nossa Feira de Santana, sobre o seu diretor, Pedro Matos, e o livro "Reminiscências de Feira de Santana, de José Francisco Brandão de Freitas. Parabéns Dimas Oliveira. Fico agradecido por ter a oportunidade de ter acesso a este conteúdo.
O que se vê na divulgação de um trecho do que consta no exemplar do número 1 da revista "Serpentina", parece merecer mesmo uma devida reflexão calcada no fato de que se trata de mensagem publicada em 1941 e que pode muito bem ser considerada bastante pertinente e útil para os dias atuais.
Vê-se referência a incentivo ao "espírito da mocidade feirense para a cultura do amor à virtude, à estética, à arte, à ciência e às letras, sem as quais a vida humana se torna insípida, improdutiva e inteiramente mecanizada". Vê-se o enaltecimento do valor da cultura intelectual.
O pedido de que a "Serpentina" fosse "bem aceita pela sociedade feirense", conforme estampado no fechamento de mensagem do seu primeiro exemplar, talvez possa servir mesmo como um recado aos moços de hoje e a todos nós quando presente uma necessária reflexão do que hoje ocorre e o que pode ser feito em benefício da cidade, da pátria, da vida em coletividade, do bem comum.
Artur Renato Brito de Almeida, um feirense, de São Paulo.
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