Por Reinaldo Azevedo
Eu não vou parar de tratar de determinados temas,
não! Também não deixarei que prospere em silêncio o linchamento desse ou
daquele, concorde eu com eles ou não. Ontem, numa TV a cabo - não sou mais
específico porque não quero fulanizar; não por enquanto; vai depender da
campanha -, um repórter, referindo-se ao tumulto promovido por militantes na
Comissão de Direitos Humanos da Câmara, afirmou sobre o deputado Marco
Feliciano (PSC-SP): "[ele) fez declarações contra negros e homossexuais".
A reportagem foi repetida umas 200 vezes. Lamento!
Isso é mentira! Dito desse modo, é mentira. Pergunto: é licito mentir sobre uma
pessoa de quem discordamos? É lícito ser genérico, impreciso, em tom
condenatório, contra uma pessoa com a qual não concordamos?
O pastor é contra o casamento gay. Eu, por exemplo,
sou a favor. O papa também é contra. O repórter passará agora a se referir
a Francisco como aquele que faz "declarações contra gays"? Ser contra o
casamento gay - isto é, igualar os estatutos das uniões - é ser contra gays?
Não é! É só uma opinião. Casamento não é um direito divino ou um direito
natural. É um acordo social. Assim como sou a favor, há os que são contra. Com
todo o direito de sê-lo.
Já as declarações "contra os negros"… Vamos fazer
jornalismo ou linchar pessoas? O pastor em questão é negro - segundo os
critério da própria militância. Duvido que algum juiz nestepaiz vá tomar por racismo aquela sua tolice sobre o descendente de Noé.
Já expliquei o caso aqui.
Acontece que uma mesma cadeia de difamação pode
atingir o papa ou o pastor. E com a mesma pauta militante. Com a mesma
imprecisão.
Jornalismo ou linchamento? Jornalismo ou adesão a
causas, sem dar ao outro o direito de defesa?
Fonte: "Blog Reinaldo Azevedo"
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