Assista: http://www.youtube.com/watch?v=4mG1XxL-WR4&feature=share&list=UU2n5fyMsdyN_ZtNFYvvAMNw
Por Josias de Souza
Por Josias de Souza
O governo levou ao ar uma campanha publicitária que alardeia o
fim da miséria no Brasil. A peça reproduzida no vídeo acima foi assistida pelo
repórter na noite passada, na maior rede de tevê do país. Passou num dos
intervalos do 'Jornal da Globo'.
Exibido num instante em
que Dilma Rousseff e Lula surpreendem a oposição com a antecipação do
calendário sucessório, o comercial não faria feio no horário dedicado à
propaganda eleitoral. Potencializa números e slogans que Dilma exibiu em
solenidade pública no Planalto.
Enquanto o presidenciável
tucano Aécio Neves ironiza Dilma dizendo que ela quer acabar com a miséria "por
decreto", a propaganda fala da pobreza extrema como coisa do passado. Informa
que os problemas dos últimos 22 milhões de pobres que existiam no Brasil
acabaram.
Anuncia a chegada de um "Brasil novo". E repisa bordões com as digitais de João Santana, o marqueteiro
do PT e de Dilma: "Para o Brasil, o fim da miséria é apenas um começo." Ou: "O
Brasil não abandonou os pobres. Por isso a miséria está nos abandonando."
Na quinta-feira, 7,
realizou-se no Planalto um encontro da ministra Tereza Campelo (Desenvolvimento
Social) com representantes de entidades da dita "sociedade civil". Na sua explanação, Tereza realçou que os 22 milhões de brasileiros do
comercial saíram da miséria "do ponto de vista da renda".
Como assim? São pessoas
beneficiadas com uma "complementação de renda do Bolsa Família". Em março,
conforme Dilma anunciou dias atrás, o complemento chegará aos 2,5 milhões de
beneficiários que faltavam. Com isso, explicou a ministra, não há mais "nenhuma
família com renda mensal inferior a R$ 70 por pessoa."
Repetindo: o que o
governo celebra é o fato de ter assegurado a todas as famílias um repasse de
setenta reais por pessoa. E quanto ao "Brasil novo" da propaganda? Bem, vencido
o que a ministra chamou de "primeiro passo" rumo à superação da miséria,
avança-se agora à fase seguinte.
Consiste, segundo Tereza
Campelo, em reforçar ações de "inclusão produtiva". Coisas como qualificação
profissional, assistência técnica, extensão rural e estímulo à produção. Quer
dizer: a antecipação do cronograma eleitoral inclui trazer para o presente um "Brasil novo" ainda por fazer.
Fonte: "Blog do Josias"
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