Obras de Davi Caramelo (1), May Aka
Happy Downlady (2), Lígia Aguiar (3) e Rebeca Matta (4)
Fotos: Divulgação
A Galeria Nelson Daiha, do Senac Pelourinho, convida para a mostra coletiva "S/Título", com abertura no sábado, 16, às 16 horas, reunindo três gerações de artistas visuais baianos.
Sob a
curadoria de Justino Marinho e
Lígia Aguiar, esta exposição marca a abertura das atividades do ano da Galeria,
e reúne 11 artistas visuais com trajetórias e estilos diferentes, de várias
gerações, com nomes já consolidados e jovens talentos. A diversidade de técnicas e de linguagens segue a linha da arte
contemporânea e suas múltiplas formas de expressão.
Ao agrupar nomes
representativos de cada época, revelou-se uma visualidade harmônica destacada
pelas proposições e questões inseridas em cada obra.
São trabalhos nas mais diversas
linguagens, como desenhos, fotos, pinturas e esculturas, dos artistas: Adenor
Gondim (foto), Davi Caramelo (desenho), Eckenberger (escultura), Guache Marques
(pintura), Iraildes Mascarenhas (foto), J. Cunha (pintura), Justino Marinho
(desenho), Lígia Aguiar (desenho/ técnica mista), May Aka Happy Downlady (desenho), Rebeca Matta (desenho/técnica
mista) e Silvério Guedes (foto).
Segundo
Justino Marinho "na linguagem das artes visuais, quando o artista não
titula uma obra de arte, fala-se que o trabalho é sem título (s/título). Com
isso deixa para o observador construir seus devaneios e formular uma ideia,
conceituar. Ao surgir novas interpretações é quando ocorre, de fato, a
finalização da obra. Este foi o nosso propósito ao intitular esta mostra
sujeita a muitas divagações mentais".
Sobre os
artistas
Adenor
Godim, baiano de Ruy Barbosa, desde muito cedo adotou a fotografia como meio de
expressão. Sua obra foi destaque na Antologia da Fotografia Africana, realizada
na Pinacoteca do estado de São Paulo, em 1998. Participou da Mostra do
Redescobrimento "Brasil 500 e Muito Mais", em 2000, na cidade de São
Paulo. Sua obra é conhecida no Brasil e no Exterior. Recentemente participou do
Evento "Design da Periferia", no Pavilhão das Culturas Brasileiras -
Parque Ibirapuera, em São Paulo. Possui um vasto acervo de imagens focadas na
religiosidade do povo brasileiro.
Davi
Caramelo, publicitário, ilustrador e artista
plástico, é graduado em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e
Propaganda. Já participou de inúmeras mostras regionais, nacionais e
internacionais com destaques para a exposição coletiva que participou na
"Ó! Galeria" na Cidade do Porto em Portugal e para o projeto coletivo
AII - Acción Arte Itinerante Latinoamérica, onde seu trabalho percorreu
diversos países como Bolívia, Argentina, Chile e Colômbia.
Eckenberger,
argentino, radicado em Salvador desde a década de 60, é pintor, desenhista,
gravador e ceramista, foi premiado na I Bienal da Bahia e na de São Paulo. Suas
obras de grande originalidade, são únicas, não se insere em nenhum
"ismo". A ludicidade impregnada em cada trabalho é compatível com a
atmosfera de onde é gerada. Seu currículo é recheado com premiações e muitas
exposições coletivas e individuais. A expressividade do seu trabalho como
ceramista extrapola os limites globais.
Guache
Marques, artista visual baiano de Feira de
Santana, é desenhista, pintor, com incursão na arte digital, tem como tema o
universo da
magia, do misticismo e da influência africana, presente através da
representação de símbolos, signos e ferramentas de orixás, com um grafismo que
chega às formas abstratas. Com diversos prêmios em sua trajetória artística,
participou de dezenas de exposições coletivas e individuais em várias cidades
do Brasil e do exterior.
Iraildes
Mascarenhas, fotógrafa profissional com várias
publicações em livros, revistas e catálogos e premiações na área da fotografia.
Trabalhou 13 anos na Fundação Gregório de Mattos, como fotógrafa da entidade,
registrando momentos importantes da história cultural da Bahia, em especial
monumentos históricos, a recuperação da Igreja da Barroquinha e o 2 de Julho.
J. Cunha,
artista de múltiplas linguagens, cenografia, figurinos, design gráfico,
adereços, e pinturas, tem como forma de expressão a cultura popular. Durante 25
anos foi diretor artístico do Ilê Aiyê, tendo formatado a identidade africana
do famoso bloco que integra o carnaval baiano; desenvolve cenografia e
figurinos para o Balé do teatro Castro Alves. Participou de inúmeras exposições
coletivas e individuais em cidades do país e no exterior.
Justino
Marinho, pintor, desenhista, também curador e
crítico de arte, é dono de um extenso currículo com exposições, premiações e
obras, no Brasil e no Exterior. Participa
de seleções, como jurado, em eventos realizados por instituições publicas e
privadas e tem atuado como conselheiro de Instituições importantes. Entre os
anos de 1975 e 2004 escreveu para jornais locais ('Jornal da Bahia', 'Correio
da Bahia' e 'A Tarde') e revistas de circulação nacional (revista 'Galeria' e
'Guia das Artes') sobre artes visuais. Em 2012 realizou exposição individual na
Caixa Cultural em Salvador.
Lígia
Aguiar, artista com experiência
em várias linguagens como desenho, pintura, instalação e vídeo, além de
cenografia e figurino, possui várias premiações em seu currículo, e dezenas de
exposições coletivas e individuais, nacionais e internacionais. Atualmente se
expressa através do desenho e pintura, em que enfatiza o preto e branco em
lúdicas paisagens. Desde 2008 é colunista do programa Multicultura apresentado
pela Radio Educadora da Bahia.
May Aka
Happy Downlady, graduada em
Artes Plásticas participou de várias exposições e salões nacionais. Com
incursão pela Street Art realizou ações colaborativas de relevância e foi uma
das pioneiras da Toy Art brasileira. Bastante atuante
como produtora e consultora no cenário cultural
baiano desenvolveu projetos de visibilidade vem trabalhando com
ilustração, pintura, arte digital, videoarte, curadorias
artísticas e na coordenação do Atelier Coletivo Visio.
Rebeca Matta é uma artista multimídia. Cantora,
compositora e artista plástica, faz da sua arte a expressão da sua vida,
mergulhada em projetos que possam afirmar suas criações, seus desejos, sua
visão singular da música e da arte. Estudou artes plásticas na Universidade
Federal de Bahia, mas decidiu continuar seus estudos de uma forma livre,
desenvolvendo técnicas e fazendo cursos em diferentes direções. Gravou três
discos reconhecidos pela crítica como obras que apontam para novas
possibilidades para a música popular brasileira. Participou também de vários
projetos de artes visuais.
Silvério
Guedes, fotógrafo, mineiro de Barbacena, radicado na Bahia desde os anos 80.
Nas suas fotos fragmenta, com seu especial olhar, imagens que se transfiguram
em novas e originais formas. Com diversas exposições coletivas e individuais,
em 2011foi premiado no Salão de Artes Visuais de Vinhedo, São Paulo. Ainda este ano, em maio, estará
realizando exposição individual no Centro Cultural da Universidade Federal de
Juiz de Fora.
Sobre a Galeria
Em pleno Largo do Pelourinho, entre a
Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Negros e da Casa Jorge Amado, a Galeria
Nelson Daiha faz parte do complexo Senac Pelourinho, instalada num belo casarão
colonial, juntamente com o Museu da Gastronomia Baiana.
(Com informações de Ligia Aguiar)
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