Não é
apenas a imagem negativa de abandono da cidade, resultado de oito anos de falta
de total gestão do ex-prefeito João Henrique, que tem afastado os turistas de
Salvador. Os preços das passagens aéreas para a capital baiana também têm
contribuído para diminuir o fluxo de visitantes na cidade. De acordo com o
presidente do Conselho Baiano de Turismo (CBTur) e da Federação
Baiana de Hospedagem e Alimentação (Febha), Silvio Pessoa, o
Réveillon deste ano ficou comprometido por conta dos preços exorbitantes
praticados pelas companhias aéreas, com valores acima das ofertadas para
viagens ao exterior, notadamente Europa e Estados Unidos, como também pela
redução de 10% na oferta de voos, em razão da fusão das empresas Trip/Azul,
Gol/Webjet e a extinção da Passaredo.
As atenções
agora recaem sobre o Carnaval. De acordo com o dirigente, que também é
presidente do Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes de Salvador e do Litoral
Norte, a expectativa é que os hotéis instalados no circuito da folia atinjam
uma ocupação próxima aos 90% e de 70% nos estabelecimentos fora da área da
festa. Mas, por enquanto, apenas 70% das vagas na rede hoteleira estão
reservadas. "Esperamos que nas duas semanas anteriores à festa se dê um
incremento na procura", destaca Pessoa.
Historicamente,
janeiro apresenta uma média de ocupação hoteleira de 85%, mas este ano a taxa
ainda não ultrapassou os 75% e o fim do verão se aproxima. "A diária na hotelaria
de Salvador é uma das mais baixas do Nordeste, e representa 50% da cobrada no
Rio de Janeiro. Caro é a passagem aérea e os restaurantes de primeira linha",
critica o dirigente, reivindicando que as mudanças em prol do turismo sejam
implementadas o mais rápido pela atual gestão municipal.
"Precisamos
de iluminação, segurança e limpeza e que tenha um fim o imbróglio envolvendo as
barracas de praia, precisamos acabar com a sua favelização", frisa, criticando
ainda "a violenta concorrência - altamente predatória - por parte das empresas
de navegação, todas elas estrangeiras”, que comercializam seus produtos sem
deixar lucro para a cidade, uma vez que os principais serviços são ofertados
pelos navios (alimentação e hospedagem). "É importante trabalhar junto ao
Congresso para rever a atual lei de cabotagem, revendo pontos que permitem
bondades excessivas ao segmento de cruzeiros no Brasil", assinala.
Fonte: www.genteemercado.com.br
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