De Juan Luis Cebrián, fundador
do "El País" e presidente do grupo Prisa, que o controla, em "O Globo", edição de domingo, 18
"Ou
jornais se convertem em jornais muito locais ou em jornais globais. Mas não tem
espaço para muitos jornais globais. Portanto, estamos num momento de transição
fundamental. Quiosques e livrarias estão fechando, e a distribuição física dos
jornais vai ser cada vez mais difícil.
Não há espaço para muitos jornais globais brasileiros, apenas um ou dois. Nós estamos seguindo o modelo do 'New York Times': presença global e enorme presença na internet, sobretudo nos meios de comunicação móvel. Há muitos jornais locais americanos que estão com suas edições apenas na internet. Temos que ser muito cautelosos. Não digo que os jornais locais de papel irão nesta direção, mas cada vez vão ser mais caros, vão circular menos e, portanto, terão menos influência. Nós estamos fazendo um jornal global de papel, como o 'New York Times' e o 'International Herald Tribune'.
Se é verdade que o Brasil não está numa bolha, o que vai haver é mudança tecnológica. E a mudança vai chegar à imprensa brasileira como no mundo inteiro. Pode chegar mais tarde, mas vai chegar. O aumento das tiragens de alguns jornais no Brasil, não todos, se deve ao aumento da classe média. No curto prazo, podemos pensar em aumento da publicidade e de consumo de jornais. Isso pode atrasar a chegada da transformação, mas ela chegará. E quando chegar, vai chegar com uma velocidade impressionante."
Não há espaço para muitos jornais globais brasileiros, apenas um ou dois. Nós estamos seguindo o modelo do 'New York Times': presença global e enorme presença na internet, sobretudo nos meios de comunicação móvel. Há muitos jornais locais americanos que estão com suas edições apenas na internet. Temos que ser muito cautelosos. Não digo que os jornais locais de papel irão nesta direção, mas cada vez vão ser mais caros, vão circular menos e, portanto, terão menos influência. Nós estamos fazendo um jornal global de papel, como o 'New York Times' e o 'International Herald Tribune'.
Se é verdade que o Brasil não está numa bolha, o que vai haver é mudança tecnológica. E a mudança vai chegar à imprensa brasileira como no mundo inteiro. Pode chegar mais tarde, mas vai chegar. O aumento das tiragens de alguns jornais no Brasil, não todos, se deve ao aumento da classe média. No curto prazo, podemos pensar em aumento da publicidade e de consumo de jornais. Isso pode atrasar a chegada da transformação, mas ela chegará. E quando chegar, vai chegar com uma velocidade impressionante."
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