A morte de duas pessoas por intoxicação causada por uma
planta levanta o alerta: como identificar as espécies que podem ser fatais para
nossa saúde?
Em menos
de um mês, foram registrados em Minas Gerais dois casos de mortes por
envenenamento. A causa? A ingestão da planta Couve do Mato, também conhecida
como Charuto do Rei. O que assusta é que, nos dois casos, a planta foi ingerida
depois de ser confundida com a couve que usamos como alimento. Essa semelhança
entre espécies de plantas é muito comum, por isso, a paisagista Erly Hooper
alerta. "Na hora de escolher as plantas para ter em casa é preciso pesquisar e
conhecer. Muitas espécies se parecem. A Alocasia, por exemplo, é muito
semelhantes à taioba, que é consumida na alimentação".
Embora
para um leigo seja difícil diferenciar uma planta da outra, Erly faz uma
orientação. "É importante ter atenção especial às plantas de seiva leitosa,
pois geralmente, elas são tóxicas". É o caso da famosa Comigo-Ninguém-Pode,
cuja má fama já foi amplamente difundida mas que não deixa de estar presente
nos lares. E ela não está sozinha. "A Ripsalis, por exemplo, está sendo muito
utilizada em ambientes internos devido à sua alta resistência e ao seu poder
escultórico, e é extremamente tóxica", conta Erly. E a lista de ameaças não
para por aí Tirucalis, Tinhorão, Coroa de Cristo, Espiradeira, Copo de Leite e
várias outras espécies apresentam riscos à saúde de pessoas e animais e, em
alguns casos, podem levar a morte.
Por isso,
para quem quer ter planta em casa, a paisagista Erly orienta a seguir alguns
cuidados especiais, tais como: fazer uma pesquisa conhecendo as espécies
desejadas, orientar as crianças a não brincarem com folhas, não tomar chás ou
remédios caseiros sem orientação, usar luvas e proteger os olhos ao podar. "Em
caso de se optar por uma planta tóxica devida à sua beleza, mantenha-a em local
inacessível a crianças e animais", arremata Erly.
(Com informações de Ana Paula
Horta e Fernanda Pinho, da Mão Dupla Comunicação)
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