O
sertão baiano continua sofrendo os efeitos da pior seca dos últimos 40 anos. Na
zona rural de Feira de Santana, por exemplo, o gado está morrendo. Em Ichu, que
decretou estado de emergência, produtores acumulam perda no rebanho de corte em
torno de 50%, na plantação de mandioca atingiu 80% e no sisal, 60%. O município
também está prejudicado com a falta de carro pipa próprio, e a única empresa
que presta o serviço cobra R$ 120,00 por viagem. Já em Irecê, as perdas na
agricultura chegaram a 100%, em culturas como milho e feijão e mamona.
Esses
dados foram apresentados pelo deputado estadual Carlos Geilson (PTN), que
voltou a alertar, em pronunciamento na Assembleia Legislativa, sobre os danos
causados pela estiagem no estado e cobrou previdências do governador Jaques
Wagner. Ainda devido a seca, a produção de leite da Bahia já caiu
aproximadamente 30% este ano, segundo cálculo do presidente do Sindicato da
Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindileite), Paulo Cintra.
"É
preciso que haja investimentos do governo federal, que o governador Jaques
Wagner escute os produtores, sertanejos e ruralistas. O que a gente tem que
desarmar, governador, é o palanque. Passou a eleição em Salvador, em Vitória da
Conquista e a vida continua, a Bahia continua com os seus problemas, com a sua
rotina de dificuldades e vossa excelência tem que estar na linha frente levando
essa preocupação à presidente Dilma Rousseff , para ela se sensibilizar com a
causa do sertanejo. É essa parceria que nós queremos", frisou o parlamentar.
(Com informações de Orisa Gomes, da Assessoria de Comunicação)
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