Em
pronunciamento da sessão da Câmara Municipal de Feira de Santana nesta
quarta-feira, 6, o vereador Roberto Tourinho (Fotos: Silvio Tito), do PV, apresentou documentos que
comprovam irregularidades em processos licitatórios da Fundação Hospitalar de
Feira de Santana. Ele informou que no dia 1º de março de 2011, o diretor de
material da entidade, Raimundo Barreiros, solicitou ao presidente Jair Silva de
Jesus, a contração emergencial de uma empresa para prestação de serviços na
área de saúde.
Em 15 de
março, informa o vereador, Jair de Jesus fez um ofício ao prefeito Tarcízio
Pimenta solicitando em caráter de urgência para contratar a empresa. Ele também
encaminhou ofício ao prefeito e ao presidente da comissão, fazendo a mesma
solicitação. Três empresas apresentaram propostas para a licitação.
A primeira
empresa foi a Coof Saúde, com o valor de R$ 588.142,18. A segunda empresa foi a
Coopersaúde, que apresentou o valor de R$ 483.340,10 por mês, cujo valor global
de seis meses de contrato era de R$ 2.900.040,50. A terceira empresa a
apresentar a documentação foi a Coopersade, cujo valor era R$ 470.039,18 por
mês, que dava o valor de R$ 2.820.235,08 por seis meses. Segundo consta na
denúncia, a vencedora foi a Coopersade que assinou o contrato com a Prefeitura.
O vereador oposicionista
explica que até aí foi tudo normal, mas que no dia 28 de abril, o prefeito
Tarcízio mandou um ofício ao presidente da Fundação Hospitalar, Jair de Jesus,
solicitando a anulação da publicação do processo de dispensa, mandando também
tornar sem efeitos os atos publicados no "Diário Oficial de Estado" dos dias 16
e 17 de abril. Roberto Tourinho explicou ainda que nesse mesmo período, o
prefeito encaminhou ofício ao procurador geral do Município, Carlos Lucena,
determinando o contrato emergencial de uma nova empresa para o mesmo serviço.
Roberto Tourinho
disse que a empresa Maxmed apresentou a proposta com um valor mais alto do que
os apresentados anteriormente. As empresas Ergoclin e Coopersaúde também
apresentaram propostas, sendo que esta última foi a vencedora, cujo preço
mensal foi de R$ 658.723,38 centavos. O valor do contrato com a Coopersaúde
previsto para seis meses era de R$ 3.952.340,30 centavos. A empresa finalmente
foi contratada.
O vereador
fez uma comparação do valor das parcelas entre o primeiro contrato, que seria
com a Coopersade, e do segundo contrato com a Coopersaúde, cuja diferença
representa o valor de R$ 188.684,20 a mais. "A prefeitura cancelou a primeira
dispensa de licitação, contratou outra empresa, sendo que cada parcela o valor
é de quase R$ 200 mil a mais", disse.
Ele explicou
que a Lei 866/93 é muito clara no artigo 49 que diz: "A autoridade competente
para aprovação do procedimento somente poderá revogar licitações por razões de
interesse público decorrentes de fatos superveniente, devidamente comprovado,
pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-la por
ilegalidade de ofício ou por provocação de terceiro, mediante parecer escrito e
devidamente fundamentado."
Na opinião de
Roberto Tourinho, o prefeito Tarcízio Pimenta tomou atitude grave, porque dois
meses após esse fato ele realizou dia 19 de agosto uma licitação, de número
164/2011, para contratar uma empresa. O valor da licitação foi R$ 6.341.238,57,
para o prazo de 12 meses. Essa licitação, quem venceu foi a Coopersaúde, que já
tinha vencido a segunda dispensa de licitação.
Providências
Diante desses
fatos relatados, o vereador Roberto Tourinho está encaminhando a documentação
ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-BA) e ao Ministério Público Estadual
com uma Ação Civil. Segundo ele, houve "atos ilícitos" praticados pelo prefeito
Tarcízio Pimenta. O vereador salientou que ainda está investigando se houve
aditivo de 50% desse contrato e que "se isso for comprovado trata-se de R$ 10
milhões".
Fonte: Acorda
Cidade
3 comentários:
E haja irregularidade.
TARCÍZIO ESTÁ TÃO CALEJADO QUE ELE PREFERE FICAR CALADO.
TUDO QUE TARCIZIO FAZ TEM QUE TER UMA CANALHICE PELO MEIO.
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