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sexta-feira, 27 de abril de 2012

"Tarcízio Pimenta: O Asmodeus de si mesmo!"


Tarcízio Suzart Pimenta Júnior teria pela frente a árdua tarefa de livrar-se da nódoa de traidor que o transformou, perante à comunidade, no Asmodeus de si mesmo

Por Jorge Magalhães

Lídice da Mata, sempre que é concitada a justificar-se pela fracassada administração à frente da cidade do Salvador, invariavelmente, monocordiamente recorre ao velho e indefectível bordão de que as suas articulações políticas junto aos escaninhos dos ministérios em busca de verbas e projetos eram sabotadas por Antonio Carlos Magalhães, eterno arquiinimigo das chamadas esquerdas.
Lídice da Mata, sempre que é concitada a justificar-se pela fracassada administração à frente da cidade do Salvador, invariavelmente, monocordiamente recorre ao velho e indefectível bordão de que as suas articulações políticas junto aos escaninhos dos ministérios em busca de verbas e projetos eram sabotadas por Antonio Carlos Magalhães, eterno arquiinimigo das chamadas esquerdas.
Figura polêmica e de temperamento desabrido, implacável com os adversários políticos e árduo e mordaz defensor do que considerava "interesses da Bahia", o "Cabeça Branca" era e ainda é sacado da manga dos próceres da velha esquerda, quando querem justificar os males que se abatem sobre os destinos do Estado e do povo baiano, e para o costumeiro expediente tanto recorrem aos males de agora quanto aos males de antanho.
Com a imagem divinamente satanizada pelos inimigos não menos implacáveis, toda a culpa que se atirava contra ACM pespegava feito catarro na parede, e, não raras vezes, não passavam de pura invencionice difamatória, uma das táticas também muito usadas pelas vestais da política de Pindorama.
Pois bem! Com esta mesma volúpia insidiosa e detratora que embasa a retórica esquerdopata , um grupelho que ainda cerca Tarcízio Pimenta - inclusive expoentes do jornalismo, remunerados em emissoras de rádio e blogs com verbas oficiais - semeia a idéia de que o seu governo é sabotado pelos ronaldistas ocupantes de cargos na Prefeitura de Feira de Santana.
Dizem mais, que este governo que aí está, é, sim, a continuidade do governo José Ronaldo, tanto em ações quanto no volume de obras realizadas na cidade, e, desde o início da atual administração, sempre defenderam a expulsão sumária dos "sabotadores aboletados" na máquina municipal, recomendando ao manda-chuva enviar-lhes ao cadafalso, de forma indistinta e inapelável, desde ilustres secretários a simples e desafortunados barnabés.
Tomando esta tese como verdadeira, pode-se imaginar um cenário dantesco em que o prefeito Tarcízio Pimenta, com os olhos circunvagantes, estaria enfronhado, tendo que lidar cotidianamente com um quadro de funcionários inimigo à sua administração, cuja tarefa, uma vez infiltrado, seria menoscabar às suas funções, negligenciando-as e, por conseguinte, criando obstáculos intransponíveis à cidade , com um escopo de ações sistematicamente organizado em todos os setores do Executivo Municipal, numa espécie de crime a lesa pátria e, claro, todos a serviço do ex-chefe.
Neste teatro de absurdos, Ronaldo estaria para Tarcízio Pimenta como ACM está para Lídice da Mata, que o elegeu como o seu Asmodeus, o "Rei Esquecido de Sodoma". Este discurso, que mais soa como um vitupério, seria a bandeira desfraldada pelos apaniguados da munificência de Sua Excelência, potencializado como mote político à reeleição, em cuja campanha publicitária o candidato apareceria com as vestes da humildade, vitimizado e sabotado, tendo a Prefeitura como uma ilha cercada de ronaldistas por todos os lados.
A tática marqueteira pode até parecer plausível aos olhos de alguns, mas pouco verossímil à luz da razão. Pois esta não parece ser a percepção da maioria dos feirenses entrevistada recentemente por instituto de pesquisa contratado pelo governo Jaques Wagner, onde a atual administração e o seu gestor são rejeitados peremptoriamente pelas suas próprias ações e obras.
De si para consigo, sabe muito bem o alcaide os riscos que estaria correndo ao adotar tal estratégia de campanha; o efeito bumerangue a que estaria se expondo.
Eleito em primeiro turno grudado no prestígio político do seu antecessor, cuja obra é fartamente elogiada, inclusive no campo de históricos adversários, antes de tentar persuadir a plebe rude com esta quimera, Tarcízio Suzart Pimenta Júnior teria pela frente a árdua tarefa de livrar-se da nódoa de traidor que o transformou, perante à comunidade, no Asmodeus de si mesmo.
Fonte: "Etc & Tal News"

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