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segunda-feira, 2 de abril de 2012

"Aterro sairá independente da vontade da população"

Por Eduardo Lobo

A empresa Viva Ambiental solicitou no mês passado para o Inema a expedição de licença ambiental para funcionamento de um aterro de grande volume em zona urbana de Feira de Santana. Esta mesma empresa, Viva Ambiental, faz parte da "máfia do lixo" de Alagoas, onde o Ministério Público Federal tentou barrar a construção de um aterro em Maceió. Mesmo assim, a Viva junto com a Prefeitura de Maceió conseguiram construir o aterro em uma das praias da capital alagoana. A Viva está fazendo o mesmo em Feira de Santana e a empresa afirma que o aterro sairá e será de grande porte. Informou ainda que a questão do aterro é mais urgente que a construção do Aeroporto. Os proprietários de imóveis e residentes na região buscaram o programa do repórter Tanúrio Brito, na Rádio Sociedade, e reclamaram da situação que vivem, "nós pagamos IPTU e vamos ter como vizinho mais um aterro". A legislação proíbe aterro em zona urbana, o repórter entrevistou o secretário Alexandre Monteiro, do Meio Ambiente, que defendeu a empresa Viva e afirmou que "o aterro sairá independente da vontade da população", e que "esta é uma decisão do Governo Municipal". A empresa Viva Ambiental está conseguindo licenciar este aterro, situado a 2,3 km do centro da cidade, sem nenhum estudo de impacto ambiental, nem audiência pública. A Viva afirmou que o aterro sai pois "tem um acordo com a Prefeitura". O secretário de Serviços Públicos disse que "este aterro é a solução do lixo na cidade mesmo sendo particular". Ele não informou qual é a diferença entre os dois aterros. A empresa Viva Ambiental que tem atualmente contrato de emergência com a Prefeitura de Feira de Santana, sem licitação, reajustou recentemente os valores pagos pelo quilo do lixo, valores esses que segundo o vereador Maurício Carvalho, líder da bancada governista, falando na tribuna em nome do prefeito Tarcízio Pimenta, "atualmente é pago R$ 11,20 por quilo", e que o último valor pago para a empresa Sustentare foi de R$ 1,50 por quilo. Assim, paga-se hoje 11 vezes mais que o valor pago à antiga contratada. Atualmente são gerados 400 mil quilos de lixo por mês em Feira de Santana.
Enviado por Eduardo Lobo

2 comentários:

Anônimo disse...

Esta história ainda vai render muito.

Anônimo disse...

Que história é esta? Em Feira de Santana não tem homem para barrar isto aí, não?