É com grande pesar que o Congresso Brasileiro de Cinema (CBC) recebe a notícia do falecimento da atriz Marlene França Ippolito, uma dos ícones do cinema nacional.
Marlene França construiu uma importante e premiada trajetória como atriz e diretora. Foi dirigida por nomes como Walter Hugo Khouri, Milton Amaral, Jorge Ileli, Carlos Coimbra, Luís Sérgio Person, Fernando Campos, Ozualdo Candeias e Luiz Paulino dos Santos. E por aqueles a quem considerava seus verdadeiros mestres: Alex Viany e Roberto Santos.
Além de atriz, Marlene também trabalhou como diretora de três curtas-metragens: "Frei Tito" (1983), "Mulheres da Terra" (1983) e "Menino de Rua" (1988).
Marlene França morreu na sexta-feira, 23, de infarto fulminante, em sua residência em Itatiba, no interior de São Paulo. Tinha 69 anos.
O corpo da atriz foi sepultado no Cemitério Redentor, na avenida Doutor Arnaldo, no bairro do Sumaré, zona oeste de São Paulo. Marlene deixa o esposo e duas filhas.
Aos seus familiares toda a solidariedade do Congresso Brasileiro de Cinema, do audiovisual e da classe artística brasileira.
A Diretoria.
Congresso Brasileiro de Cinema
João Baptista Pimentel Neto - Presidente - Enviado por Tuna Espinheira
No dia 5 de fevereiro de 2008, o Blog Demais portou a nota "Quem conhece Marlene França?"
Pois é, quem conhece Marlene França? Ela foi descoberta pelo cineasta Alex Viany, que em 1957 passou por Feira de Santana para filmar o episódio "Ana" do filme internacional “Rosa dos Ventos” (Die Windrose) - o mesmo filme em que Olney São Paulo se integrou às filmagens. Ainda criança, com 13 anos, ela morava nesta cidade e vendia doces e bananas na feira livre, em frente ao Mercado Municipal, na praça João Pedreira. Assim, não é feirense - ela nasceu em Uauá, em 5 de agosto 1943 (5 de agosto é a data de direito de meu aniversário - a de fato é 9 de julho). Marlene França Yppolito foi feirante em Feira de Santana.
Em 1959, já em São Paulo, onde mora até hoje, participa de "Fronteiras do Inferno", de Walter Hugo Khouri. No ano seguinte atuou em "Jeca Tatu", com Mazzaropi, dirigido por Milton Amaral, com quem se casou. Atualmente, é casada com um Matarazzo, com quem tem três filhos.
Marlene França participou de vários filmes sobre o tema cangaço, nos anos 60, bem como nas comédias eróticas, as chamadas de pornochanchadas, na década de 70, além de atuar em filmes de outras correntes.
Em entrevista ao site "Mulheres do Cinema Brasileiro" , Marlene França disse que era apaixonada pelo cinema e sempre sonhou com as telas. "Eu queria sair daquele sertão e ir para o sul, para ganhar o sul, para virar estrela. Ser como Eliana, Adelaide Chiozzo, Fada Santoro. Queria ser estrela de Hollywood".
Desde o início da carreira ela se interessou pelo outro lado das câmeras, desempenhando a função de continuísta em diversos filmes. Nos anos 80, dedicou-se a dirigir filmes e conta com três curtas no currículo: "Frei Tito"(1983); "Mulheres da Terra" (1985); "Meninos de Rua" (1988).
Filmes de Marlene França como atriz, que foram vistos por este jornalista - que não conhece de perto a atriz e cineasta: "Jeca Tatu", de Milton Amaral, 1960; "A Morte Comanda o Cangaço", de Carlos Coimbra, 1961; "Três Cabras de Lampião" (1962), de Aurélio Teixeira, 1962; "Lampião, o Rei do Cangaço", de Carlos Coimbra, 1964; "Panca de Valente", de Luis Sérgio Person, 1968; "Se Meu Dólar Falasse", de Carlos Coimbra, 1970; "Lua de Mel e Amendoim", de Fernando de Barros e Pedro Carlos Róvai, 1971; "Sinal Vermelho - As Fêmeas", de Fauzi Mansur, 1972; "A Infidelidade ao Alcance de Todos", de Aníbal Massaini Neto e Olivier Perroy, 1972; "A Noite do Desejo", de Fauzi Mansur, 1973; "O Supermanso", de Ary Fernandes, 1974; "A Noite das Fêmeas", de Fauzi Mansur, 1976; "A Dama da Zona", de Ody Fraga, 1979; "O Bem-dotado - O Homem de Itu", de José Miziara, 1979.
Em 1973 recebeu o Prêmio Governador do Estado por "A Noite do Desejo". Em 1976 teve outra premiação, em Gramado, pelo filme "Crueldade Mortal", de Luiz Paulino dos Santos.
Prêmios que recebeu como diretora: "Frei Tito" - Aveiro/Portugal, 1984 - Melhor Curta; 1º Festival do Ceará, 1985 - Melhor Filme; Festival de Brasília, 1985 - cinco Kandangos - Júri Popular; CNBB - Margarida de Prata, 1985; Festival de Oberhausen, 1986 - Melhor Filme. "Mulheres da Terra" - 8º Festival Pavana Cuba, 1986 - 2º Prêmio Coral e Prêmio Ocic; CNBB - Margarida de Prata, 1986; Festival de Gramado, 1986 - Melhor Curta-metragem; Festival Paris Cinema D'Real, 1987 - Diploma de Participação Especial; Festival de Melbourne/Austrália, 1987 - Melhor Documentário. "Meninos de Rua" - CNBB - Margarida de Prata, 1987; e Festival de Oberhausen, 1987 - Melhor Filme.
Marlene França construiu uma importante e premiada trajetória como atriz e diretora. Foi dirigida por nomes como Walter Hugo Khouri, Milton Amaral, Jorge Ileli, Carlos Coimbra, Luís Sérgio Person, Fernando Campos, Ozualdo Candeias e Luiz Paulino dos Santos. E por aqueles a quem considerava seus verdadeiros mestres: Alex Viany e Roberto Santos.
Além de atriz, Marlene também trabalhou como diretora de três curtas-metragens: "Frei Tito" (1983), "Mulheres da Terra" (1983) e "Menino de Rua" (1988).
Marlene França morreu na sexta-feira, 23, de infarto fulminante, em sua residência em Itatiba, no interior de São Paulo. Tinha 69 anos.
O corpo da atriz foi sepultado no Cemitério Redentor, na avenida Doutor Arnaldo, no bairro do Sumaré, zona oeste de São Paulo. Marlene deixa o esposo e duas filhas.
Aos seus familiares toda a solidariedade do Congresso Brasileiro de Cinema, do audiovisual e da classe artística brasileira.
A Diretoria.
Congresso Brasileiro de Cinema
João Baptista Pimentel Neto - Presidente - Enviado por Tuna Espinheira
No dia 5 de fevereiro de 2008, o Blog Demais portou a nota "Quem conhece Marlene França?"
Pois é, quem conhece Marlene França? Ela foi descoberta pelo cineasta Alex Viany, que em 1957 passou por Feira de Santana para filmar o episódio "Ana" do filme internacional “Rosa dos Ventos” (Die Windrose) - o mesmo filme em que Olney São Paulo se integrou às filmagens. Ainda criança, com 13 anos, ela morava nesta cidade e vendia doces e bananas na feira livre, em frente ao Mercado Municipal, na praça João Pedreira. Assim, não é feirense - ela nasceu em Uauá, em 5 de agosto 1943 (5 de agosto é a data de direito de meu aniversário - a de fato é 9 de julho). Marlene França Yppolito foi feirante em Feira de Santana.
Em 1959, já em São Paulo, onde mora até hoje, participa de "Fronteiras do Inferno", de Walter Hugo Khouri. No ano seguinte atuou em "Jeca Tatu", com Mazzaropi, dirigido por Milton Amaral, com quem se casou. Atualmente, é casada com um Matarazzo, com quem tem três filhos.
Marlene França participou de vários filmes sobre o tema cangaço, nos anos 60, bem como nas comédias eróticas, as chamadas de pornochanchadas, na década de 70, além de atuar em filmes de outras correntes.
Em entrevista ao site "Mulheres do Cinema Brasileiro" , Marlene França disse que era apaixonada pelo cinema e sempre sonhou com as telas. "Eu queria sair daquele sertão e ir para o sul, para ganhar o sul, para virar estrela. Ser como Eliana, Adelaide Chiozzo, Fada Santoro. Queria ser estrela de Hollywood".
Desde o início da carreira ela se interessou pelo outro lado das câmeras, desempenhando a função de continuísta em diversos filmes. Nos anos 80, dedicou-se a dirigir filmes e conta com três curtas no currículo: "Frei Tito"(1983); "Mulheres da Terra" (1985); "Meninos de Rua" (1988).
Filmes de Marlene França como atriz, que foram vistos por este jornalista - que não conhece de perto a atriz e cineasta: "Jeca Tatu", de Milton Amaral, 1960; "A Morte Comanda o Cangaço", de Carlos Coimbra, 1961; "Três Cabras de Lampião" (1962), de Aurélio Teixeira, 1962; "Lampião, o Rei do Cangaço", de Carlos Coimbra, 1964; "Panca de Valente", de Luis Sérgio Person, 1968; "Se Meu Dólar Falasse", de Carlos Coimbra, 1970; "Lua de Mel e Amendoim", de Fernando de Barros e Pedro Carlos Róvai, 1971; "Sinal Vermelho - As Fêmeas", de Fauzi Mansur, 1972; "A Infidelidade ao Alcance de Todos", de Aníbal Massaini Neto e Olivier Perroy, 1972; "A Noite do Desejo", de Fauzi Mansur, 1973; "O Supermanso", de Ary Fernandes, 1974; "A Noite das Fêmeas", de Fauzi Mansur, 1976; "A Dama da Zona", de Ody Fraga, 1979; "O Bem-dotado - O Homem de Itu", de José Miziara, 1979.
Em 1973 recebeu o Prêmio Governador do Estado por "A Noite do Desejo". Em 1976 teve outra premiação, em Gramado, pelo filme "Crueldade Mortal", de Luiz Paulino dos Santos.
Prêmios que recebeu como diretora: "Frei Tito" - Aveiro/Portugal, 1984 - Melhor Curta; 1º Festival do Ceará, 1985 - Melhor Filme; Festival de Brasília, 1985 - cinco Kandangos - Júri Popular; CNBB - Margarida de Prata, 1985; Festival de Oberhausen, 1986 - Melhor Filme. "Mulheres da Terra" - 8º Festival Pavana Cuba, 1986 - 2º Prêmio Coral e Prêmio Ocic; CNBB - Margarida de Prata, 1986; Festival de Gramado, 1986 - Melhor Curta-metragem; Festival Paris Cinema D'Real, 1987 - Diploma de Participação Especial; Festival de Melbourne/Austrália, 1987 - Melhor Documentário. "Meninos de Rua" - CNBB - Margarida de Prata, 1987; e Festival de Oberhausen, 1987 - Melhor Filme.
Um comentário:
Não me lembro de ter visto algum filme com ela, mas me lembro de alguns programas de TV, com Jô Soares, onde ela trabalhava, se não me engano e se não estou enganada, era uma morena muito bonita.
Que descanse em paz!
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