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terça-feira, 28 de junho de 2011

Exoneração de Oldecir Marques causa polêmica na Câmara

Na sessão desta terça-feira, 28, da Câmara Municipal de Feira de Santana, o vereador petista Marialvo Barreto falou sobre a forma utilizada pelo presidente da Fundação Hospitalar de Feira de Santana, Jair de Jesus, para demitir o médico Oldecir Marques. De acordo com o petista, o profissional de saúde atuou como anestesista do Hospital Inácia Pinto dos Santos (Hospital da Mulher) por cerca de 20 anos. A exoneração do cargo teria sido efetivada através de e-mail. Marialvo classificou o fato como intolerância política.
Mostrando indignação, o vereador disse que isto é um desrespeito ao trabalhador. "Isto é excrescência. É a degradação do ser humano ao mais baixo nível. Demitiu um profissional que tinha 20 anos dentro da empresa, por e-mail. Que consideração! Isto é humilhante!", bradou, afirmando que comunicará ao Sindicato dos Médicos a forma desrespeitosa como Marqeus foi tratado.
O vereador Roque Pereira (PT do B), da base governista, também se manifestou de forma crítica. Ele alegou que no Hospital da Mulher existe a "dupla J e R", se referindo a Jair de Jesus (presidente da Fundação Hospitalar de Feira de Santana), e a Raimundo Oliveira Barreiros (diretor do Hospital da Mulher). Segundo Roque, "ambos estão acabando com o hospital, apenas o prefeito Tarcízio Pimenta que não enxerga", afirmou. Destacando o caráter e a competência de Oldecir Marques, os vereadores democratas Luiz Augusto de Jesus e Alcione Cedraz também lamentaram a maneira como o médico foi exonerado.
Nova era da ditadura militar
Na opinião do vereador Carlos Alberto Costa da Rocha (PMDB), o Frei Cal, a questão em relevância não é a forma como o médico Oldecir Marques foi demitido, mas sim a perseguição a uma pessoa que há mais de 20 anos desempenhava um trabalho de responsabilidade no hospital. "Nós estamos vivendo em uma nova era em Feira de Santana. Estamos vivendo a era da ditadura militar instalada neste município. Esta é a questão. Alguém que não pode se expressar com liberdade. Alguém que não pode fazer sua voz soar mais longe. Nós estamos vivendo uma ditadura de um governo que só sabe perseguir. Se não fizer a vontade deles, a perseguição ocorre", afirmou.
Frei Cal acrescentou que esta é uma forma diferente de se instalar a ditadura neste país, mais especificamente no Município de Feira de Santana. "No passado era através de choques, hoje é através da demissão covarde como esta que estamos denunciando", declarou, salientando que, enquanto isso, "funcionários fantasmas" da Prefeitura não são demitidos.

(Com informações da Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal)

3 comentários:

Danilo Aguiar disse...

O prefeito ultrapassou todos os limites do bom senso!

Anônimo disse...

Engraçado que são fantasmas identificados e continuam recebendo dinheiro sem trabalhar!

Anônimo disse...

vale ressaltar o excelente profissional com conhecimento tecnico importante , devido a sua formação.