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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Prá não dizer que não falei de Serra

Por Marco Aurélio Guimarães Elpídio
O PSD do prefeito Gilberto Kassab, do vice-governador Otto Alencar e de inúmeros parlamentares e prefeitos, surge como uma válvula de escape àqueles que tentam burlar a legislação eleitoral, àqueles que se refugiam nas benesses do governo, em detrimento do resultado da última eleição, quer nacional ou estadual. Agregando adesistas de plantão, que não conseguem deixar de ser governo, as lideranças insatisfeitas ou mesmo recebendo em seus quadros aqueles que querem simplesmente ter legenda para a disputa eleitoral de 2012.
Uma legenda sem credo, cor, raça, ideologia ou parâmetro político. Nota-se pela postura do seu principal expoente quando perguntado qual a concepção programática do partido, o prefeito Gilberto Kassab respondeu: "não é de direita, de esquerda nem de centro. Aqui todos tem liberdade para votar como queiram". Ora, um partido que nasce sem posição tende a ser corroído por sua própria vocação de ser autofágico.
Na Bahia, o PSD nasce governista nacionalmente e estadualmente, ou seja, é petista em ambos os casos; em São Paulo, Minas e Goiás, é PT no Federal e PSDB no estadual e assim vai se construindo um partido com suas contradições inerentes e irrevogáveis. Assim, penso que, sem duvidar da capacidade de articulação política do prefeito Kassab, nenhum movimento político que agrega mais de 40 deputados, dois governadores, cinco senadores, quase 500 prefeitos, quatro vices-governadores, não passa por sua habilidade política. Certamente existe uma "serra" para subir ou saudar no futuro.
Todos sabem que o PSDB tem um candidato natural em 2014, o senador Aécio Neves, portanto o PSD seria uma saída honrosa para o ex-governador José Serra voltar a sonhar com a disputa do Planalto, passando primeiro por uma volta a mídia pleiteando a prefeitura de São Paulo, com um vice kassabista, que certamente assumiria o poder em 2014 com sua renúncia para disputa da Presidência. Ou seja, aos que acreditam que esse movimento é meramente de aproximação com o governo, estão redondamente enganados. A falta de programa ideológico do PSD é compensada por uma ânsia de poder desmedido, que passará certamente por várias eleições e candidaturas, desde a de José Serra para presidente, passando por Kassab para o governo de São Paulo.
E prá não dizer que não falei na Bahia, passa em uma aposta na renúncia do governador Jaques Wagner para disputar o Senado, entregando o governo nas mãos do habilidoso Otto Alencar, que certamente, com o poder que terá, e com o número de liderados que tem na Bahia, não vai abrir mão mais uma vez de disputar o Governo do Estado. Em 2002, quando assumiu o governo, a Bahia detinha um líder que comandava seu grupo a mão de ferro, hoje os petistas ponham as barbas de molho, ou as cortem como fez o governador Wagner, pois a brincadeira começa em 2012, e aí veremos o PSD se transformar no Partido do Serra Diretor. Quem viver verá...
* Marco Aurélio Guimarães Elpídio é economista

Um comentário:

Mariana disse...

Está preocupante, mesmo, Dimas! Nem sei quem serão meus candidatos no próximo ano, por exemplo. Não sei quem o DEM daqui apoiará ou se o candidato a prefeito será o Rodrigo...você sabe?