Foi lançado no dia 10 deste mês em São Paulo-SP, o livro "Diário de Bordo - JN no Ar", de Ernesto Paglia, que conta os bastidores do "JN no Ar", projeto especial de cobertura do "Jornal Nacional" nas semanas que antecederam a eleição presidencial de 2010.
O livro relata a passagem da equipe do programa em Feira de Santana e mostra o problema da cidade não ter aeroporto funcionando. O livro foi escrito com base em anotações feitas pelo repórter Ernesto Paglia a bordo do avião.
JN no Ar chega ao penúltimo destino: Feira de Santana
A equipe do JN no Ar deixou o hotel em Salvador às 7h55 desta quarta (29 de setembro) e, depois de 110 quilômetros de viagem de van, chegou às 9h30 a Feira de Santana-BA, 26ª e penúltima cidade a ser visitada pelo projeto.
Só a lanchonete funciona no aeroporto de Feira de Santana
Pegamos uma hora e meia de estrada de Salvador até Feira de Santana. Poderia ter sido um terço disso se fôssemos com o nosso avião Caravan. Mas o aeroporto de Feira não está operando há um ano e oito meses. Inaugurado em 1985, com uma pista de 1,5 mil metros, está às moscas. Ou pelo menos quase. Maria de Lurdes da Silva mantém uma pequena lanchonete funcionando há dez anos no saguão abandonado. "Entre indas e vindas", como ela mesmo prefere frisar.
Certamente por que num aeroporto sem movimento fica difícil ganhar dinheiro. "Já teve semana em que não vendi nenhuma bala. Mas todos os dias estou aqui", garante.
"Eu mesma limpo o saguão e os banheiros. Até capino o mato", diz D. Lurdes. "Mas o aeroporto está sem água há dois meses. Pego água numa chácara aqui perto", emendou.
E se um cliente quiser ir ao banheiro, D. Lurdes, como faz? "Sem água, meu filho, só xixi mesmo".
Quando as arcas de Noé cruzam os ares
O livro relata a passagem da equipe do programa em Feira de Santana e mostra o problema da cidade não ter aeroporto funcionando. O livro foi escrito com base em anotações feitas pelo repórter Ernesto Paglia a bordo do avião.
JN no Ar chega ao penúltimo destino: Feira de Santana
A equipe do JN no Ar deixou o hotel em Salvador às 7h55 desta quarta (29 de setembro) e, depois de 110 quilômetros de viagem de van, chegou às 9h30 a Feira de Santana-BA, 26ª e penúltima cidade a ser visitada pelo projeto.
Só a lanchonete funciona no aeroporto de Feira de Santana
Pegamos uma hora e meia de estrada de Salvador até Feira de Santana. Poderia ter sido um terço disso se fôssemos com o nosso avião Caravan. Mas o aeroporto de Feira não está operando há um ano e oito meses. Inaugurado em 1985, com uma pista de 1,5 mil metros, está às moscas. Ou pelo menos quase. Maria de Lurdes da Silva mantém uma pequena lanchonete funcionando há dez anos no saguão abandonado. "Entre indas e vindas", como ela mesmo prefere frisar.
Certamente por que num aeroporto sem movimento fica difícil ganhar dinheiro. "Já teve semana em que não vendi nenhuma bala. Mas todos os dias estou aqui", garante.
"Eu mesma limpo o saguão e os banheiros. Até capino o mato", diz D. Lurdes. "Mas o aeroporto está sem água há dois meses. Pego água numa chácara aqui perto", emendou.
E se um cliente quiser ir ao banheiro, D. Lurdes, como faz? "Sem água, meu filho, só xixi mesmo".
Quando as arcas de Noé cruzam os ares
O aeroporto de Feira de Santana pode não funcionar, mas o galpão ao lado está com a produção de aviões a todo vapor. O empreendimento é obra de Noé de Oliveira Souza Filho, de 68 anos. "Estou com todo gás para trabalhar", garante.
Seu Noé começou em 1959, consertando e alugando bicicletas. Depois, passou para as motos, motores industriais, painéis elétricos. Teve até uma metalúrgica, mas nunca abandonou a paixão pela aviação. O sonho de fabricar aviões se realizou em 1999, quando abriu a fábrica em Itaparica-BA.
"Ele ganhava dinheiro na metalúrgica para gastar na aviação, que era seu hobby", conta o neto e herdeiro Bruno de Oliveira, de 25 anos. Ele é formado em Administração e tem curso de piloto privado. "Atuo na parte administrativa da empresa e também testo os aviões".
Seu Noé foi para os Estados Unidos diversas vezes aprender sobre aviões: participou de workshops, foi a feiras de aviação e comprou muitos livros. "Mas só estudei até o segundo grau", conta. Os aviões que ele desenha são desenvolvidos por engenheiros.
Hoje, ele exporta aviões para os Estados Unidos e para a Austrália. Mas o rumo dos acontecimentos não vem ajudando.
Ele mudou a empresa para Feira de Santana em julho de 2009. Pouco depois, o aeroporto fechou. Mudanças na legislação o fizeram reduzir o número de funcionários de 80 para 54. Ele teme pelo futuro do seu negócio. "É um sonho de menino que estou vendo ruir", lamenta.
Mas Seu Noé não se entrega: seja no Brasil ou no exterior, ele promete continuar produzindo arcas voadoras para cruzar os céus do mundo afora.
Seu Noé começou em 1959, consertando e alugando bicicletas. Depois, passou para as motos, motores industriais, painéis elétricos. Teve até uma metalúrgica, mas nunca abandonou a paixão pela aviação. O sonho de fabricar aviões se realizou em 1999, quando abriu a fábrica em Itaparica-BA.
"Ele ganhava dinheiro na metalúrgica para gastar na aviação, que era seu hobby", conta o neto e herdeiro Bruno de Oliveira, de 25 anos. Ele é formado em Administração e tem curso de piloto privado. "Atuo na parte administrativa da empresa e também testo os aviões".
Seu Noé foi para os Estados Unidos diversas vezes aprender sobre aviões: participou de workshops, foi a feiras de aviação e comprou muitos livros. "Mas só estudei até o segundo grau", conta. Os aviões que ele desenha são desenvolvidos por engenheiros.
Hoje, ele exporta aviões para os Estados Unidos e para a Austrália. Mas o rumo dos acontecimentos não vem ajudando.
Ele mudou a empresa para Feira de Santana em julho de 2009. Pouco depois, o aeroporto fechou. Mudanças na legislação o fizeram reduzir o número de funcionários de 80 para 54. Ele teme pelo futuro do seu negócio. "É um sonho de menino que estou vendo ruir", lamenta.
Mas Seu Noé não se entrega: seja no Brasil ou no exterior, ele promete continuar produzindo arcas voadoras para cruzar os céus do mundo afora.
Um comentário:
Que chato, Dimas! Só o govêrno petista não percebe isto.
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