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quarta-feira, 18 de maio de 2011

"O mal que os doutor do MEC faz"

Por Bruno Pontes
Como disse Paulo Francis, houve um tempo em que a educação era a transmissão de um acúmulo de conhecimentos. "Hoje, é uma adulação da juventude, que supostamente deve fazer o que bem entende", lamentou o jornalista dez anos atrás.
No artigo passado eu dizia que a manada do Paulo Freire enterrou a idéia de que a escola deve tornar o aluno capaz de ler, escrever e contar, por julgar que tal concepção não contribui para a formação da cidadania. É a maldita "educação bancária", como a chamam os freirianos, em que o professor ensina e o aluno aprende. No método do marxista Freire, é todo mundo igual: professor é aluno e aluno é professor, todo mundo aprende junto, ninguém sabe mais que ninguém.
Nas faculdades de pedagogia, Paulo Freire é rei. O último sujeito que arriscou um muxoxo contra a pedagogia do oprimido foi condenado ao esquartejamento e teve a cabeça pendurada no poste do campus, para servir de exemplo. Por isso não surpreende que o governo esteja ensinando as crianças a escrever errado e com orgulho de ser errado. Confiram a lição do livro "Por uma Vida Melhor" (segundo minhas fontes, o título original era "Escreva Pior Por uma Vida Melhor"), que o Ministério da Eliminação da Cultura distribui a meio milhão de crianças de escola pública:
"Você pode estar se perguntando: - Mas eu posso falar 'os livro'? - Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito lingüístico. Muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e escrever, tomando as regras estabelecidas para a norma culta como padrão de correção de todas as formas lingüísticas".
Uma das autoras do livro, Heloísa Ramos, argumenta que o conceito de correto e incorreto deve ser substituído pela idéia de uso adequado e inadequado da língua. "O ensino que a gente defende e quer da língua é um ensino bastante plural, com diferentes gêneros textuais, com diferentes práticas, diferentes situações de comunicação para que essa desenvoltura lingüística aconteça", disse a douta mulher ao Jornal Nacional.
O MEC informa que "é preciso se livrar do mito de que existe apenas uma forma certa de falar e que a escrita deve ser o espelho da fala", propiciando aos alunos "um ambiente acolhedor no qual suas variedades lingüísticas sejam valorizadas e respeitadas".
Diante de uma criança que se expressa precariamente, temos duas opções: convidá-la a se expressar melhor, para que sua mente possa elevar-se ao que é bom e bonito, ou ensiná-la a permanecer num mundo inferior. Os doutores do MEC escolhem a segunda opção como política de Estado.
Fonte: "Midia Sem Máscara"

Publicado no jornal O Estado.
* Bruno Pontes é jornalista -
http://brunopontes.blogspot.com/

3 comentários:

Mariana disse...

Por Heloísa Ramos, nosso povo não está escrevendo cada vez mais errado, mas está simplesmente fazendo o uso inadequado da língua. Então, tá. O pior disso tudo é que, de tanto ver essas "inadequações", a gente vai se acostumando a ler e a ouvir errado, que falar corretamente poderá ser demodê, muito breve.
Já imaginou o trabalho enorme prá retornarmos, quando a petralhada sair do govêrno? Não será tarefa prá qualquer um.
Tomara não demorem muito a pular fora!

Cristiane disse...

Como é a história? A escrita deve ser o espelho da fala?Ah, entendi: estão querendo que o Brasil seja um celeiro de robôs. Nada mal, afinal, vivemos a era da robótica; só fazem o que mandam.

Anônimo disse...

Belas Palavras, sou estudante de pedagogia, ainda sou pelo "professor ensina, aluno aprende" quero ser este professor mediador, estimulador, pesquisador, formador de opiniões que aprendemos hoje no ensino superior, porém, com ressalvas, o errado é errado não importa se na adequação, inadequação da língua.
Nos falam para formar alunos produtores de texto, alunos critícos, aí entra a contradição, para formar este aluno tenho que ensinar e o aluno precisa aprender, senão quem vai desaprender seremos nós os professores. Os alunos de hoje, futuro do país, maioria sem formação, serão maus eleitores, isto é ótimo para os políticos que temos.