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domingo, 1 de maio de 2011

Assim se acaba com a Micareta

O meu retorno e de Doralice de Itapetinga, neste domingo, 1º de maio, foi de carona com o casal Ginalva Fernandes Sales Cabral e Crelson Jorge Cabral, de Salvador, pela BR-101.
Deu para observar que no trecho de Santo Antônio de Jesus até Feira de Santana a colocação de placas de out-doors de vários eventos juninos. Festas da própria Santo Antônio de Jesus mais Amargosa, Dom Macedo Costa, Cruz das Almas, Itiruçu, Maragogipe, Milagres, São Miguel das Matas e Utinga.
Da Micareta de Feira de Santana, apenas duas placas, já nesta cidade. E não tratavam da veiculação oficial com a marca do evento.
Assim é que se acaba com a Micareta, que só tem divulgação local, nas quatro paredes da cidade. A festa não atrai ninguém de fora e espanta os feirenses, que estão viajando neste período.

Um comentário:

PAULO RIBAS disse...

Enquanto Tarcízio Pimenta assume a sua porção tiete do Chiclete ao
lado da família real, longe das luzes e das purpurinas do curral
Maneca Ferreira a Micareta repete a desorganização e o amadorismo
característicos da era Pimenta, que tem como opção preferencial
atender as contratações milonárias de bandas e estrelas da axe music,
cujas bizarrisses contratuais são prontamente atendidas por sua
excelência, sem contar o pagamento adiantado dos ricos cachês.

Fora de foco, no lado sombrio da festa, os 70% das atrações que são
compostos pelos chamados "artistas da terra" ficaram relegados aos
cuidados do dublê de artista contratado e diretor da secretaria de
cultura, o saxofonista Naron Vasconcelos, band lider dos Caras e
Coroas, um grupo retrô que disputou espaço com os demais artistas
locais, que sofreram na pele a falta de organização, a descriminação e
o pouco caso que Naron e o secretário Euclides Artur devotaram aos
seus trabalhos.

Manipulando os horários da programação ao sabor da ingerência
perniciosa de políticos ligados ao grupo do prefeito, a Secretaria da Cultura prejudicou a apresentação de várias bandas e artistas que
tiveram que se humilhar para ter o direito de se apresentar na
Micareta. Escorregadio, evasivo e totalmente inseguro, o dublê de
artista contratado e diretor de Cultura acabou pagando o mico de se traduzir o protótipo fiel do
maucaratismo que se reveste o governo Tarcízio Pimenta.

Atraida pelas luzes e os holofotes como falenas frenéticas, a
imprensa mal transmitida e mal escrita não viu o pranto que rolou das
faces de mais de 70 pais e mães de famílias que não receberam da
Prefeitura Municipal os toldos para cobrir suas barracas, resultando
em mercadorias deixadas no olho da rua, ao relento, enquanto centenas
de colegas viram suas bebidas apreendidas por fiscais da Sedec
,simplesmente por não serem rotuladas pela Ambev, responsável pela
cartelização criminosa e desleal que infelicitou centenas de
trabalhadores sazonais que só queriam faturar uma graninha a mais na micareta
da rainha gorda.

Não foi à toa que Tarcízio foi contemplado com um
coro de xingamentos entoado por barraqueiros que queriam invadir o seu
camarote, embora, é claro, o caso tenha sido providencialmente abafado
pela imprensa que se fazia presente ao local, se fartando na boca
livre dos comes & bebes sem limites.

No espaço alternativo, destinado aos afoxés, escolas de samba e bandas de reggae da periferia proletária da cidade, o toldo improvisado no palco, mais parece um chuveiro caindo por sobre as cabeças dos músicos e instrumentos. Gambiarras mabembes mal iluminam o espaço sem nenhuma decoração específica alusiva ao seguimento.

Ontem, sábado de Micareta, apenas dezesseis trios faziam um verdadeiro
malabarismo para atender as 36 bandas constantes da programação do
dia. Uma delas foi a Caras e Coroas, que invadiu o
horário e o trio que estavam reservados para outra atração. São
relatos que seriam facilmente flagrados pela imprensa se esta
estivesse comprometida a levar informações isentas sobre o maior
evento popular de Feira de Santana, contribuindo assim para o
aperfeiçoamento da festa.

Mas pra quê se preucupar com a sorte dos artistas da terra, não é mesmo, se o destino deles na Micareta vem sendo traçado por um
governo que os usa descaradamente para fazer politicagem barata e passar por bom samaritano, enquanto o ouro da corte é fartamente
preferencialmente, criminosamente escoado para engrossar as contas milionárias dos
chicletes com bananas da vida e, ( por que não?) de certos contratantes desprovidos de escrúpulos!?