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terça-feira, 1 de junho de 2010

"A força dos partidos políticos no Brasil"

Deu no "Ex-Blog do César Maia":

1. Tem sido comum, nesta pré-campanha, a imprensa do Sudeste avaliar a força política e eleitoral do DEM, projetando uma curva descendente. Isso é no mínimo precipitação. Simon Schwartzman, desde os anos 60, mostrava que, no Brasil, todos os partidos são de cooptação. Vale dizer: crescem quando são governo, cooptando apoio e, alguns, se desfigurando com isso. Quem imaginava que o PT seria uma exceção, sabe hoje que ele é exatamente igual aos demais nesse sentido. A diferença é sua muito maior articulação com os movimentos sociais.
2. Talvez por isso, depois de uns anos no poder, viu debilitada sua expressão político-eleitoral formal, e viu sua forte articulação com os movimentos sociais crescer quantitativamente e perder substância qualitativa, exatamente pela aproximação com o poder. De longe, a maior popularidade de Lula é no nordeste e no interior, o inverso do que era ele e o PT antes de chegarem ao poder. Mas só na Bahia tem um candidato competitivo. Antes de ser governo, sua expressão maior estava nas capitais. Isso significa que fora do poder, sua força política se debilitará, e terá que ser relançado outra vez em base às suas origens.
3. O PSDB e o DEM são partidos parlamentares com maior ou menor expressão em nível dos executivos estaduais. Em nível parlamentar, o DEM elegeu a maior bancada de senadores em 2006 e hoje tem a segunda maior com 14 senadores e tende, pelo menos, a manter-se assim. Elegeu tantos deputados federais quanto o PSDB em 2006 e tem uma desconcentração maior que o PSDB (excluindo o principal Estado de cada partido). Como as campanhas para os executivos -federal e estadual- dependem da força das personalidades, o PSDB, com maior visibilidade nesse sentido, é muito mais percebido pela imprensa num mundo em que a linguagem é a da imagem.
4. O PT entra 2010 com apenas um candidato a governador elegível num Estado de maior expressão. No RS é miragem de pesquisas. Tende a eleger menos deputados e senadores que em 2006. O PMDB se adaptou a análise de Schwartzman e se consagrou como tal, sem a cabeça, mas sempre com o corpo principal em qualquer governo. Um estilo, digamos. E por esse método, tende a se manter com forte expressão em nível dos governadores e do parlamento.
5. O PSDB tende a perder um Estado forte (RS) e disputará eleições competitivas em MG e PR. O DEM disputará como favorito no RN e de forma competitiva em SC, Bahia e Sergipe. Dependendo do resultado presidencial, as bancadas do PSDB e DEM na câmara de deputados tendem a se manter na faixa dos 60, ou a crescer para a faixa dos 70 cada. E uma vez no poder, vale a lógica da cooptação com reflexos em 2012 e 2014. E o DEM continuará em busca de seu personagem nacional, que, nesse caso, o destacaria da mesma forma e com a mesma expressão que os demais.

Um comentário:

Mariana disse...

Ele tem razão e acho que, principalmente se Dilma perder, Lula que AGORA, já se mostrou e decepcionou nas maioria das grandes capitais, deixando claro que o PT não é mais AQUÊLE, o da ética; também não deverá ser tão lembrado no interiorzão, com Serra fazendo um grande govêrno, não tenho dúvidas disso. Lula teria mesmo, que recomeçar do zero, o seu blá blá blá em 2014.