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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Wagner impede ascensão profissional dos educadores da Bahia

Por Cesar Carneiro
Após três anos de promessas o governo Wagner resolve publicar o decreto regulamentando a promoção nos graus da carreira do Magistério Público de Ensino Médio e Ensino Fundamental na Bahia. A educação é uma “prioridade” tão nítida para Jaques Wagner que o tal decreto foi assinado pelo vice-governador Edmundo Pereira, no exercício das funções de governador. Este, no entanto não é o único detalhe sórdido do documento.
O decreto vem substituir a antiga certificação instituída, durante o velho carlismo, como critério para a promoção de professores a cada triênio. Na famigerada certificação os educadores eram submetidos a provas e apenas os que obtivessem desempenho satisfatório recebiam a promoção mudando de classe.
Wagner acabou com as classes e instituiu os graus (trocando seis por meia dúzia). Suspendeu o processo de certificação e após três anos seu governo publica um decreto instituindo novos critérios para a promoção.
Na essência, por mais absurdo que fosse a famigerada certificação, a aprovação dependia mais do professor e sua qualificação do que de fatores sob os quais não pode exercer controle. O decreto do governo Wagner cria um processo de avaliação de desempenho no qual além de ser submetidos a avaliação individual (provas e assiduidade) e avaliação institucional (sob critérios do Ministério da Educação e da Secretaria de Educação).
Considero que existem duas hipóteses para os critérios da avaliação institucional apontados no decreto. Na primeira visam impedir ou no mínimo dificultar a ascensão dos trabalhadores em educação para um grau mais elevado do que ocupam atualmente na carreira. Em outra hipótese, tais critérios podem ser considerados reflexos de uma visão de “educação bancária” na qual o “professor deposita o conhecimento no aluno”. Nessa lógica, o aluno não é considerado enquanto indivíduo autônomo e com facilidades e/ou dificuldades seja de aprendizado seja de ler seja de ao “ler” o mundo em que vivi dar menos importância ao estudo que outras atividades.
Analisando mais a fundo os conteúdos explícitos e ocultos do decreto, ao falarmos de avaliação institucional temos uma série de dados objetivos, e subjetivos, no final das contas o professor verá sua promoção ser negada, porque a escola não tem biblioteca, ou bibliotecária, porque alunos em empregos ou subempregos são submetidos a longas cargas horárias e ritmo de trabalho cada vez mias intenso e acabam tendo que escolher entre o estudo ou o trabalho, quase sempre a sobrevivência imediata falando mais auto, escolhem o segundo.
Outra aberração do decreto é submeter o professor que trabalha em duas escolas a duas avaliações. Neste caso o professor que trabalha em duas escolas (uma ideal a outra real) será penalizado pois só terá promoção em uma escola, embora seja o mesmo professor com os mesmos conhecimentos, mudando apenas as condições de trabalho e as condições de seus alunos.
Mais do que avaliar os professores, o governo Wagner precisa ser seriamente avaliado. Os índices das avaliações institucionais servem bem para ver os reflexos de sua “impolítica” educacional. E antes mesmo de outubro, as eleições de 2010 já estão servindo de prova do fracasso do seu governo, uma vez que na tentativa desesperada de se reeleger, vêem se aliando a todos os seus “ex-inimigos”. Em 2006 Wagner aprendeu a ganhar eleição, parece que a ele isso é o bastante.
Ao final das contas, a categoria de professore foi impedida, de obter uma ascensão, durante o governo Wagner, que deveria se dar a cada três anos. Se não tivéssemos uma direção sindical atrelada ao governo, certamente já estaríamos com ações na justiça e com fortes mobilizações contra este descaso de Wagner. Vamos a luta pela “Reparação! certificação automática já!”.
* Cesar Carneiro é professor da Rede Estadual - Bahia, mestre em História Social pela Ufba

4 comentários:

Reginaldo Santos Pinheiro disse...

Sei que esse informativo 'parece' interessar SOMENTE AOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO. Porém, creio que TODOS os cidadãos devem estar ciente de como nós, educadores, somos 'tratados' por esse governo despótico e indiferente a um quesito tão fundamental para a "saúde" de uma nação quanto a EDUCAÇÃO.
Por isso, peço-lhe que leia, analise e tire suas próprias conclusões, pois, se no momento você ou vossos descendentes não estão precisando; quem sabe, poderá precisar da escola pública algum dia!
Obrigado pela veiculação.

Thomas disse...

Bem feito, professorada! Vocês votaram nele e incutiram na cabeça das crianças e jovens que o PT faria tudo melhor que os outros! Agora se deleitem com a mentira que criaram.

Mariana disse...

Pois é, Thomas, a coisa é feia mesmo, total descaso com o magistério, mas em 2006, fizeram aquêle papelão com Paulo Souto, se deixaram enganar muito fácil por essa gente que adora fazer promessas e agora, ou mudam tudo em outubro, ou relaxem e esperem pela boa vontade dêsse incompetente ou do outro, o ministro da integração das prefeituras peemedebistas na Bahia.

Humbertto Rodrigues disse...

Não aguento mais, ouvir falar nesse cara, e nem aguento ve-lo em seus discursos. Pior é, a campanha só está começando, terei q atura-lo por meses ainda... Misericórida, Deus guarde.