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segunda-feira, 19 de abril de 2010

"Lula perplexo sem o terceiro mandato"

Deu na "Tribuna da Imprensa":
O presidente Lula começou a admitir o terceiro mandato quando exercia o segundo. O único cidadão do mundo que perdeu três vezes e conseguiu vencer a quarta, assumiu timidamente, foi deixando de fazer o que era obrigatório (...).
É que Lula estava no Poder a partir de 2003, era o inacreditável primeiro mandato, ainda nem acreditava no segundo. Vitorioso na quinta eleição, empossado e já popularizado em 2007, aí realmente despontou para a glória geral e pessoal. Começou a trabalhar não apenas o terceiro mandato, mas “a salvação do país pela eternidade do Poder” (Foi a época em que, voltando do Gabão, mostrou todo o deslumbramento e as “convicções” em relação ao Poder, ao afirmar publicamente sobre o ditador desse país: “Ele está há 37 anos no Poder”. Era o primeiro grito de Lula, “quero o terceiro mandato”).
Começou a dizimar e destruir seus próprios quadros do PT, não admitiu ninguém que pudesse resistir a ordens suas, ou que fosse capaz de crescer acima e além da sua própria imagem. Como os “companheiros” não eram muito brilhantes, custaram a perceber os objetivos de Lula (Custaram a perceber ou não chegaram a perceber?).
Lula foi “caminhando sobre as águas”, em determinado momento acreditou mesmo que conseguiria. A base, claustrófoba, comprometida e praticamente indiciada, concordava com tudo. A oposição não se opunha, metade por incompetência, a outra metade por subserviência.
Quando Lula começou a chamar parceiros para conversar (Quércia, Geddel, Jader, e outros iguais), ficaram deslumbrados, começaram a monologar: “Os próximos podem ser do PSDB”. E ficaram paralisados, enquanto Lula avançava. Só que a estrada do Poder é suculenta e altaneira na imaginação, mas cheia de obstáculos na realidade. E esses foram chegando, atravancando o trajeto e ameaçando o projeto, fazendo ou obrigando o presidente a refazer o percurso. Mudou várias vezes, mas não abandonou o delírio. Chegou a admitir o “referendo”, o “plebiscito”, baseado nos “80 por cento das pesquisas imaginárias”, a aprovação da “emenda constitucional”, até chegar à PRORROGAÇÃO DE TODOS OS MANDATOS, do Executivo, Legislativo e Judiciário. Foi se perdendo por todas as estradas, só enfrentou e encarou a realidade agora, não há mais salvação.
PS - Surpreendentemente, Lula perdeu as chances, mas não perdeu o humor. Para seu futuro, tanto faz que o sucessor seja Serra ou Dilma, não precisa de nenhum dos dois;
PS 2 - Os analistas, geralmente primários e inconseqüentes, espalham que “Lula joga tudo na vitória de Dilma”. Ha! Ha! Ha! Lula receberá a vitória apenas pelo prazer de ganhar. Mas em termos de futuro, ou seja, 2014, apostaria muito mais em Serra no Planalto-Alvorada do que em Dona Dilma; PS 3 - Lula não irá derramar uma lágrima, se o vencedor de 3 de outubro for José Serra. Dará até boas gargalhadas se tiver que passar o cargo para o paulista em 1º de janeiro de 2011.

2 comentários:

wellington disse...

O que sepultou a hipotese do terceiro mandato foi o escandalo do mensalao. Se dependesse da oposicao seria favas contadas.Lula so nao sera candidato em 2014 se Serra for o eleito e fizer um otimo desempenho. Ai tera que ficar na fila mais 4 anos.

Mariana disse...

Faz sentido, até porque, brigar prá tomar o poder de Serra em 2014, deve ser mais confortável prá êle. SUPONDO que Dilma vencesse, se o povo gostasse dela, seria injustificável trocá-la por outro petista; se o povo a detestasse(mais fácil acontecer), êle não teria sequer cara prá pedir o voto daquêles que confiaram em sua indicação, caindo em desgraça com a opinião pública.
Já com Serra, qualquer motivo até sem importância poderia servir de pretexto prá que o ex-cara o aumentasse e fizesse o que mais sabe fazer: falar bobagens e se auto-promover em cima disto. Viajando, será que Dilma seria uma espécie de testa de ferro prá que ser derrotada? Sórdido demais, viajei mesmo.