... Minha terra não é moça,
minha terra é menino,
que atira badogue
que mata mocó,
que arma arapuca
e sabe aboiar
e nada nos rios em tempo de cheia
e come umbu quente e não apanha malina...
Minha terra é menino
é um vaqueirinho
vestido de couro...
Na simplicidade dos versos de Eurico Alves Boaventura é possível perceber um dos elementos próprios da cultura de Feira de Santana - a figura do vaqueiro. Na lírica nostálgica do poeta, infância e natureza estão interligadas, quando canta as peripécias do menino sertanejo. Estas e outras questões que envolvem o desejo de salvaguardar o passado da cidade estão contidas no livro “História Poesia Sertão: Diálogos Com Eurico Alves Boaventura”, que será lançado nesta quarta-feira, 28, no Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca).
A publicação, que traz o selo da Uefs Editora e conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), é resultado do Colóquio Internacional realizado no ano passado, na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), com o objetivo de marcar o centenário de nascimento do poeta e escritor feirense. Organizada pelo professor Aldo José Morais, reúne textos produzidos por estudiosos das áreas de Letras, História, Arquitetura e Museologia, que analisam as várias dimensões da obra de Eurico Alves e seu contexto sócio-histórico.
Para Aldo Morais, que presidiu a comissão organizadora do colóquio, “com a realização dos estudos a ideia foi dar maior visibilidade ao conjunto da obra euriquiana, ainda relativamente pouco conhecida no meio acadêmico, já que os seus principais textos só foram publicados postumamente, alguns deles muito recentemente, além de parte da sua produção ainda permanecer inédita”.
Ainda segundo Morais, a produção poética e literária de Eurico Alves reflete sua preocupação com o resgate e valorização da cultura sertaneja, uma cultura que - acreditava - tinha na Feira de Santana de sua infância e juventude, a mais completa expressão.
(Com informações de Socorro Pitombo, da Assessoria do Cuca/Uefs)
minha terra é menino,
que atira badogue
que mata mocó,
que arma arapuca
e sabe aboiar
e nada nos rios em tempo de cheia
e come umbu quente e não apanha malina...
Minha terra é menino
é um vaqueirinho
vestido de couro...
Na simplicidade dos versos de Eurico Alves Boaventura é possível perceber um dos elementos próprios da cultura de Feira de Santana - a figura do vaqueiro. Na lírica nostálgica do poeta, infância e natureza estão interligadas, quando canta as peripécias do menino sertanejo. Estas e outras questões que envolvem o desejo de salvaguardar o passado da cidade estão contidas no livro “História Poesia Sertão: Diálogos Com Eurico Alves Boaventura”, que será lançado nesta quarta-feira, 28, no Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca).
A publicação, que traz o selo da Uefs Editora e conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), é resultado do Colóquio Internacional realizado no ano passado, na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), com o objetivo de marcar o centenário de nascimento do poeta e escritor feirense. Organizada pelo professor Aldo José Morais, reúne textos produzidos por estudiosos das áreas de Letras, História, Arquitetura e Museologia, que analisam as várias dimensões da obra de Eurico Alves e seu contexto sócio-histórico.
Para Aldo Morais, que presidiu a comissão organizadora do colóquio, “com a realização dos estudos a ideia foi dar maior visibilidade ao conjunto da obra euriquiana, ainda relativamente pouco conhecida no meio acadêmico, já que os seus principais textos só foram publicados postumamente, alguns deles muito recentemente, além de parte da sua produção ainda permanecer inédita”.
Ainda segundo Morais, a produção poética e literária de Eurico Alves reflete sua preocupação com o resgate e valorização da cultura sertaneja, uma cultura que - acreditava - tinha na Feira de Santana de sua infância e juventude, a mais completa expressão.
(Com informações de Socorro Pitombo, da Assessoria do Cuca/Uefs)
2 comentários:
Que delícia de poema!
Essa história do pós-moderno, onde as pessoas(?) ficam procurando problemas prá terem do que falar, o que sofrer, tantas crises existenciais, tantas incertezas e prá chegarem ao nada...tô fora!
Acho que precisam recriar o que eu chamaria de poeta do bem, aquêle romântico que vê a beleza nas coisas mais singelas e consegue descrevê-las em poemas ou contos.
O Juíz, poeta e escritor Eurico Alves Boaventura e tantos outros feirenses que no passado deram grandes contribuições para o desenvolvimento de Feira de Santana, nunca deveriam ser esquecidos e seria importante que nossas crianças, jovens e adultos tivessem acesso ao conhecimento do que os filhos ilustres da terra fizeram, mas, infelizmente nosso processo educacional em todas as esferas deixa muito a desejar. Entretanto, esse lançamento do pensamento de Eurico Alves é motivo de alegria para todos nós; particularmente tive a honra de conviver de perto com o poeta e toda sua família (sou afilhado da saudosa esposa de Eurico, Luiza Boaventura) e assim, pude beber dessa fonte cultural.
Para os interessados deste blog, recomendo o livro de Eurico Alves: A Paisagem Urbana e o Homem, que traz memórias de Feira de Santana.
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