PAPA-DEFUNTOS – Vejam aí que imagem admirável: Raúl Castro, Lula, o Coma Andante Fidel Castro e ele, Franklin Martins, o primeiro-ministro do Brasil, que, consta, já não vive mais com Dilma a fase Claudinho & Buchecha: aquela coisa “só love, só love” dos “irmãos em armas”, como diria Dirceu. Desta vez, a candidata não seguiu o ex-metalúrgico e o ex-chefão do MR-8 ao Parque dos Dinossauros. Pena! A VAR-Palmares ficou sub-representada. (Foto: Reprodução)
Deu no "Blog Reinaldo Azevedo":
Todos vocês viram na TV, creio, o assassino Raúl Castro se antecipando aos jornalistas, ao lado de Lula, a anunciar: “Eu sei o que vocês estão querendo”. E desandou a falar sobre a morte de Orlando Zapata, preso político condenado a mais de 30 anos por defender os direitos humanos em Cuba. Culpou os EUA. Escrevi ontem a respeito.
Obediente, sem nenhum constrangimento, Lula, o “grande líder da América Latina”, assistia à pantomima do tirano. Agora entendemos por que não há imprensa livre em Cuba. Raúl já sabe o que os jornalistas querem perguntar… Foi um espetáculo grotesco, e Lula, quero crer, superou todos os limites da abjeção. Já tinha se revelado, conforme escrevi, na tal reunião de Cancún, quando havia atacado a ONU e os americanos. Ontem, superou-se.
Falando a linguagem própria da tirania, Lula acusou a vítima de ser responsável por sua própria desgraça. A política externa brasileira jamais conheceu esse pântano. Agora, com efeito, ela assumiu a cara de Marco Aurélio Garcia.
Cubanos que lutam pelos direitos humanos já haviam feito menção de se encontrar com Lula. O Itamaraty não deu a menor bola. O brasileiro não disse uma única palavra em defesa da democracia e da tolerância política! Nada! Ao contrário: demonstrou indignação com os defensores dos direitos humanos na ilha:
“Eu não recebi nenhuma carta. As pessoas precisam parar com o hábito de fazerem carta, guardarem para si e depois dizerem que mandaram para os outros. Se essas pessoas tivessem falado comigo antes, teria pedido para parar e eu, quem sabe, teria evitado que eles morressem, de forma que eu lamento que uma pessoa se deixe morrer por uma greve de fome”.
Censurando ontem o comportamento de Raúl Castro, Arnaldo Jabor classifico-o de “fascistóide”. Epa! Fascistas e fascistóides são também a escória do mundo, mas Raúl pertence a outra escória. Ele é “comunista”, não é fascista. Por que algumas pessoas que, a exemplo de Jabor, desprezam aquela figura sanguinária e patética resistem em associar seus crimes à esquerda? Eu respondo: porque há ainda quem queira que o comunismo, o socialismo e os esquerdismos vários tenham uma origem humanitária e benigna, como se o marxismo de fato, alguma vez, tivesse se dissociado do crime e da violência.
Não! Raúl Castro é esquerdista, como esquerdista era o pançudo brasileiro a seu lado, com o ar entre cínico e aparvalhado, a vê-lo acusar os EUA pela morte de Zapata. Lula é de outra esquerda, sabemos. Tenho tratado amiúde desse assunto aqui. O nosso “socialismo” guarda do original a paixão pela ditadura e a propensão para justificar os crimes em nome do bem comum. Em Cuba, eles ainda matam pessoas; no Brasil, o esforço é para matar instituições e substituí-las pelo partido, que toma, então, o lugar da sociedade. E agora já posso voltar à fala de Lula, esmiuçá-la e denunciar a sua essência maléfica.
Notem que ele censura os dissidentes cubanos por não lhe terem entregado carta nenhuma, como se fosse fácil, numa tirania, romper os círculos de segurança para chegar a um chefe de estado. Nem nas democracias isso é tarefa trivial. Lula, para não variar, fala para enganar, para despistar. Era tarefa de sua diplomacia ter agendado um encontro.
Releiam isto: “Se essas pessoas tivessem falado comigo antes, teria pedido para parar e eu, quem sabe, teria evitado que eles morressem, de forma que eu lamento que uma pessoa se deixe morrer por uma greve de fome”. Observem que Lula procura tirar do evento qualquer sentido político, como se a greve de fome fosse, sei lá, uma idiossincrasia de Zapata, que, então, “se deixou morrer”.
Todo o mundo democrático protestou contra a morte de Zapata e pediu a libertação dos presos políticos de Cuba. O Brasil se calou sobre as duas coisas e lamentou a morte do dissidente como se a lamenta a morte de qualquer homem, procurando retirar o seu peso político. Todo o mundo democrático - e até o não-democrático - protesta contra a delinqüência nuclear iraniana, e só o Brasil empresta apoio incondicional a Mahmoud Ahmadinejad.
Lula tem uma característica política particularmente perigosa. No Brasil, aproveita a sua popularidade para mandar às favas a Lei Eleitoral, para atropelar o TCU e para transformar instâncias do Estado em braços operativos do seu partido; nas relações globais, usa o prestígio crescente do Brasil - obra de seus empreendedores - para se aliar ao que o mundo pode produzir de pior.
Foi longe demais ao acusar Zapata pela própria morte e banalizá-la? Foi! Mas ele sempre pode se superar.
Obediente, sem nenhum constrangimento, Lula, o “grande líder da América Latina”, assistia à pantomima do tirano. Agora entendemos por que não há imprensa livre em Cuba. Raúl já sabe o que os jornalistas querem perguntar… Foi um espetáculo grotesco, e Lula, quero crer, superou todos os limites da abjeção. Já tinha se revelado, conforme escrevi, na tal reunião de Cancún, quando havia atacado a ONU e os americanos. Ontem, superou-se.
Falando a linguagem própria da tirania, Lula acusou a vítima de ser responsável por sua própria desgraça. A política externa brasileira jamais conheceu esse pântano. Agora, com efeito, ela assumiu a cara de Marco Aurélio Garcia.
Cubanos que lutam pelos direitos humanos já haviam feito menção de se encontrar com Lula. O Itamaraty não deu a menor bola. O brasileiro não disse uma única palavra em defesa da democracia e da tolerância política! Nada! Ao contrário: demonstrou indignação com os defensores dos direitos humanos na ilha:
“Eu não recebi nenhuma carta. As pessoas precisam parar com o hábito de fazerem carta, guardarem para si e depois dizerem que mandaram para os outros. Se essas pessoas tivessem falado comigo antes, teria pedido para parar e eu, quem sabe, teria evitado que eles morressem, de forma que eu lamento que uma pessoa se deixe morrer por uma greve de fome”.
Censurando ontem o comportamento de Raúl Castro, Arnaldo Jabor classifico-o de “fascistóide”. Epa! Fascistas e fascistóides são também a escória do mundo, mas Raúl pertence a outra escória. Ele é “comunista”, não é fascista. Por que algumas pessoas que, a exemplo de Jabor, desprezam aquela figura sanguinária e patética resistem em associar seus crimes à esquerda? Eu respondo: porque há ainda quem queira que o comunismo, o socialismo e os esquerdismos vários tenham uma origem humanitária e benigna, como se o marxismo de fato, alguma vez, tivesse se dissociado do crime e da violência.
Não! Raúl Castro é esquerdista, como esquerdista era o pançudo brasileiro a seu lado, com o ar entre cínico e aparvalhado, a vê-lo acusar os EUA pela morte de Zapata. Lula é de outra esquerda, sabemos. Tenho tratado amiúde desse assunto aqui. O nosso “socialismo” guarda do original a paixão pela ditadura e a propensão para justificar os crimes em nome do bem comum. Em Cuba, eles ainda matam pessoas; no Brasil, o esforço é para matar instituições e substituí-las pelo partido, que toma, então, o lugar da sociedade. E agora já posso voltar à fala de Lula, esmiuçá-la e denunciar a sua essência maléfica.
Notem que ele censura os dissidentes cubanos por não lhe terem entregado carta nenhuma, como se fosse fácil, numa tirania, romper os círculos de segurança para chegar a um chefe de estado. Nem nas democracias isso é tarefa trivial. Lula, para não variar, fala para enganar, para despistar. Era tarefa de sua diplomacia ter agendado um encontro.
Releiam isto: “Se essas pessoas tivessem falado comigo antes, teria pedido para parar e eu, quem sabe, teria evitado que eles morressem, de forma que eu lamento que uma pessoa se deixe morrer por uma greve de fome”. Observem que Lula procura tirar do evento qualquer sentido político, como se a greve de fome fosse, sei lá, uma idiossincrasia de Zapata, que, então, “se deixou morrer”.
Todo o mundo democrático protestou contra a morte de Zapata e pediu a libertação dos presos políticos de Cuba. O Brasil se calou sobre as duas coisas e lamentou a morte do dissidente como se a lamenta a morte de qualquer homem, procurando retirar o seu peso político. Todo o mundo democrático - e até o não-democrático - protesta contra a delinqüência nuclear iraniana, e só o Brasil empresta apoio incondicional a Mahmoud Ahmadinejad.
Lula tem uma característica política particularmente perigosa. No Brasil, aproveita a sua popularidade para mandar às favas a Lei Eleitoral, para atropelar o TCU e para transformar instâncias do Estado em braços operativos do seu partido; nas relações globais, usa o prestígio crescente do Brasil - obra de seus empreendedores - para se aliar ao que o mundo pode produzir de pior.
Foi longe demais ao acusar Zapata pela própria morte e banalizá-la? Foi! Mas ele sempre pode se superar.
2 comentários:
Por que o Fidel usa agasalho sobre um cardigan e uma camiseta? Em Cuba não faz frio. Deve ter sido por precaução contra o pé-frio de Lula.
Foi chocante mesmo, a declaração de Lula sôbre Zapata, como tem sido sempre as declarações e atitudes de Amorim, Marco Aurélio Garcia e toda a corja do primeiro escalão petista, sempre que resolvem se meter nos problemas do alheio. E toma nosso dinheiro, prá ajudar na infraestrutura daquele país de ditadores.
Será que alguém ainda duvida de que Lula assinou o PNDH3 conscientemente? Eu, não!
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