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quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

César Maia e as eleições estaduais

Deu no "Ex-Blog do César Maia":
1. Sempre que um candidato a eleição é governador ou foi governador no mandato anterior, as pesquisas mais do que mostrar intenções de voto, mostram disposição de não votar. É fácil de entender. Na medida em que governador em exercício e o governador imediatamente anterior são amplamente conhecidos, não apenas pelos nomes, mas pelo que fizeram ou deixaram de fazer, o eleitor pode até se confundir ao escolher um dos dois, pois a memória do atual é mais recente, e a publicidade dos governos em final de terceiro ano de mandato é muito maior.
2. Mas certamente o eleitor sabe muito bem porque não está marcando o nome nem de um nem de outro. Ou seja: a disposição de partida do eleitor é não votar em nenhum dos dois. Isso não quer dizer que votará, de qualquer forma, em outro ou outros candidatos. Isso depende da performance em campanha destes outros. Se a avaliação, pelo eleitor, do governador e do anterior não for ultrapassada pela expectativa criada pelos novos candidatos, o eleitor pode perfeitamente refluir e votar no atual ou no anterior. Ou não votar em ninguém.
3. Em geral, no Brasil, a abstenção somada a brancos e nulos alcança uns 15%. Portanto, o eleitorado líquido é de uns 85%. Usemos três exemplos: São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, pelo DataFolha. Em SP a soma dos dois ex-governadores alcança 60%. Ou seja, restam quase 25% de eleitores que irão buscar alternativa. Podem não encontrar, mas vão buscar. No Estado do Rio a soma do atual e ex-governador atinge 58%. Ou seja, 27% dos eleitores irão buscar alternativa. Neste caso com uma alta taxa de probabilidade, pois ambos são de mandatos recentes e bem conhecidos. Na Bahia, o atual (Jaques Wagner) e o ex-governador (Paulo Souto) somam 63%, restando 22% dos eleitores que irão buscar alternativa.
4. Quando este saldo é próximo ou maior que a intenção de voto do segundo colocado, abre-se a possibilidade de que aqueles sejam ultrapassados, numa boa performance de campanha por um dos demais. Há uma massa crítica suficiente para despolarizar a eleição. E despolarizando, os demais podem perfeitamente trocar com os da frente e embolar a campanha. Exemplo disso foi a campanha de prefeito do Rio em 2004. O ex-prefeito, ao ser deslocando por um tercius, viabilizou a vitória do prefeito em primeiro turno, assim como criou as condições para que esse tercius passasse para o segundo turno.
5. Ou seja: num quadro de tercius possível, uma performance competente de campanha não apenas ocupa o saldo líquido citado, como, ao crescer, pode reduzir as intenções de voto dos dois 'governadores' na franja mais frágil deles. Isso se faz realçando os erros e defeitos que não estão nítidos para o eleitor. Os que estão nítidos desde já foram incorporados nas respostas à pesquisa.

Um comentário:

Unknown disse...

Sei não...a variante principal aí, é o tipo de eleitor. Não dá prá generalizar, não é? Alguns candidatos pela 1a.vez, possuindo um marqueteiro dos bons, dêsses que sabem como tirar água de pedra e conseguem enganar o povo e até se elegem. Acho que a situação mais cômoda ainda é de quem já foi governador e tendo feito um grande trabalho e vindo depois de um outro gov fracassado, incompetente, não encontrará tanta resistência a um nôvo mandato. Paulo Souto na Bahia, é o que o povo certamente espera.