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terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Decadência da nobreza e ascensão da burguesia em "O Leopardo"

Claudia Cardinale e Burt Lancaster em "O Leopardo"
Reprodução
Um ano depois de lançado, em 1964, “O Leopardo” (Il Gattopardo), de Luchino Visconti, 1963, foi exibido em Feira de Santana, no extinto Cine Madrid. Foi o 371º visto de meus cadernos de filmes e exibido na mesma semana de dezembro em que foi lançado nacionalmente o filme feirense “O Grito da Terra”, de Olney São Paulo, no Cine Santanópolis. Nesta terça-feira, a revisão, em DVD, desta obra-prima estética de Luchino Visconti, que ganhou a Palma de Ouro do Festival de Cannes. Um filme refinado e sofisticado, de cenografia suntuosa, com mais de três horas de duração. São 205 minutos.
Século 19, em 1860, o pano de fundo é o período do “Il Risorgimento”, o conturbado processo de unificação italiana. O filme conta a história do príncipe Don Fabrizio Salina (Burt Lancaster), que testemunha a decadência da nobreza e a ascensão da burguesia, lutando para manter seus valores em meio a fortes contradições políticas.
Baseado no romance homônimo de Giuseppe Tomasi di Lampedusa, “O Leopardo” tem roteiro de Suso Cecchi D’Amico, Pasquale Festa Campanile, Enrico Medioli e o próprio Visconti, fotografia de Giuseppe Rotunno e música de Nino Rota.
Além de Burt Lancaster, tem a belíssima Claudia Cardinale no elenco, bem como Alain Delon, Paolo Stoppa, Mario Girotti (que depois mudou o nome para Terence Hill, atuando como Trinity em vários caubóis italianos), Pierre Clémenti e Giuliano Gemma (depois, mocinho de “O Dólar Furado”).

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