Por Jota Alves
Lendo o editorial "O costume do cachimbo deixa a boca torta", de Carlos Borges, no "Brazilian Gazeta", da Flórida, mudei o título desta crônica. Minhas opções foram: "A brasileira de Zurique"; "Uma mentirosa na Suíça" ou "A espertalhona de Zurique", aquela que praticou automutilação, mentiu às autoridades do país que a aceitou, onde trabalhava em multinacional, namorava e vivia confortavelmente. A espertalhona fez o presidente Lula cair em mais uma esparrela ao vociferar contra a Suíça. Celso Amorim, o ministro que não emplaca uma vitória para o Brasil em organismos internacionais, ameaçou levar o país amigo às sanções da ONU pelo “ataque” de xenofobia à cidadã brasileira e agora se recusa a pedir desculpas ao governo e ao povo suíço que ele apressadinho - como os órgãos da nossa imprensa oxigenada pelas verbas de Brasília - ofendeu e ameaçou com a sua ideologia de pobres, mas orgulhosos. Mais um vexame internacional que enxovalha a imagem já bastante chamuscada do (a) brasileiro (a) no exterior.
Escreve Carlos Borges: “Fomos catequizados e nos acostumamos a driblar e ridicularizar regras. O culto à desobediência e avacalhação das leis vem de muito, muito longe." E aí, quando vamos para o exterior, quase sempre agimos com os ensinamentos e práticas ora do jeitinho, ora da mentira, ora da malandragem. Que bom seria se ao atravessarmos o Atlântico ou o Pacifico mudássemos o nosso comportamento desde o berço contaminado por aquilo que chamamos do “jeito de ser brasileiro”. Achamos que somos mais astutos e mais espertos que os outros povos ao driblarmos leis, regras, sistemas, ambientes, tradições, culturas, e então quebramos a cara quando somos presos e deportados e aí começa a choradeira e a auto complacência de que fala Carlos Borges. O joio no Brasil está proliferando com maior rapidez e destruição que o trigo. E parte desse joio vive nos Estados Unidos, na Europa...
O que essa advogada fez em Zurique para receber seguro de uns R$ 200 mil reais vai dar pano pra manga com enorme publicidade negativa para todos nós. Ainda bem que a comunidade de lá não saiu em passeata protestando contra políticos e governo. Também em Pernambuco a autocomplacência foi superada pelo bom senso e os protestos não aconteceram. Quando as fotos da mentirosa foram publicadas o mico foi geral. Todos se mostraram sensíveis, solidários. E exatamente quando uma lei a favor dos imigrantes tinha sido aprovada na Suíça. Entre os desdobramentos, confissões e relatos há um de que ela ganharia dinheiro com as letras de um partido político em seu corpo. Será que ela é mesmo uma desajustada mental? Será que o lúpus a descontrolou? Será que a fixação por gravidez era verdadeira ou mais um truque para forçar casamento, melhoria de status? Ou simplesmente mais uma espertalhona a manchar a imagem do brasileiro que trabalha, estuda, luta e que vive, honestamente, no exterior? A história é tão surreal que a gente não sabe como ela vai acabar ou se vão aparecer fatos novos. Ou será que neste texto eu também estou pagando um tremendo mico? Estou sendo complacente?
Pelo joio ou pelo trigo vou ficar com o ministro Celso Amorim, o Rasputin* do imperador Lula e insistir no dito pelo não dito e tocar pra frente ou vocês queriam que o ministro das Relações Exteriores do Brasil desse a mão à palmatória? Malandragem pública, política, interna e externa. O ministro não quis saber da inside story, de opiniões e induziu (mais uma vez) o seu presidente a falar asneiras, como naquela vez em que Lula disse que os suíços, os franceses, os portugueses não falam mal de seus países quando estão no exterior, mas o brasileiro gosta de falar mal do Brasil quando está no estrangeiro. Por ter vivido mais de trinta anos no exterior, hasteando a bandeira e promovendo o Brasil e os brasileiros, dei-lhe uma resposta com o título "A Suíça não é aqui", publicada no "Jornal do Brasil" e em dezenas de jornais, revistas e blogs.
O Brasil deve, sim, pedir desculpas formais à Suíça e a seu povo, amigos do Brasil e de seu povo. De lá um brasileiro dirigiu a maior e mais poderosa organização esportiva do planeta, a Fifa, engrandecida e modernizada por João Havelange. Com aquele estilete a desvairada não somente mutilou o próprio corpo como o corpo, a alma e a decência de milhões de brasileiros que vivem no exterior e que, infelizmente, pelo crescimento do joio nas nossas comunidades estão sendo cada vez mal vistos e ridicularizados como vindos do “país das dançarinas (leia-se prostitutas) e malandros”.
E nada de autocomplacência, de choradeira, de falsos momentos de orgulho. O governo se arvora em defensor de uma cidadã, mas não cumpre as promessas feitas aos brasileiros que ajudam a mandar para o Brasil mais de três bilhões de dólares, anualmente. Quantas agências da Caixa Econômica Federal estão abertas nos Estados Unidos, na Europa? Onde está o Plano de Aposentadoria para os brasileiros que um dia voltarão e que ficarão sem aposentadoria no exterior e no Brasil? Usaram o caso da brasileira como um factóide político num momento em que a imagem do governo no exterior e principalmente na Europa/Itália está em baixa, e se deram mal. É o caso de se gritar: cala boca, Aderbal, como a figura do "Zorra Total", aquele que já foi um dos melhores programas da TV brasileira.
Todos devem refletir sobre o caso da mentirosa-malandra-alucinada de Zurique e não dar nenhuma colher-de-chá à malandragem brasileira. Deixemos a autocomplacência de lado e trabalhemos todos na cada vez mais difícil e árdua tarefa de separar o joio do trigo. Ser brasileiro só não basta. É preciso ser honesto para não manchar o nome do Brasil e dos brasileiros. As leis de imigração nos Estados Unidos e na Europa vão ficar cada vez mais duras para a malandragem, brasileira ou não...
* Rasputin: camponês russo, “profeta, curandeiro e conselheiro” que exerceu grande influência sobre o Tzar e a Tzarina, os últimos imperadores da Rússia.
* Jota Alves criou o Dia do Brasil nos Estados Unidos, em setembro de 2008, promovido em Xangai e Moscou. Foi secretário de Governo em Mato Grosso.
Lendo o editorial "O costume do cachimbo deixa a boca torta", de Carlos Borges, no "Brazilian Gazeta", da Flórida, mudei o título desta crônica. Minhas opções foram: "A brasileira de Zurique"; "Uma mentirosa na Suíça" ou "A espertalhona de Zurique", aquela que praticou automutilação, mentiu às autoridades do país que a aceitou, onde trabalhava em multinacional, namorava e vivia confortavelmente. A espertalhona fez o presidente Lula cair em mais uma esparrela ao vociferar contra a Suíça. Celso Amorim, o ministro que não emplaca uma vitória para o Brasil em organismos internacionais, ameaçou levar o país amigo às sanções da ONU pelo “ataque” de xenofobia à cidadã brasileira e agora se recusa a pedir desculpas ao governo e ao povo suíço que ele apressadinho - como os órgãos da nossa imprensa oxigenada pelas verbas de Brasília - ofendeu e ameaçou com a sua ideologia de pobres, mas orgulhosos. Mais um vexame internacional que enxovalha a imagem já bastante chamuscada do (a) brasileiro (a) no exterior.
Escreve Carlos Borges: “Fomos catequizados e nos acostumamos a driblar e ridicularizar regras. O culto à desobediência e avacalhação das leis vem de muito, muito longe." E aí, quando vamos para o exterior, quase sempre agimos com os ensinamentos e práticas ora do jeitinho, ora da mentira, ora da malandragem. Que bom seria se ao atravessarmos o Atlântico ou o Pacifico mudássemos o nosso comportamento desde o berço contaminado por aquilo que chamamos do “jeito de ser brasileiro”. Achamos que somos mais astutos e mais espertos que os outros povos ao driblarmos leis, regras, sistemas, ambientes, tradições, culturas, e então quebramos a cara quando somos presos e deportados e aí começa a choradeira e a auto complacência de que fala Carlos Borges. O joio no Brasil está proliferando com maior rapidez e destruição que o trigo. E parte desse joio vive nos Estados Unidos, na Europa...
O que essa advogada fez em Zurique para receber seguro de uns R$ 200 mil reais vai dar pano pra manga com enorme publicidade negativa para todos nós. Ainda bem que a comunidade de lá não saiu em passeata protestando contra políticos e governo. Também em Pernambuco a autocomplacência foi superada pelo bom senso e os protestos não aconteceram. Quando as fotos da mentirosa foram publicadas o mico foi geral. Todos se mostraram sensíveis, solidários. E exatamente quando uma lei a favor dos imigrantes tinha sido aprovada na Suíça. Entre os desdobramentos, confissões e relatos há um de que ela ganharia dinheiro com as letras de um partido político em seu corpo. Será que ela é mesmo uma desajustada mental? Será que o lúpus a descontrolou? Será que a fixação por gravidez era verdadeira ou mais um truque para forçar casamento, melhoria de status? Ou simplesmente mais uma espertalhona a manchar a imagem do brasileiro que trabalha, estuda, luta e que vive, honestamente, no exterior? A história é tão surreal que a gente não sabe como ela vai acabar ou se vão aparecer fatos novos. Ou será que neste texto eu também estou pagando um tremendo mico? Estou sendo complacente?
Pelo joio ou pelo trigo vou ficar com o ministro Celso Amorim, o Rasputin* do imperador Lula e insistir no dito pelo não dito e tocar pra frente ou vocês queriam que o ministro das Relações Exteriores do Brasil desse a mão à palmatória? Malandragem pública, política, interna e externa. O ministro não quis saber da inside story, de opiniões e induziu (mais uma vez) o seu presidente a falar asneiras, como naquela vez em que Lula disse que os suíços, os franceses, os portugueses não falam mal de seus países quando estão no exterior, mas o brasileiro gosta de falar mal do Brasil quando está no estrangeiro. Por ter vivido mais de trinta anos no exterior, hasteando a bandeira e promovendo o Brasil e os brasileiros, dei-lhe uma resposta com o título "A Suíça não é aqui", publicada no "Jornal do Brasil" e em dezenas de jornais, revistas e blogs.
O Brasil deve, sim, pedir desculpas formais à Suíça e a seu povo, amigos do Brasil e de seu povo. De lá um brasileiro dirigiu a maior e mais poderosa organização esportiva do planeta, a Fifa, engrandecida e modernizada por João Havelange. Com aquele estilete a desvairada não somente mutilou o próprio corpo como o corpo, a alma e a decência de milhões de brasileiros que vivem no exterior e que, infelizmente, pelo crescimento do joio nas nossas comunidades estão sendo cada vez mal vistos e ridicularizados como vindos do “país das dançarinas (leia-se prostitutas) e malandros”.
E nada de autocomplacência, de choradeira, de falsos momentos de orgulho. O governo se arvora em defensor de uma cidadã, mas não cumpre as promessas feitas aos brasileiros que ajudam a mandar para o Brasil mais de três bilhões de dólares, anualmente. Quantas agências da Caixa Econômica Federal estão abertas nos Estados Unidos, na Europa? Onde está o Plano de Aposentadoria para os brasileiros que um dia voltarão e que ficarão sem aposentadoria no exterior e no Brasil? Usaram o caso da brasileira como um factóide político num momento em que a imagem do governo no exterior e principalmente na Europa/Itália está em baixa, e se deram mal. É o caso de se gritar: cala boca, Aderbal, como a figura do "Zorra Total", aquele que já foi um dos melhores programas da TV brasileira.
Todos devem refletir sobre o caso da mentirosa-malandra-alucinada de Zurique e não dar nenhuma colher-de-chá à malandragem brasileira. Deixemos a autocomplacência de lado e trabalhemos todos na cada vez mais difícil e árdua tarefa de separar o joio do trigo. Ser brasileiro só não basta. É preciso ser honesto para não manchar o nome do Brasil e dos brasileiros. As leis de imigração nos Estados Unidos e na Europa vão ficar cada vez mais duras para a malandragem, brasileira ou não...
* Rasputin: camponês russo, “profeta, curandeiro e conselheiro” que exerceu grande influência sobre o Tzar e a Tzarina, os últimos imperadores da Rússia.
* Jota Alves criou o Dia do Brasil nos Estados Unidos, em setembro de 2008, promovido em Xangai e Moscou. Foi secretário de Governo em Mato Grosso.
2 comentários:
Isso é uma vergonha!
PARA A HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA GUARDAR NO FUNDO DO CORAÇÃO.
Viajando na geléia...Lula, deu esta declaração "histórica" nesta semana, na posse de diretores do Sebrae:
Abraços
Flávio
" Temos que reconhecer que a situação é delicada, que essa crise é possivelmente maior que a crise de 29 e temos que reconhecer que o Roosevelt só conseguiu resolver a crise de 29 por causa da Segunda Guerra Mundial. Como não queremos guerra, queremos paz, nós vamos ter que ter mais ousadia, mais sinceridade, mais inteligência porque eu não admito que uma guerra para resolver um problema econômico tenha 6
milhões de mortos."
Elle é muito burro!
A assessoria fala para ele uma coisa e ele viaja na maionese e delira.
1. A Segunda Guerra Mundial não teve absolutamente nada a ver com a crise americana de 1929;
2. A Segunda Guerra Mundial foi motivada pelas condições impostas à Alemanha pelos vencedores da Primeira Guerra Mundial, que durou de 1914 a 1917;
3. A Segunda Guerra Mundial encerrou com perto de 52 milhões mortos, quase dez vezes mais eue o número "indicado";
4. 6 milhões foram as vitimas do Holocausto, patrocinado pelos nazistas. O grande estadista confundiu tudo o que a assessoria dele o informou;
5. Em 1929 o mundo não tinha e nem imaginava o que seria uma economia globalizada;
6. Theodore Roosevelt resolveu a crise americana diminuindo custos, impostos e reduzindo drasticamente
as despesas do governo, exatamente o contrário do que o nosso grande estadista e seus ministros trapalhões estão fazendo;
7. Pela declaração do grande estadista, ele deve imaginar que a crise só será extinta mediante uma guerra mundial, mas ele, "o grande pacifista e líder mundial" não admitirá uma nova guerra mundial para que a crise seja solucionada;
8. Imaginem que esse grande estadista atingiu 84% de popularidade. Um recorde;
9. E por fim... repitam comigo: O Brasil realmente, não tem futuro...
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