Por Artur Renato Almeida, de São Paulo
Feira de Santana ao longo de sua história se transformou numa importante cidade e sede de uma região vital para a economia baiana. Experimentou uma significativa expansão. São por isso dignas de louvor as forças políticas, econômicas e sociais que impulsionaram o notável desenvolvimento de Feira de Santana.
O ilustre feirense desembargador Filinto Bastos, em conferência pronunciada em 1917, retratada na publicação “Recordações e Votos”, obra promovida pelo Núcleo de Preservação da Memória Feirense, faz um enaltecimento ao passado feirense, à necessidade que temos de valorizar fatos e nomes que contribuíram para a grandeza de Feira de Santana. Num trecho da conferência, o ilustre feirense, na fidelidade do texto da época, diz: “Felizmente, a Feira de Sant’Anna dá signaes de muita vida: patenteia-se o seu desenvolvimento; inegável é o seu progredir... Não deve a hodierna geração quedar em plano inferior ao das que o precederam. Não sejam os vivos indignos dos mortos que tanto nos honraram, deixando insculpida em obras de benemerência a magnitude de seus ideaes".
É claro, que não se pode abandonar a história quando se quer ver dignificada a terra. História e memória são poderosas ferramentas para a construção de imagem, preservação de identidade e consolidação da cultura. O Casario Fróes da Mota “totalmente recuperado e belo” é realmente uma notícia espetacular, que não deve ser vista apenas como resgate do passado, mas como mais um importante e decisivo marco que possa nos conduzir para tantas outras iniciativas que visem preservar a vitalidade da Princesa do Sertão. Preservar a memória é fazer uso da história para reforçar seus vínculos presentes, criando empatia e vias para o futuro.
Egberto Costa, em “A Cidade Chora”, texto que li no livro “Estrada do tempo”, diz que “a cidade não suporta os indiferentes que lhe despreza e a enfeia”. Parabéns à Fundação Senhor dos Passos e a todos que contribuíram para a iniciativa de preservação de bem patrimonial tão importante para Feira de Santana. A cidade deve chorar de alegria por saber que ainda há pessoas que não lhe é indiferente, que não lhe despreza e a enfeia.
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