Por Marcel Domingos Solimeo, em 8 de fevereiro de 2008, no site "Mídia Sem Máscara" (midiasemmascara.org):
Enquanto a maioria da população brasileira curtia o Carnaval, seja participando diretamente dos festejos, assistindo aos desfiles pela televisão, acompanhando pelos jornais ou simplesmente aproveitando os feriados, o auto-intitulado Movimento dos Sem-Terra (MST) invadiu 14 fazendas na região do Pontal do Paranapanema para, como dizem seus líderes, "pressionar as autoridades para que assentem 500 famílias que há três anos estão acampadas na beira da estrada". Também estão "protestando contra a lentidão do governo José Serra na condução da reforma agrária”.
Se compararmos a divulgação dos dois fatos pela mídia - o Carnaval e as invasões -, podemos ter uma idéia da importância que a sociedade brasileira atribuiu a cada um, com as agressões do MST às propriedades rurais merecendo apenas notas de rodapé no contexto geral do noticiário.
Passada a Quarta-feira de Cinzas, o País deve retornar à normalidade, com as grandes empresas procurando manter seus lucros elevados, sem se preocupar com as novas afrontas ao direito de propriedade, como se não dissesse respeito a elas, enquanto os micro e pequenos empresários estarão por demais ocupados na luta diária pela sobrevivência, sem tempo para pensar no que significam essas ações ilegais e injustificáveis dos "sem-terra".
Parte da população vai voltar às suas ocupações diárias, e se preocupar em acompanhar o BIG BROTHER pela televisão, sem saber que o GRANDE IRMÃO já vigia cada cidadão, através dos controles fiscais, e votar (pagando) para determinar quem vai sair da casa, ignorando que o 'paredão', como é chamada a saída de alguém, foi muito utilizado pelos 'guias' desses invasores de propriedades - Fidel Castro (ídolo também do presidente Lula) e Che Guevara -, resultando em milhares de mortes, e que alguns dos líderes desse Movimento sonham em poder aplicá-lo no Brasil.
A posição da sociedade brasileira em relação à atuação do MST foi fruto de um processo gradativo de anestesia, dentro da estratégia pregada por Gramsci, de mudar o sentido das palavras, por meio do "politicamente correto", transformando-as quase em seu contrário.
Assim, invasão de propriedade, passa a ser chamada de "ocupação"; invasores, de "sem-terra"; grupo de foras-da-lei, de "movimento social"; crime contra a propriedade passa a ser "manifestação de excluídos", e assim por diante. A distorção semântica vem servindo para o governo encobrir sua cumplicidade com os atos ilícitos praticados por esse grupo, a tal ponto que o ministério da Previdência vai conceder aposentadoria a invasores, mostrando que no Brasil não funciona a máxima de que "o crime não compensa".
A omissão do governo e da sociedade permitiu que esse 'movimento', contando com abundância de recursos públicos e vindos do exterior sem qualquer controle ou justificativa, fosse se fortalecendo e se tornando mais ousado em sua atuação ilegal, que, atualmente, não se limita a áreas rurais, atingindo laboratórios e empresas, paralisando rodovias, invadindo prédios públicos.
O MST combate o progresso tecnológico e a economia de escala, defendendo um agrarismo primitivo que somente interessa aos competidores do Brasil no mercado internacional (o que explica parte dos recursos externos que recebe).
O que mais preocupa, no entanto, é a atuação desse Movimento sobre crianças e jovens que vêm sendo doutrinados por uma rede de escolas administradas ou que tem convênios com o MST, para serem os futuros "revolucionários".
Embora os atos de agressão ao direito de propriedade assegurado pela Constituição estejam circunscritos às invasões de terra e ou de empresas ligadas à agroindústria, a tolerância da sociedade e o estímulo do governo já estão levando a ocorrências semelhantes em algumas cidades, e tendem a se generalizar.
A ausência de punição dos culpados, leva ao que o sociólogo Ralph Dahendorf chama de "estado de anomia", que, segundo ele, coloca em risco a convivência democrática.
O Brasil se constitui no país que apresenta o maior potencial para o desenvolvimento do agronegócio, não apenas como o grande fornecedor de alimentos, mas, também, na área do biocombustível, o que exige a realização de grandes investimentos, inclusive em tecnologia, para o que será necessária a participação do investimento estrangeiro - o que, certamente, será desestimulado pelas invasões promovidas pelo MST e seus comparsas.
Artigo publicado inicialmente pelo "Diário do Comércio" em 07/02/2008.
Enquanto a maioria da população brasileira curtia o Carnaval, seja participando diretamente dos festejos, assistindo aos desfiles pela televisão, acompanhando pelos jornais ou simplesmente aproveitando os feriados, o auto-intitulado Movimento dos Sem-Terra (MST) invadiu 14 fazendas na região do Pontal do Paranapanema para, como dizem seus líderes, "pressionar as autoridades para que assentem 500 famílias que há três anos estão acampadas na beira da estrada". Também estão "protestando contra a lentidão do governo José Serra na condução da reforma agrária”.
Se compararmos a divulgação dos dois fatos pela mídia - o Carnaval e as invasões -, podemos ter uma idéia da importância que a sociedade brasileira atribuiu a cada um, com as agressões do MST às propriedades rurais merecendo apenas notas de rodapé no contexto geral do noticiário.
Passada a Quarta-feira de Cinzas, o País deve retornar à normalidade, com as grandes empresas procurando manter seus lucros elevados, sem se preocupar com as novas afrontas ao direito de propriedade, como se não dissesse respeito a elas, enquanto os micro e pequenos empresários estarão por demais ocupados na luta diária pela sobrevivência, sem tempo para pensar no que significam essas ações ilegais e injustificáveis dos "sem-terra".
Parte da população vai voltar às suas ocupações diárias, e se preocupar em acompanhar o BIG BROTHER pela televisão, sem saber que o GRANDE IRMÃO já vigia cada cidadão, através dos controles fiscais, e votar (pagando) para determinar quem vai sair da casa, ignorando que o 'paredão', como é chamada a saída de alguém, foi muito utilizado pelos 'guias' desses invasores de propriedades - Fidel Castro (ídolo também do presidente Lula) e Che Guevara -, resultando em milhares de mortes, e que alguns dos líderes desse Movimento sonham em poder aplicá-lo no Brasil.
A posição da sociedade brasileira em relação à atuação do MST foi fruto de um processo gradativo de anestesia, dentro da estratégia pregada por Gramsci, de mudar o sentido das palavras, por meio do "politicamente correto", transformando-as quase em seu contrário.
Assim, invasão de propriedade, passa a ser chamada de "ocupação"; invasores, de "sem-terra"; grupo de foras-da-lei, de "movimento social"; crime contra a propriedade passa a ser "manifestação de excluídos", e assim por diante. A distorção semântica vem servindo para o governo encobrir sua cumplicidade com os atos ilícitos praticados por esse grupo, a tal ponto que o ministério da Previdência vai conceder aposentadoria a invasores, mostrando que no Brasil não funciona a máxima de que "o crime não compensa".
A omissão do governo e da sociedade permitiu que esse 'movimento', contando com abundância de recursos públicos e vindos do exterior sem qualquer controle ou justificativa, fosse se fortalecendo e se tornando mais ousado em sua atuação ilegal, que, atualmente, não se limita a áreas rurais, atingindo laboratórios e empresas, paralisando rodovias, invadindo prédios públicos.
O MST combate o progresso tecnológico e a economia de escala, defendendo um agrarismo primitivo que somente interessa aos competidores do Brasil no mercado internacional (o que explica parte dos recursos externos que recebe).
O que mais preocupa, no entanto, é a atuação desse Movimento sobre crianças e jovens que vêm sendo doutrinados por uma rede de escolas administradas ou que tem convênios com o MST, para serem os futuros "revolucionários".
Embora os atos de agressão ao direito de propriedade assegurado pela Constituição estejam circunscritos às invasões de terra e ou de empresas ligadas à agroindústria, a tolerância da sociedade e o estímulo do governo já estão levando a ocorrências semelhantes em algumas cidades, e tendem a se generalizar.
A ausência de punição dos culpados, leva ao que o sociólogo Ralph Dahendorf chama de "estado de anomia", que, segundo ele, coloca em risco a convivência democrática.
O Brasil se constitui no país que apresenta o maior potencial para o desenvolvimento do agronegócio, não apenas como o grande fornecedor de alimentos, mas, também, na área do biocombustível, o que exige a realização de grandes investimentos, inclusive em tecnologia, para o que será necessária a participação do investimento estrangeiro - o que, certamente, será desestimulado pelas invasões promovidas pelo MST e seus comparsas.
Artigo publicado inicialmente pelo "Diário do Comércio" em 07/02/2008.
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