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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Abertos para consulta documentos da ditadura sobre Dilma

O Superior Tribunal Militar (STM) liberou para consulta, na quinta-feira, 18, os dezesseis volumes de documentos com páginas já amareladas e gastas que contam a história do processo movido pela ditadura militar contra Dilma Rousseff, hoje, presidente eleita. Eles descrevem a ex-militante como uma figura de expressão nos grupos em que atuou, que chefiou greves e "assessorou assaltos a bancos", e nunca se arrependeu.
Dilma é nominada de "Joana D'Arc da subversão", na denúncia oferecida pelo Ministério Público Militar contra militantes esquerdistas. "É figura feminina de expressão tristemente notável", escreveu o procurador responsável pela denúncia.
Como consta nos documentos, em depoimento à Justiça Militar, em 21 de outubro de 1970, Dilma explicou por que aderiu à luta armada.
Trecho do depoimento: "Que se declara marxista-leninista e, por isto mesmo, em função de uma análise da realidade brasileira, na qual constatou a existência de desequilíbrios regionais de renda, o que provoca a crescente miséria da maioria da população, ao lado da magnitude riqueza de uns poucos que detêm o poder e impedem, através da repressão policial, da qual hoje a interroganda é vítima, todas as lutas de libertação e emancipação do povo brasileiro. Dessa ditadura institucionalizada optou pelo caminho socialista".
Nos documentos arquivados, a cópia do depoimento que Dilma prestou em 1970 ao Departamento de Ordem Política e Social (Dops). Ela listou nomes de companheiros, indicou locais de reuniões, e admitiu que uma das organizações da qual fazia parte, o Colina, fez pelo menos três assaltos a banco e um atentado a bomba. Mas ressalvou que nem ela nem o então marido, Cláudio Galeno de Magalhães Linhares, tiveram "participação ativa" nas ações.
Os documentos contam que Dilma começou a ser "doutrinada para o credo ideológico marximalista" por Cláudio Galeno, em Belo Horizonte, quanto atuavam na Polop, em 1967. Anos depois, na VAR-Palmares, Dilma foi para São Paulo e assumiu atividade de colegas que estavam para cair (serem presos). Dilma foi professora de marxismo e em sua casa foram apreendidos materiais para falsificação, panfletos e livros considerados subversivos.
Ainda nos arquivos, a informação de que em junho de 1969, ela teria participado da reunião que tratou da fusão do Colina com a VPR, no Rio de Janeiro. Dilma também relatou que, em outro encontro, um companheiro falou da realização de uma "grande ação" que iria render bastante dinheiro para os cofres da organização. Essa ação, ela soube depois, tratava-se do assalto à residência de Ana Capriglione, ex-secretária do ex-governador Ademar de Barros.
Num relatório sobre guerrilheiros da VAR-Palmares, o delegado Newton Fernandes, da Polícia Civil de São Paulo, traça um perfil sobre Dilma Rousseff: "Uma das molas mestras e um dos cérebros dos esquemas revolucionários postos em prática pelas esquerdas radicais". Mais: "É antiga militante de esquemas subversivo-terroristas".
Fonte: Jornal "O Globo"

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