Faleceu neste domingo, 22, o ator Mário Gadelha, aos 89 anos. Com mais de cinqüenta anos de atuação no teatro em Salvador, ele é paraense. Fez parte da primeira formação da Sociedade Teatro dos Novos, atuando em centenas de peças e filmes baianos desde então. Em 2008, foi homenageado no XV Prêmio Braskem de Teatro.
Nos anos 60, Mario Gadelha foi um dos participantes - ao lado de Carlos Petrovich, Harildo Deda, Haydeil Linhares, Nemésio Garcia, Nilda Spencer, Sonia dos Humildes, entre outros, do intercâmbio estabelecido - de aprendizado enriquecedor - entre a Sociedade Cultural e Artística de Feira de Santana (Scafs) com atores e diretores de teatro de Salvador. Com seus ensinamentos, eles ajudaram na construção de um momento único na cultura feirense.
Ele começou a fazer teatro na Bahia em 1956. No mesmo ano viajou para o Rio de Janeiro, representando a Bahia, com o espetáculo "A Grande Estiagem", uma produção da Federação de Teatro Amador da Bahia participante do I Festival Nacional de Teatro Amador, na TV-Tupi (Rio), com direção de Clênio Vanderlei. Lá, substituiu um ator na primeira montagem do "Auto da Compadecida", também dirigida pelo pernambucano Clênio Vanderlei. Fez parte de mais duas montagens desta peça: uma com Martim Gonçalves (1958) e outra como diretor Maurice Vanot (1970), onde interpretava Chicó.
Em 1969, Mario Gadelha atuou no espetáculo de inauguração do Teatro Vila Velha, na peça "Eles Não Usam Black-tie", de Gianfrancesco Guarnieri.
Ele participou de mais de 60 espetáculos em seus mais de 50 anos de carreira. "Terceiro Sinal" (2007) "Hedda Gabler" (1997); "Quincas Berro d´Água" (1995); "Caixa de Sombras" (1982). "Seis Personagens a Procura de um Autor" (1981). Também atuou na série de TV "Rosa Baiana" (1981) e no filme "O Mágico e o Delegado" (1983).
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