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terça-feira, 24 de outubro de 2023

Entre a civilização e a barbárie

grande dilema de Israel será mesmo como lidar com uma operação militar previsivelmente prolongada em Gaza ao mesmo tempo que procura condições para a indispensável solução política para o conflito. Artigo do professor André Azevedo Alves para o Observador:



O bárbaro ataque terrorista em grande escala perpetrado pelo Hamas contra Israel no passado dia 7 de Outubro torna evidente que não há qualquer possibilidade de envolver o Hamas numa solução política para o conflito israelo-palestiniano. Perante o que se passou, Israel tem não só direito a defender-se mas também a obrigação de erradicar o Hamas à luz do direito internacional.
Encontrar uma solução política estável e duradoura que abra caminho à paz na região é fundamental, mas um pré-requisito fundamental para iniciar seriamente esse caminho é uma vitória decisiva na guerra de Israel contra o Hamas. Esta não é, no entanto, uma guerra convencional. Israel tem o dever de respeitar o direito internacional – incluindo o frequentemente mal invocado princípio da proporcionalidade (que consiste, não em qualquer equivalência de baixas ou práticas, mas em utilizar meios adequados aos objectivos militares legítimos, ponderando na decisão os efeitos colaterais expectáveis). Do outro lado está uma organização terrorista que, ao contrário de Israel, dirige os seus ataques deliberadamente contra civis empregando todos os meios ao seu alcance.
Ninguém de bom senso duvidará que, se o Hamas tivesse ao seu dispor os meios militares de que Israel dispõe, o resultado seria o genocídio dos israelitas. Importa recordar que só o Hamas dirige os seus ataques deliberadamente contra alvos civis. E que o faz lançando os seus rockets a partir de escolas, hospitais e mesquitas. Aliás, o Hamas faz isso precisamente porque sabe e confia que Israel – ao contrário do Hamas – procura respeitar o direito internacional e minimizar baixas civis.
Enquanto os israelitas procuram evitar e minimizar danos colaterais civis, o Hamas tem como alvo principal deliberado os civis israelitas – ao mesmo tempo que não tem qualquer pudor em utilizar civis palestinianos como escudos humanos. Os rockets do Hamas visam matar o maior número possível de civis israelitas. Os ataques de Israel procuram minimizar baixas civis palestinianas. Em Israel, o sistema Iron Dome utiliza mísseis para proteger civis. Em Gaza, o Hamas utiliza civis palestinianos para proteger os mísseis que lança contra civis israelitas. A responsabilidade principal pela morte de inocentes, tanto israelitas como palestinianos, é do Hamas e de todos quantos apoiam, directa e indirectamente, essa organização terrorista.
No curto prazo as três prioridades devem ser a eliminação do Hamas, a contenção da expansão do conflito a novas frentes e a libertação de todos os reféns israelitas e internacionais (incluindo portugueses) raptados e detidos pelo Hamas. Mas importa não esquecer que a médio e longo prazo a paz e a estabilidade dependem de uma solução política, para a qual a comunidade internacional deve contribuir. O grande dilema de Israel neste momento será mesmo como lidar com uma operação militar previsivelmente prolongada em Gaza ao mesmo tempo que procura gerar condições para essa mesma indispensável solução política para o conflito.
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Fonte: https://otambosi.blogspot.com/

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