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sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Fatias da vida de personagens feirenses em "A Valsa Entre Cactos"

Romance de Conceição Carvalho tem lançamento na quinta-feira, 26





1. Escritora Conceição Carvalho
2. Yara Pires, nos anos 60
3. Yara Pires, na atualidade

"Eu queria contar uma história que se passasse em Jacobina e Feira de Santana, minha segunda cidade natal.  De onde surgem os personagens em 'A Valsa  Entre  Cactos'?  São três feirenses. Dois vêm da realidade, trago fatias de suas vidas. O terceiro, também feirense, dou-lhe algo, como fôlego, para que ganhe vida. Nesta demanda temos três mulheres. De que forma atuam?", assim a escritora Conceição Carvalho inicia a apresentação do seu romance, que vai ser lançado na próximna quinta-feira, 26, às 19 horas, no Museu de Arte Contemporânea Raimundo de Oliveira.

Ela diz mais que "Moema é uma pedagoga socialista, às voltas com os militares, pois notificada pelas participações estudantis, quando estudante em Salvador; Cândida, uma secundarista, aliciada por Oscar, seu namorado comunista, obedece a um grupo, participa ativamente; Diana de Lara cai de paraquedas na vida de Cândida, facilitando encontros, como por exemplo levá-la para assistir ao casamento hippie de Franklin Machado, jornalista feirense, e, assim, enquanto a acode, dá-lhe a oportunidade de visualizar uma nave espacial, um fato inusitado de sua vida." 

Além de Mary Barbosa, como Diana de Lara, mais uma figura feirense no enredo sobre Feira de Santana de Conceição Carvalho. A escritora usou nomes ficionais para homenagear personalidades, "conseguindo dessa forma firmar um acordo romanesco com o leitor". Assim, Yara Cunha Pires, como a pedagoda socialista Moema. Ainda tem Franklin Machado na trama costurada.

Conceição Carvalho conta que "entre esses personagens, como não registrar a ligação afetuosa de Cândida com Tidinha, a ligação conflituosa de Cândida, com Ana Beatriz, sua prima".  

Segundo a romancista, "um punhado de memórias e de recordações que se passam na primeira década da Ditadura Militar, vão regando a história". Considera que "não foi difícil compor Cândida; seduzida, ela avançava movida pelo amor e pela inquietude, difícil foi conciliá-la com Moema, inspirada da vida real, a quem eu devia respeito até as últimas consequências". 

Em "A Valsa Entre Cactos", continua, "é o melhor que pude fazer: tudo tão breve, tão contido e incompleto, que conto com você, leitor, para me ajudar. A parte vivenciada em Jacobina, quem é o grande protagonista, na cidade do ouro, senão o garimpo, de 1940? Representado pela caminhada de Morena de Matos, uma jovenzinha, a subir e a descer as serras , em uma busca incansável por uma pepita de ouro. Assim, passeando pelo garimpo, um encontro com a origem desta história onde tudo começou".

Consideração de Luciano Ribeiro

"(...) Surge agora, em nossa vida diária, alguém que se disponha a

escrever um romance, o que é muito bom! Mas não é simplesmente

alguém que, de repente, resolveu ser romancista. Não! Trata-se de

alguém (...) capaz de nos oferecer um belo trabalho. 

Trata-se de Conceição Carvalho ex-professora, da Universidade Estadual de Feira de Santana, que coloca em nossas mãos uma grande obra intitulada 'Valsa Entre Cactos' (...)".

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Beleza da linguagem na escrita


Por Cláudio Novaes
"A Valsa Entre Cactos", romance de estreia de Conceição Carvalho, nos faz pensar a lógica da história coletiva através da memória literária pessoal da escritora, que mobiliza a beleza da linguagem na escrita de uma história política espinhosa, compondo a beleza como uma flor do cacto. 
As personagens na cena da sua literatura arrastam o leitor para lembranças de uma época da história nacional brasileira (1960/1970) (...) Como cisão radical na cronologia das cenas destas personagens, a narrativa nos remete a um inesperado flashback, voltando-se aos anos 1940, para encenar o casal Gabriel e Morena, personagens que nos envolvem num misterioso jogo de garimpo de pepitas, na Chapada Diamantina, nascimentos e heranças, confluindo mistérios familiares e desenlaçando os fios da memória do narrador. 
O romance de Conceição Carvalho nos traz na estrutura não cronológica do tempo o gesto contemporâneo, o que nos permite compreender a sua memória literária do passado constituindo-se em presente e apontando futuro, como fragmentos de sonho e história bailando no salão do esquecimento.
Cláudio Novaes é professor da Uefs

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