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No Domingo de Páscoa

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domingo, 24 de dezembro de 2017

"Nosso compromisso é com os valores cristãos, afirma pastor sobre livreto da Hirota"



O que era para ser a promoção de valores cristãos e defesa da família por parte de uma empresa privada de São Paulo, está se tornando um caso nacional de violação da liberdade de expressão e liberdade religiosa.
Quando a rede de supermercados paulista Hirota decidiu distribuir um devocional com 30 meditações escritas pelo pastor Hernandes Dias Lopes, queria promover o "Dia da Família", comemorado em 8 de dezembro. A opção da empresa foi fazer uma edição personalizada do devocional "Cada Dia", cujo título era "Família - Formação de virtudes".
Na primeira semana de dezembro, o casal homoafetivo Vanessa Camargo e Didi foram à loja Hirota da Mooca, próximo da residência das duas. Após pagarem pelas mercadorias receberam a nota e lhes foi oferecido o livreto. Contudo, elas dizem ter se sentido ofendidas pelo conteúdo.
Vanessa escreveu um post no Facebook reclamando. O texto acabou viralizando e teve mais de 3,5 mil curtidas e cerca de 1.700 compartilhamentos. Dizendo ser religiosa, pediu um boicote à rede, dizendo: "O Hirota perdeu uma enorme oportunidade de trazer a verdadeira mensagem crística de fé e amor. Pois Ele é a verdade e a vida. Ele é o caminho. Ele é o amor. E ninguém vai ao Pai por outro caminho. Ninguém! E é isso que a minha fé me ensina: que Deus é amor! E onde há desrespeito não há amor. Eu não volto mais aquele lugar. Eu não financio homofobia. Não financio transfobia. Não financio bifobia. Não financio desrespeito".
O assunto tomou as redes sociais e, como de costume, a militância LGBT conseguiu atrair o foco para suas causas. A imprensa abordou o assunto de forma avassaladora e a rede Hirota chegou a publicar um pedido de desculpas.
O Ministério Público de São Paulo foi acionado e ordenou que os devocionais deveriam ser retirados de circulação e que a empresa deixe de produzir conteúdo desse tipo e o divulgar em suas lojas, site ou redes sociais. 
O advogado Renan Quinalha, especializado em direitos humanos, insiste que o Hirota pode ser denunciado judicialmente por qualquer cliente que se sentir ofendido com o livreto. Ele lembra que embora 'homofobia' não seja crime no Brasil, a legislação prevê pena administrativa com multa para estabelecimentos que praticarem 'atos de preconceito ou discriminação'. Ainda segundo ele, "o caso da cartilha fere os direitos de uma coletividade" e por isso pode gerar um processo. 
Hernandes explica a situação
Devido à grande proporção do caso, que atenta contra a liberdade individual, o pastor Hernandes se manifestou. Ele publicou uma nota em seu perfil no Facebook, dizendo: "Em virtude da polêmica gerada pela distribuição do devocionário de nossa autoria, pelo Super Mercado Hirota, queremos aqui declarar nossa solidariedade ao Supermercado".
Ele também frisou era necessário esclarecer dois pontos: "Primeiro, esse livreto não é uma cartilha, conforme vem sendo divulgado na mídia, mas um devocional mensal editado pela LPC com mensagens cristãs. Segundo, nunca foi nem será nosso propósito polemizar ou atacar pessoas que pensam diferente de nós. Nosso compromisso é com os valores cristãos, conforme estabelecidos na Palavra de Deus, nossa única regra de fé e de prática".
Em sua postagem, ele optou por publicar a íntegra dos textos contidos no 'Cada Dia'. Reproduzimos abaixo o material que está no centro da controvérsia. O número antes de cada título corresponde ao dia em que o devocional deveria ser lido.
1. A instituição do casamento
"Não é bom que o homem esteja só" (Gn 1: 27). Deus criou todas as coisas, as visíveis e as invisíveis. Criou os anjos e também o homem, à sua imagem e semelhança. Mesmo depois de colocar o selo de excelência em tudo que fez, Deus disse: "Não é bom que o homem esteja só. Far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea"(Gn 2.18). Então, Deus fez o homem adormecer e tirou uma de suas costelas e fez dela a mulher.
Agostinho de Hipona disse que Deus não tirou a mulher da cabeça do homem para comandá-lo nem tirou-a dos pés para ser seu capacho, mas tirou-a da costela, para estar ao seu lado. Quando Adão acordou do seu sono anestésico, exclamou: "Esta sim, afinal, é carne da minha carne e osso dos meus ossos". A mulher veio do homem e o homem vem da mulher. Não há superioridade nem inferioridade. Ambos, homem e mulher, foram feitos à imagem e semelhança de Deus. Têm a mesma dignidade e valor aos olhos de Deus. Portanto, o casamento foi instituído por Deus para que o homem e a mulher se completem. O casamento não é uma concorrência, mas uma parceria. Não é o domínio despótico do homem sobre a mulher, mas uma relação de cuidado mútuo, de amor recíproco, de devoção um ao outro, para a plena felicidade de ambos. O casamento nasceu no céu. Não foi uma invenção do homem, mas uma iniciativa divina.
2. Os pilares do casamento
"Por isso, deixa o homem seu pai e sua mãe, se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne" (Gn 2.24). Deus instituiu o casamento e estabeleceu critérios sólidos para seu funcionamento. No texto em apreço, três pilares são erguidos: Primeiro, o casamento é heterossexual. O casamento é a união entre um homem e uma mulher, entre um macho e uma fêmea. O casamento homo-afetivo está na contramão do propósito divino e não pode cumprir o seu propósito.
A relação conjugal entre homem e homem e mulher e mulher é antinatural, é um erro, uma paixão infame, uma distorção da criação. Segundo, o casamento é monogâmico, pois é a relação de um homem com uma mulher. Tanto a poligenia, um homem ter várias mulheres como a poliandria, uma mulher ter vários homens está em flagrante oposição ao projeto divino. A poligamia sempre foi uma desvio desastroso do projeto de Deus para o casamento e seus resultados são nefastos. Terceiro, o casamento é monossomático. Marido e mulher tornam-se uma só carne. O sexo antes do casamento é fornicação e fora do casamento é adultério. Fornicação e adultério são um atentado contra o casamento. O sexo é bom, santo e prazeroso. O sexo é uma bênção que deve ser usufruída apenas no contexto sacrossanto do matrimônio. Se antes e fora do casamento o sexo é proibido, no casamento é ordenado. Derrubar esses pilares é provocar um colapso na família.
27. Aborto, um crime hediondo
"Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio de minha mãe" (Sl 139: 13). O Supremo Tribunal Federal aprovou o aborto até o terceiro mês de gravidez, insurgindo-se, acintosamente, contra o mais sagrado dos direitos, o direito à vida. A vida não começa a partir do terceiro mês, começa na concepção. O aborto, portanto, é um assassinato e um assassinato com requinte de crueldade. O aborto é transformar o ventre materno, o mais sagrado habitat humano, num patíbulo de tortura. É matar o fruto do ventre. É matar um ser indefeso, envenenando-o, esquartejando-o e arrancando-o como uma verruga pestilenta.
O rei Davi disse que desde sua concepção, quando era apenas uma substância informe no ventre de sua mãe, já era uma pessoa humana. Deus já o conhecia e o entretecia de forma assombrosamente maravilhosa. Toda a potencialidade de sua vida estava ali naquele minúsculo ser que estava sendo formado. Os juízes de nossa suprema corte, decidiram mal, atentaram contra a lei de Deus e em nome da lei, deram legalidade à matança de inocentes. Oh, a nossa nação está manchada de sangue, o sangue dos inocentes que não chegaram a nascer. O sangue deles clama a Deus, o reto Juiz nas alturas. Que Deus tenha misericórdia de nossa nação, que caminha trôpega, embriagada de sangue! Que nossa família repudie com veemência esse crime hediondo e se posicione firmemente ao lado da vida!
28. O drama da infidelidade conjugal
"O que adultera com uma mulher está fora de si; só mesmo quem quer arruinar-se é que pratica tal coisa" (Pv 6: 32). O casamento é uma aliança de amor e fidelidade entre um homem e uma mulher. Essa aliança é firmada na presença de Deus e ele é a testemunha principal dessas promessas firmadas no altar. A infidelidade conjugal é um atentado à essa aliança. É uma traição amarga, uma punhalada nas costas do cônjuge. A infidelidade conjugal é a principal causa de divórcio, pois além de abrir feridas insanáveis na relação, leva à quebra de confiança. Somente aqueles que querem se destruir cometem tal coisa. O preceito divino é que o cônjuge deve ser um manancial recluso e uma fonte selada. A infidelidade conjugal, apesar de ser a causa de tantas tragédias para a família está sendo promovida e incentivada. Hoje, mais de 70% dos homens e mais de 60% das mulheres já traíram o seu cônjuge até os quarenta anos de idade. Há um colapso nos relacionamentos. Há um estímulo à infidelidade na mídia. As telenovelas e os filmes são produzidos por mentes governadas pelo relativismo moral, que a pretexto de retratar a realidade, promove a decadência moral. Mesmo que a sociedade esteja rendida a essa decadência dos valores morais, conformando-se com esses desmandos, nossa família precisa ser uma trincheira de resistência e manter bem alto o estandarte da fidelidade conjugal.
29. O sexo é uma dádiva de Deus
"Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros" (Hb 13:4). A sociedade idolatrou o sexo ao mesmo tempo que o banalizou. Enquanto uns encaram o sexo como tabu, outros vulgarizam-no. Deus criou homem e mulher, macho e fêmea, com a capacidade de dar prazer e sentir prazer. O sexo não é sujo nem pecaminoso. É santo, puro e deleitoso. Porém, Deus instituiu o casamento para ser o ambiente legítimo para o desfrute desse privilégio. O sexo antes do casamento é fornicação. Aqueles que entram por esse caminho estão debaixo da ira de Deus.
O sexo fora do casamento é adultério e só aqueles que querem se destruir cometem tal coisa. O sexo entre pessoas do mesmo sexo é algo contrário à natureza, um erro, uma paixão infame. O sexo no casamento, porém, é uma ordenança divina. Marido e mulher tornam-se uma só carne. Podem e devem desfrutar a largos sorvos as delícias da vida conjugal. O casamento é digno de honra e a relação sexual entre marido e mulher deve ser sem mácula. A pornografia é um atentado contra a excelência da relação sexual entre marido e mulher. Nenhum casal deve recorrer a esse vício degradante, pois a pornografia é um vício que deturpa a mente, conspurca o corpo e macula a alma. Concluímos, dizendo que o sexo no namoro é pecado, o sexo fora do casamento é pecado, mas o sexo no casamento é um mandamento.

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