Joan Bennett, femme fatale em "Almas Perversas"
Fotos: IMDb
Na noite
desta sexta-feira, 7, mais um thriller dramático clássico, do digistack da Versátil "Film Noir - Vol. 7" foi visto. Trata-se de "Almas Perversas" (Scarlet Street), de
Fritz Lang, 1945.
O diretor
Fritz Lang e o trio principal - Edward G. Robinson (Chris Cross), Joan Bennett
(Kitty) e Dan Duryea (Johnny) - estiveram juntos em "Um Retrato de Mulher" (The
Woman in the Window), de 1944.
É um
dos filmes favoritos do diretor. Trata-se de remake da "A Cadela" (La Chienne),
de Jean Renoir, 1931, inspirado em livro de George de La Fouchardière. O
diretor também se inspirou em outro filme do cineasta francês, "A Besta Humana"
(La Bête Humaine), de 1938, com "Desejo Humano" (Human Desire), em 1954.
Na trama, bem construída, Chris
Cross, com 25 anos como caixa de um banco, ele ganha do chefe um relógio de ouro e vive com pouco mais.
Na noite chuvosa,
depois de comemoração pela data, ele resgata no meio da rua Kitty, uma femme fatale, de seu
namorado abusivo, Johnny. Pintor amador, Chris permite que Kitty pense que ele é um
artista rico. Ela permite que Chris a estabeleça em um apartamento, onde
Chris pinta suas obras. Mas, Johnny vende telas sob o nome de Kitty, com
resultados desastrosos - e até certo ponto irônicos.
O filme
trata de obsessão, crise de consciência e decadência moral. Quando lançado, as placas
de censura em Nova York, Milwalkee e Atlanta baniam completamente este filme,
por conter cenas "licenciosas, profanas, obscuras e contrárias à boa ordem".
Doze pinturas feitas para o
filme pelo artista John Decker (1895-1947) foram depois enviadas ao Museu de Arte
Moderna de Nova York para exibição em março de 1946. Faz referências aos
pintores franceses Paul Cèzanne (1839-1906) e Maurice Utrillo (1883-1955). Também
citação ao bardo inglês William Shakespeare (1564-1616).
"Almas Perversas", obra prima do cinema noir está na
coleção Motion Picture, Broadcasting e Recorded Sound da Biblioteca do
Congresso dos Estados Unidos.
No início do filme, na
comemoração pelos 25 anos de serviço do personagem Chris Cross, a canção
popular "For He's Jolly Good Fellow" (Pois Ele É um Bom e Alegre Companheiro" é cantada
pelos colegas funcionários e
pelo chefe.
"Pois ele é
um bom amigo. Pois ele é um bom amigo. Pois
ele é um bom sujeito... que ninguém pode negar. O que
ninguém pode negar. O que ninguém pode negar.
O
que ninguém pode negar".
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