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quinta-feira, 8 de junho de 2017

De poesia e sertão vive a obra de Eurico Alves Boaventura

... Minha terra não é moça,
minha terra é menino,
que atira badogue
que mata mocó,
que arma arapuca
e sabe aboiar
e nada nos rios em tempo de cheia
e come umbu quente e não apanha malina...
Minha terra é menino
é um vaqueirinho
vestido de couro...
Na simplicidade dos versos de Eurico Alves Boaventura (Foto: Reprodução) é possível perceber um dos elementos próprios da cultura de Feira de Santana - a figura do vaqueiro. Na lírica nostálgica do poeta, infância e natureza estão interligadas, quando canta as peripécias do menino sertanejo. Estas e outras questões que envolvem o desejo de salvaguardar o passado da cidade estão contidas no livro "História Poesia Sertão: Diálogos Com Eurico Alves Boaventura", lançado em abril de 2010.
Organizado pelo professor Aldo José Morais, reúne textos produzidos por estudiosos das áreas de Letras, História, Arquitetura e Museologia, que analisam as várias dimensões da obra de Eurico Alves e seu contexto sócio-histórico.
Segundo Morais, a produção poética e literária de Eurico Alves reflete sua preocupação com o resgate e valorização da cultura sertaneja, uma cultura que - acreditava - tinha na Feira de Santana de sua infância e juventude, a mais completa expressão.

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