Por Reinaldo Azevedo
A coisa é espantosamente grave! A Polícia Federal reúne desde 2008
provas de que traficantes ligados ao grupo terrorista Hezbollah, que domina o
sul do Líbano, atuam em nosso país em parceria com o PCC. O epicentro dessa
ação, em nosso território, é Foz do Iguaçu, na Tríplice Fronteira (Brasil,
Argentina e Paraguai). Há muito os órgãos de segurança dos Estados Unidos
consideram essa região infiltrada pelo terror, coisa que o governo brasileiro
se nega a admitir. Documentos obtidos pelo jornal "O Globo" apontam que a
parceria entre o terrorismo e o crime organizado teve início em 2006.
Traficantes libaneses de cocaína, ligados ao Hezbollah, teriam aberto canais
para a venda de armas ao PCC. Quando esses traficantes são presos no Brasil,
contam com a proteção da facção criminosa nos presídios.
Pois é. Isso é especialmente grave porque o Brasil é um das poucas
democracias do mundo - talvez seja a única - que não dispõe de uma lei para
punir o terrorismo. Todas as iniciativas nesse sentido são barradas pelo
próprio governo petista e pelas esquerdas porque, por óbvio, ações como as
perpetradas, por exemplo, pelo MST e pelo MTST entrariam, sem exagero, na
categoria de "terroristas". O Inciso VIII do Artigo 5º da Constituição afirma
que o Brasil repudia o terrorismo. O Inciso XLIII do Artigo 5º estabelece que o
crime é inafiançável e insuscetível de graça, isto é, não pode ser anistiado.
Mesmo assim, não existe uma lei para puni-lo. É uma piada macabra.
Não é a primeira vez que o terrorismo dá mostras de atuar no
Brasil. Em maio de 2009, foi preso no país um libanês identificado como "K". Tratava-se de Khaled Hussein Ali, nada menos do que um homem da Al Qaeda.
Era o responsável mundial pelo "Jihad Media Battalion", uma organização virtual
usada como uma espécie de relações públicas on-line da Al Qaeda, propagando
pela internet, em árabe, ideais extremistas e incitando o povo muçulmano a
combater países como os EUA e Israel. Casou-se no Brasil, teve uma filha e vive
tranquilamente na Zona Leste de São Paulo.
Reportagem da VEJA de Abril de 2011 informava que o
iraniano Mohsen Rabbani, procurado pela Interpol, entrava e saía do Brasil com
frequência sem ser incomodado. Funcionário do governo iraniano, ele usa passaportes
emitidos com nomes falsos para visitar um irmão que mora em Curitiba. A Agência
Brasileira de Inteligência (Abin) descobriu que Rabbani já recrutou, pelo
menos, duas dezenas de jovens do interior de São Paulo, Pernambuco e Paraná
para cursos de "formação religiosa" em Teerã. "Sem que ninguém perceba, está
surgindo uma geração de extremistas islâmicos no Brasil", disse, então, o
procurador da República Alexandre Camanho de Assis. Rabbani é acusado de
arquitetar atentados contra instituições judaicas que vitimaram 114 pessoas em
Buenos Aires, nos anos de 1992 e 1994. Calma, que tem mais!
Análise de processos judiciais e de relatórios do Departamento de
Justiça, do Exército e do Congresso americanos, como informou a VEJA em 2011 expõe laços de extremistas que vivem ou
viveram no Brasil com a Fundação Holy Land (Terra Santa, em inglês), uma
entidade que, durante treze anos, financiou e aparelhou o Hamas, o grupo
radical palestino que desde 2007 controla a Faixa de Gaza e cujo objetivo
declarado é destruir o estado de Israel. A Holy Land tinha sede em Dallas, no
Texas, e era registrada como instituição filantrópica. Descobriu-se que havia
enviado pelo menos 12,4 milhões de dólares ao Hamas e que ajudava o grupo a
recrutar terroristas nos Estados Unidos e na América do Sul.
Em 2001, a entidade entrou para a lista de organizações
consideradas terroristas pela ONU e, em 2008, seus diretores foram condenados
na Justiça americana por 108 crimes, entre os quais financiamento de ações
terroristas, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. A maior pena, de 65
anos de prisão, foi para Shukri Abu Baker, fundador, presidente e diretor executivo
da Holy Land, que hoje cumpre a duríssima pena numa cadeia do Texas.
Curiosamente, passou despercebido o fato de que Baker é brasileiro. Mais do que
isso: durante muitos anos ele manteve operações no Brasil, e alguns de seus
comparsas ainda estão por aqui.
Em depoimento ao Congresso nos EUA em 2010, o então embaixador
americano na Organização dos Estados Americanos (OEA), Roger Noriega, afirmou
que as operações da Holy Land na Tríplice Fronteira eram comandadas pelo xeque
Khaled Rezk El Sayed Taky El-Din. De fato, informou reportagem da VEA em 2011,
o clérigo islâmico aparece nas agendas telefônicas da Holy Land como um contato "importante" na América do Sul. Noriega também confirmou informações de que, em
1995, El-Din hospedou em Foz do Iguaçu Khalid Sheikh Mohammed, terrorista da Al
Qaeda que organizou os atentados de 11 de setembro de 2001.
O xeque ficou à frente da mesquita de Guarulhos por onze anos, mas
pediu demissão em junho de 2010. Em 2011, era diretor para assuntos islâmicos
da Federação das Associações Muçulmanas no Brasil (Fambras). À revista
VEJA, então, El-Din negou envolvimento com a Holy Land e com Shukri Baker.
Outro contato da Holy Land no Brasil, de acordo com uma investigação
encomendada pelo Departamento de Justiça americano em 2005, era Ayman Hachem
Ghotme, considerado o principal arrecadador de fundos para o Hamas na Tríplice
Fronteira.
Encerro
Pois é… A Polícia Federal tem agora elementos que indicam que o terror e o crime organizado fizeram uma parceria. E o Brasil segue sem uma lei que possa dar a essa associação a devida punição. Não tem porque o governo petista e as esquerdas não querem.
Fonte: "Blog Reinaldo Azevedo"
Pois é… A Polícia Federal tem agora elementos que indicam que o terror e o crime organizado fizeram uma parceria. E o Brasil segue sem uma lei que possa dar a essa associação a devida punição. Não tem porque o governo petista e as esquerdas não querem.
Fonte: "Blog Reinaldo Azevedo"
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