Por Augusto Nunes
Além de admiráveis mestres
do Direito, juristas de fina linhagem e profissionais que amam a Justiça acima
de todas as coisas, a Ordem dos Advogados do Brasil abriga bacharéis de quinta
categoria, doutores em patifarias, rábulas mequetrefes, vigaristas de porta de
cadeia, pombos-correio de organizações criminosas, coiteiros de matadores
psicopatas, estafetas de narcotraficantes, gigolôs de extorsões trabalhistas,
achacadores de agentes carcerários, contrabandistas de celulares, estupradores
da lei, chicaneiros compulsivos, josés dirceus e outras ramificações
degeneradas da grande tribo que tem nos tribunais seu habitat. Todos são
portadores da carteirinha da OAB.
É tão portentoso e
prolífico esse agrupamento de obscenidades que vai minguando o espaço ocupado
pelos que simplesmente advogam - ou pretendem advogar, como Joaquim Barbosa.
Nesta terça-feira, o país foi surpreendido pela notícia de que a OAB do
Distrito Federal fechou as portas da entidade ao ex-ministro do Supremo.
Presidente da seccional brasiliense e responsável pelo veto, um certo Ibaneis
Rocha decidiu que Barbosa não merece exercer a profissão de advogado. Motivo: "falta de idoneidade moral".
O episódio infame confirma
que certas manifestações de covardia exigem mais coragem do que qualquer
demonstração de bravura em combate: Ibaneis, admita-se, esbanja ousadia. O que
falta ao relator do pedido de carteirinha é a vergonha na cara que sempre
sobrou ao relator do processo do mensalão. Fonte: "Direto ao Ponto"
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