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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Criador por trás das criaturas



Na próxima quinta-feira, Belo Horizonte comemora 116 anos. 
Ricardo Carvão, artista plástico autor de obras instaladas nos principais pontos da cidade, comenta sobre como é fazer parte da paisagem urbana da capital mineira.
Monumento à Paz foi a primeira obra pública criada pelo artista plástico Ricardo Carvão
Monumento à Liberdade possui formas ricas em perspectivas dando a ideia de liberdade e leveza embora seja feita aço carbono e esteja fixada em um bloco de minério
As maquetes auxiliam o artista na concepção das obras públicas
Na praça Marcelo Goes Menicucci, no Belvedere, o Monumento ao Milênio, de 21m² de altura e 1,80m de cada lado, chama atenção pela sua imponência
Fotos: Divulgação 
Quem visita Belo Horizonte, dificilmente vai embora sem uma foto na praça da Liberdade ou na praça do Papa. São os cartões postais da cidade que, com suas icônicas obras de arte, já estão inseridas definitivamente na paisagem. O que pouca gente conhece, é a história por trás dessas obras.
Para compreende-las é importante conhecer seu criador, Ricardo Carvão, que assina obras instaladas na praça do Papa, na praça da Liberdade, na praça Marcelo Goes Menicucci, no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, entre outras que já estão enraizadas no cotidiano do belohorizontino.
A relação do artista paraense com Belo Horizonte começou em 1964 quando ele chegou à capital mineira e se emocionou ao tomar conhecimento de que um conterrâneo seu, o engenheiro Aarão Reis, havia projetado a cidade. "Naquele momento pensei no que eu também poderia futuramente deixar como contribuição para essa cidade e esse povo que viria me acolher tão bem", relembra Carvão.
A oportunidade de presentear a cidade com sua obra, no entanto, surgiu apenas 18 anos depois quando a Cúria Metropolitana e a Prefeitura de Belo Horizonte, com intuito de homenagear o papa João Paulo II, decidiram colocar na praça um símbolo que remetesse a ele. Foi realizado então um concurso que teve como participantes Ricardo Carvão, Almicar de Castro, Franz Weissmann, Bruno Giorgi e Paulo Laende. As peças de Ricardo Carvão foram as escolhidas, se tornaram o principal símbolo da praça do Papa e são hoje muito requisitadas para registros fotográficos de belorizontinos e turistas.
"A obra abstrata, que possui 92 toneladas e 24 metros de altura, é formada por dois triângulos de vértices agudos opostos e um retângulo central. O triângulo, que é direcionado para o céu, simboliza a fé do homem em Deus. Já o outro triângulo, que é direcionado a terra, é a energia celestrial, a benção divina. O retângulo é o elo dessas duas energias. A cruz segue o mesmo estilo do monumento", elucida Carvão.
Para fazer esse tipo de obra, o artista precisa analisar diversas variáveis. "É um trabalho muito delicado. Tem que ter harmonia, conseguir a medida exata, nem mais, nem menos. Caso isso não seja levado em consideração, o resultado pode torna-se um caos, como um peru em um pires, ou a peça perde sua força, sua significância", pondera.
O Monumento à Liberdade, obra de arte presente na praça da Liberdade, é um dos bons exemplos de como é esse processo de concepção de Carvão ao criar uma obra pública. "Como a praça da Liberdade é tombada pelo Iepha/Iphan, participei de um concurso público onde foi estabelecido dimensões apropriadas para a obra para que ela não destoasse dos demais monumentos já existentes no local. A escolha do material, aço carbono, se deve ao fato dele ser mais resistente a intempéries naturais e não refletir a claridade. Isso porque se usasse, por exemplo, alumínio quando o sol refletisse na peça poderia atrapalhar a visão de quem está dirigindo próxima a praça podendo provocar, inclusive, acidentes", esclarece.
Para que possa analisar todas essas questões antes mesmo de criar a obra de arte, o artista utiliza-se de um eficiente recurso arquitetônico que é a maquete. "A maquete é importante por motivos diversos: para cálculos estruturais, para posicionamento no local, para estudos das dimensões em proporção ao ambiente, para analisar a integração e a estética do conjunto, entre outras coisas", explica Carvão.
O artista plástico, que possui mais de sete obras públicas espalhadas pela cidade, sente enorme gratificação ao realizá-las. "Agrada-me colocar a escultura ao alcance de todos. Gosto de saber que minha obra transmitiu a sensação de equilíbrio, de plenitude e que as pessoas se sentem bem ao contemplá-las", finaliza.
(Com informações de Ana Paula Horte e Fernanda Pinho, da Mão Dupla Comunicação

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