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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

"Gilberto Carvalho, que também tem explicações a dar, sai em defesa do ministro do Trabalho"


Por Reinaldo Azevedo

Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência e segundo homem mais poderoso no PT (só perde para Lula), é capaz de coisas incríveis. Queridinho de setores influentes do jornalismo - ele adora uma conversa ao pé do ouvido -, costuma falar de maneira calma, suave, pausada… Quem não conhece seria capaz de confundi-lo com um coroinha. Então tá. Estourou um escândalo no Ministério do Trabalho que pode chegar a R$ 400 milhões. A influência de uma rede criminosa pasta é impressionante. E o que faz Carvalho? A investigação está em curso, as coisas estão sendo ainda apuradas, mas ele já decidiu dar seu veredito. O chato é que ao menos um dos fios da trama ai dar lá na pasta de Carvalho.  Leiam trecho de reportagem de Tai Nailon, da Folha. Volto em seguida.
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O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) minimizou nesta segunda-feira (16) o envolvimento do ministro Manoel Dias (Trabalho) com acusações de fraude em licitação e desvio de recursos públicos centrados em contratos do Ministério do Trabalho com a ong Instituto Mundial de Desenvolvimento e Cidadania (IMDC). As denúncias causaram a demissão do secretário-executivo da pasta, Paulo Roberto Pinto, suspeito de ligação com o esquema. No total, os contratos ativos do ministério somam R$ 836,7 milhões, segundo a pasta. Destes, R$ 658,3 milhões foram firmados com entes da federação e R$ 178,4 milhões diretamente com ongs e universidades.
Carvalho disse: "Sinceramente, quem conhece o Manoel Dias sabe da seriedade dele, sabe da história dele". "Eu sinceramente não posso acreditar que haja qualquer problema com o ministro. Boa parte dos convênios que estão no Ministério do Trabalho inclusive não são da época dele. Ele tem sido uma pessoa que tomou as providências necessárias, que foi a suspensão dos convênios para análise", completou o ministro. O Palácio do Planalto avalia, por ora, que as ações tomadas pela pasta do Trabalho foram suficientes para minimizar a situação, mas não nega que a situação de Dias é frágil.
(…)

Voltei
Pois é… Parece-me que antes de sair por aí a expedir sentenças absolutórias, o próprio Carvalho tem o que explicar. Uma outra operação, chamada "Pronto Emprego", flagrou uma organização criminosa atuando perigosamente perto da Secretaria-Geral da Presidência, informa Fausto Macedo no Estadão de hoje. Leiam trechos. Comento no fim.
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A organização criminosa que desviou R$ 18 milhões de um convênio com o Ministério do Trabalho buscou apoio e incentivo do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, para tentar obter aditamentos e novos repasses de verbas para o Centro de Atendimento ao Trabalhador (Ceat), ong que teria se transformado no reduto da quadrilha. Relatório da Operação Pronto Emprego, da Polícia Federal, deflagrada dia 3 em São Paulo, revela que o ministro era tratado pela quadrilha como seu "interlocutor" na pasta do Trabalho. Interceptações telefônicas mostram que, em maio, o grupo estava preocupado com perda de espaço no ministério e com uma divisão na cúpula da pasta. "Gilberto Carvalho irá resolver isso", diz Jorgette Maria Oliveira, presidente da ong, em ligação gravada.
Carvalho recebeu em seu gabinete muitas vezes padre Lício de Araújo Vale, a quem a PF atribui papel destacado na quadrilha, "articulador dos constantes aditamentos irregulares junto ao Ministério do Trabalho". Outros dois personagens centrais da trama foram recebidos por Carvalho - Jorgette e o advogado Alessandro Rodrigues Vieira, diretor jurídico da ong.
O relatório da PF - 192 páginas com fotos, organogramas e planilhas da evolução patrimonial dos investigados – descreve os movimentos da organização e o assédio sobre o ministro. “É bastante comum a dupla (Vieira e Padre Lício) ir a Brasília para tratar da renovação junto a funcionários de alto escalão do Ministério do Trabalho e da Secretaria-Geral da Presidência da República", diz o documento, à página 82.
(…)
Encerro
O que é incompreensível - e não há como explicá-lo segundo a lógica administrativa - é por que uma entidade contratada para realizar este ou aquele serviços no ambiente do Ministério do Trabalho precisa manter relações tão estreitas com uma outra pasta cujo caráter é eminentemente político, de assistência pessoal à presidente da República. Será que esse meu estranhamento pode derivar do fato de eu ser, como quer Caetano Veloso, "de direita"? Será que, se eu fosse de esquerda, estaria a ver nisso tudo uma grande conspiração dos reacionários só para perturbar patriotas exemplares?
Fonte: "Blog Reinaldo Azevedo"

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