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quarta-feira, 6 de março de 2013

Três gerações de artistas visuais baianos em coletiva






Obras de Davi Caramelo (1), May Aka Happy Downlady (2), Lígia Aguiar (3) e Rebeca Matta (4)
Fotos: Divulgação

A Galeria Nelson Daiha, do Senac Pelourinho, convida para a mostra coletiva "S/Título", com abertura no sábado, 16, às 16 horas, reunindo três gerações de artistas visuais baianos.
Sob a curadoria de Justino Marinho e Lígia Aguiar, esta exposição marca a abertura das atividades do ano da Galeria, e reúne 11 artistas visuais com trajetórias e estilos diferentes, de várias gerações, com nomes já consolidados e jovens talentos. A diversidade de técnicas e de linguagens segue a linha da arte contemporânea e suas múltiplas formas de expressão.
Ao agrupar nomes representativos de cada época, revelou-se uma visualidade harmônica destacada pelas proposições e questões inseridas em cada obra.
São trabalhos nas mais diversas linguagens, como desenhos, fotos, pinturas e esculturas, dos artistas: Adenor Gondim (foto), Davi Caramelo (desenho), Eckenberger (escultura), Guache Marques (pintura), Iraildes Mascarenhas (foto), J. Cunha (pintura), Justino Marinho (desenho), Lígia Aguiar (desenho/ técnica mista), May Aka Happy Downlady (desenho), Rebeca Matta (desenho/técnica mista) e Silvério Guedes (foto).
Segundo Justino Marinho "na linguagem das artes visuais, quando o artista não titula uma obra de arte, fala-se que o trabalho é sem título (s/título). Com isso deixa para o observador construir seus devaneios e formular uma ideia, conceituar. Ao surgir novas interpretações é quando ocorre, de fato, a finalização da obra. Este foi o nosso propósito ao intitular esta mostra sujeita a muitas divagações mentais".
Sobre os artistas
Adenor Godim, baiano de Ruy Barbosa, desde muito cedo adotou a fotografia como meio de expressão. Sua obra foi destaque na Antologia da Fotografia Africana, realizada na Pinacoteca do estado de São Paulo, em 1998. Participou da Mostra do Redescobrimento "Brasil 500 e Muito Mais", em 2000, na cidade de São Paulo. Sua obra é conhecida no Brasil e no Exterior. Recentemente participou do Evento "Design da Periferia", no Pavilhão das Culturas Brasileiras - Parque Ibirapuera, em São Paulo. Possui um vasto acervo de imagens focadas na religiosidade do povo brasileiro.
Davi Caramelo, publicitário, ilustrador e artista plástico, é graduado em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda. Já participou de inúmeras mostras regionais, nacionais e internacionais com destaques para a exposição coletiva que participou na "Ó! Galeria" na Cidade do Porto em Portugal e para o projeto coletivo AII - Acción Arte Itinerante Latinoamérica, onde seu trabalho percorreu diversos países como Bolívia, Argentina, Chile e Colômbia.
Eckenberger, argentino, radicado em Salvador desde a década de 60, é pintor, desenhista, gravador e ceramista, foi premiado na I Bienal da Bahia e na de São Paulo. Suas obras de grande originalidade, são únicas, não se insere em nenhum "ismo". A ludicidade impregnada em cada trabalho é compatível com a atmosfera de onde é gerada. Seu currículo é recheado com premiações e muitas exposições coletivas e individuais. A expressividade do seu trabalho como ceramista extrapola os limites globais.
Guache Marques, artista visual baiano de Feira de Santana, é desenhista, pintor, com incursão na arte digital, tem como tema o universo da magia, do misticismo e da influência africana, presente através da representação de símbolos, signos e ferramentas de orixás, com um grafismo que chega às formas abstratas. Com diversos prêmios em sua trajetória artística, participou de dezenas de exposições coletivas e individuais em várias cidades do Brasil e do exterior.
Iraildes Mascarenhas, fotógrafa profissional com várias publicações em livros, revistas e catálogos e premiações na área da fotografia. Trabalhou 13 anos na Fundação Gregório de Mattos, como fotógrafa da entidade, registrando momentos importantes da história cultural da Bahia, em especial monumentos históricos, a recuperação da Igreja da Barroquinha e o 2 de Julho.
J. Cunha, artista de múltiplas linguagens, cenografia, figurinos, design gráfico, adereços, e pinturas, tem como forma de expressão a cultura popular. Durante 25 anos foi diretor artístico do Ilê Aiyê, tendo formatado a identidade africana do famoso bloco que integra o carnaval baiano; desenvolve cenografia e figurinos para o Balé do teatro Castro Alves. Participou de inúmeras exposições coletivas e individuais em cidades do país e no exterior.
Justino Marinho, pintor, desenhista, também curador e crítico de arte, é dono de um extenso currículo com exposições, premiações e obras, no Brasil e no Exterior.  Participa de seleções, como jurado, em eventos realizados por instituições publicas e privadas e tem atuado como conselheiro de Instituições importantes. Entre os anos de 1975 e 2004 escreveu para jornais locais ('Jornal da Bahia', 'Correio da Bahia' e 'A Tarde') e revistas de circulação nacional (revista 'Galeria' e 'Guia das Artes') sobre artes visuais. Em 2012 realizou exposição individual na Caixa Cultural em Salvador.
 Lígia Aguiar, artista com experiência em várias linguagens como desenho, pintura, instalação e vídeo, além de cenografia e figurino, possui várias premiações em seu currículo, e dezenas de exposições coletivas e individuais, nacionais e internacionais. Atualmente se expressa através do desenho e pintura, em que enfatiza o preto e branco em lúdicas paisagens. Desde 2008 é colunista do programa Multicultura apresentado pela Radio Educadora da Bahia.
May Aka Happy Downlady, graduada em Artes Plásticas participou de várias exposições e salões nacionais. Com incursão pela Street Art realizou ações colaborativas de relevância e foi uma das pioneiras da Toy Art brasileira. Bastante atuante como produtora e consultora no cenário cultural baiano desenvolveu projetos de visibilidade vem trabalhando com ilustração, pintura, arte digital, videoarte, curadorias artísticas e na coordenação do Atelier Coletivo Visio.
Rebeca Matta é uma artista multimídia. Cantora, compositora e artista plástica, faz da sua arte a expressão da sua vida, mergulhada em projetos que possam afirmar suas criações, seus desejos, sua visão singular da música e da arte. Estudou artes plásticas na Universidade Federal de Bahia, mas decidiu continuar seus estudos de uma forma livre, desenvolvendo técnicas e fazendo cursos em diferentes direções. Gravou três discos reconhecidos pela crítica como obras que apontam para novas possibilidades para a música popular brasileira. Participou também de vários projetos de artes visuais.
Silvério Guedes, fotógrafo, mineiro de Barbacena, radicado na Bahia desde os anos 80. Nas suas fotos fragmenta, com seu especial olhar, imagens que se transfiguram em novas e originais formas. Com diversas exposições coletivas e individuais, em 2011foi premiado no Salão de Artes Visuais de Vinhedo, São Paulo.  Ainda este ano, em maio, estará realizando exposição individual no Centro Cultural da Universidade Federal de Juiz de Fora.
Sobre a Galeria
Em pleno Largo do Pelourinho, entre a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Negros e da Casa Jorge Amado, a Galeria Nelson Daiha faz parte do complexo Senac Pelourinho, instalada num belo casarão colonial, juntamente com o Museu da Gastronomia Baiana.
(Com informações de Ligia Aguiar)

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